"No momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou." - Daniel 3:5.
por Vilson Ferro Martins
Reluto para escrever sobre certos assuntos, pois minha intenção não é criar celeuma, tampouco debate, pois foge do objetivo do nosso trabalho, mas sim, crescer no conhecimento e na graça, conforme 2 Pedro 3:18, entretanto, quero deixar minha contribuição em relação ao assunto acima.
Percebemos que ha uma cultura que associa música e músicos com louvor e adoração no meio evangélico.
O primeiro fato a ser observado em relação à música é que a própria Bíblia afirma que ela NÃO nasceu "na" ou "dentro" da "igreja". Aliás, sua origem vem de um descendente de Caim, conforme Gênesis 4:21, portanto, há quem diga que a origem "caída" da música foi um tentativa desesperada de suprir a ausência da comunhão com o Criador.
Bom, que a música exerce um poder e um controle sobre a alma humana, ninguém duvida. Existem até estudos científicos que tentam descobrir porque a música exerce o poder que exerce sobre o ser humano, sendo que não passa de uma combinação de sons. Como alguém pode reagir a determinados sons que devidamente combinados produzem êxtase, alegria, depressão, angústia, choro, ou até mesmo raiva, ódio...
Apesar de no meio evangélico haver uma associação entre música e adoração a Deus, porém, esta é mínima. Adoração não está associada a talentos e instrumentos, mas a vidas consagradas. Isto sim faz a diferença.
No texto de Daniel, capítulo 3, versículos de 5 a 18 podemos notar uma realidade entre "adoradores" e "verdadeiros adoradores". Logo no versículo 5 vem os "adoradores do barulho" com seus inúmeros instrumentos forçados por um arauto que apregoava a tal adoração. Em contrapartida, no versículo 17 temos a posição dos verdadeiros adoradores, cujos instrumentos de louvor e adoração era suas próprias vidas. Aleluia !
A falsa adoração - naquele caso - foi uma indução mental, através de músicas e a combinação de vários instrumentos. Devemos ter muito cuidado para não cairmos neste tipo de engodo. Não podemos ser induzidos quando "ouvimos músicas". (Só abrindo um parentesis, é inconsebível que pessoas que se dizem cristãs, ainda "curtem" música secular, tem seus discos ou CD's preferidos, etc e tal. Sai do meio "dela" povo Meu, diz o Senhor).
Se alguém é "induzido" a adorar, este tal não é verdadeiro adorador. Verdadeiros adoradores são pessoas de autêntica fé, corajosos e intrépidos e que não se deixam levar por agitações ou pelo "balanço musical" ou ainda por argumentações falidas e vazias que muitas vezes partem de pessoas igualmente vazias.
A música (louvor/adoração) a ser ouvida deve ser o Evangelho (poder de Deus) cantando e não aquela que mexe, remexe, quebra, requebra e que produz pessoas "bem suadas" ao invés de "abençoadas".
Para considerarmos a respeito: Se instrumentos ou a música fossem abolidos do nosso meio, Deus deixaria de receber adoração ?
Se uma pessoa perdesse a fala, ela deixaria de adorar a Deus ? O Salmo 19 tem a resposta !
Finalizando: Não sou contra a música, tampouco contra instrumentos musicais; apenas, vamos reconsiderar sobre o assunto e sermos verdadeiros cristãos que não se dobram diante de "estátuas" mesmo que seja a cerimônia acompanhada de arauto, com muita música e instrumentalidade.
Sugiro que leiam Daniel 3:5-18, dando o enfoque necessário !
Shalom!