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23 de dezembro de 2009

Ajude a causa das pessoas desaparecidas

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A causa das pessoas desaparecidas obteve no último dia 18 deste mês uma grande vitória. Foi aprovada a Lei 12.127, que cria o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. Segundo a Lei, o cadastro deverá especificar os dados pessoais e as características físicas das crianças e adolescentes desaparecidos. O objetivo é integrar, em tempo real, as informações entre o Ministério da Justiça e as Secretarias de Segurança de todo o país, além de órgãos internacionais e a sociedade civil em geral. A nova Lei já está em vigor, mas ainda falta a definição sobre a forma de acesso às informações do cadastro, e a forma de atualização das mesmas.

Mas ainda muito pode e precisa ser feito. Outras iniciativas podem ser implementadas. Assista ao vídeo abaixo, sobre o chamado Alerta AMBER. Uma excelente iniciativa norte-americana que pode ser implantada também no Brasil.



Sobre o tema, elaboramos ainda uma lista de links, para você se informar, interagir e colaborar de todas as formas possíveis:


CNPD - http://www.cnpd.org.br

Bureau Internacional de busca a crianças, adolescentes e adultos desaparecidos - http://www.interbureau.org

Divulgando Desaparecidos - http://www.divulgandodesaparecidos.org/home.html

Serviço Integrado de Atenção a Crianças e Adolescentes Desaparecidos (DF) - http://www.missingkids.com.br 

Desaparecidos Minas Gerais - http://www.desaparecidos.mg.gov.br/ 

Desapareceu.org (cadastro de brasileiros desaparecidos no mundo) - http://www.desapareceu.org 

Mães do Brasil - http://blogdasmaesdobrasil.blogspot.com/ 

Projeto Caminho de Volta - http://www.caminhodevolta.fm.usp.br

CPI das Crianças e Adolescentes Desaparecidos - http://www.cpicriancasdesaparecidas.com.br/

Portal Kids - http://www.portalkids.org.br/ 

Mães da Sé - http://www.maesdase.org.br/ 

Fundação da Infância e Adolescência (FIA –RJ) - http://www.fia.rj.gov.br/

Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Paraná) - http://www.sicride.pr.gov.br/ 

Desaparecidos Site - http://www.desaparecidos.com.br

Movimento Catarinense de Busca da Criança Desaparecida - http://www.criancadesaparecida.org/ 

Pessoas Desaparecidas (RS) - http://www.desaparecidos.rs.gov.br/ 

Procurados .org - http://procurados.org/ 

Diga Não à Erotização Infantil - http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/

National Center for Missing & Exploited Children (EUA) - http://www.missingkids.com

Fondation pour la Recherche d’Enfants Disparus, International (Suíça) - http://www.fredi.org/

Parents and Abducted Children Together (Inglaterra) - http://www.pact-online.org/


Abuelas de Plaza de Mayo (Argentina) - http://www.abuelas.org.ar/


“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” Martin Luther King

“Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar.Se disseres: Eis que o não sabemos; porventura, aquele que pondera os corações não o considerará? E aquele que atenta para a tua alma não o saberá? Não pagará ele ao homem conforme a sua obra?” Provérbios 24.11,12

Mobilize sua igreja para a ação e a oração, contate os políticos de sua cidade e estado, ponha seu blog na luta! Ajude das mil e uma formas possíveis, ou invente uma nova. E conte comigo!

Graça e paz.

Sammis Reachers

18 de dezembro de 2009

Prioridade Total

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” Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” Mt 6:22-23

Ser luz para os outros é uma figura de linguagem para a evangelização, para apresentar um testemunho cristão intencional e evidente. Lucas lembra isso conectando o ensino de Jesus sobre os olhos e há, então, parênteses para falar sobre como ser luz para ser essa lâmpada que ilumina a todos em volta. Em Mateus, esta mensagem aparece conectada com a idéia de que não podemos servir a dois Senhores, e isso facilita a interpretação.

Certamente todos querem ocupar uma posição relevante como uma lâmpada no lugar mais alto, e a liderança deseja ver a igreja em posição de abençoar a comunidade. Mas para isso é preciso ter a luz acesa dentro de si. Como isso acontece? É isso que Jesus nos ensina nesse texto.

A primeira afirmativa é que a luz entra pelos olhos ou deixa de entrar por causa deles. Jesus fala de dois tipos de olhos: os olhos bons e os olhos maus.

OLHOS BONS: No original, a palavra para bons é haplous que significa simples, singular, inteiro. Portanto, o que se traduz por ” bom” aqui são os olhos que olham em uma única direção, que se dedicam inteiramente a uma visão simples.

OLHOS MAUS: Em oposição aos olhos bons, a palavra usada no original é poneros, que significa cheia de trabalhos, incômodos, dificuldades, pressionados e assediados por trabalhos, labutas, trazendo irritações e perigos. Novamente o sentido de mau é figurado. O conceito é de olhos ocupados com tanto esforço, tão ocupados, que sofrem. Olhos assim faze o corpo ficar cheio de trevas.

Jesus quer evitar que os crentes tenham olhos maus, que se fatiguem em olhar com desejo para tudo o que veem. Jesus nos chama a olhar para o Reino de Deus e seu modo correto de proceder, somente assim podemos ter luz em nós mesmos e iluminar também a outros.

Nestes dias de grande ambição, em que somos continuamente torturados pela propaganda para comprarmos mais e mais coisas de que não necessitamos, muitas igrejas vivem a mesma confusão de quem tem o olho grande: Querem tudo e ficam sem nada.

Objetividade, concentração, propósito são determinantes para um ministério frutífero. Provérbios fala disso: ” O homem de discernimento mantém a sabedoria em vista, mas os olhos do tolo vagueiam até os confins da terra. Prov. 17:24.

Uma igreja que se concentra em evangelização se encherá de luz e se tornará uma lâmpada no lugar mais alto da casa. A igreja que quiser muitas coisas, olhar para muitos e diversos alvos e objetivos se tornará confusa, ficará perdida sem saber em que direção seguir. Evangelizar é a missão essencial da igreja.

Fonte: http://www.evangelizabrasil.com

27 de novembro de 2009

Biblioteca Virtual Letras Santas - Livros gratuitos

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A Biblioteca Virtual Letras Santas é um esforço coletivo do irmão Naasom A. Souza (do blog Letras Santas) e deste que vos escreve, no objetivo de reunir num único lugar livros eletrônicos e materiais diversos de interesse evangélico, LIBERADOS PARA LIVRE CIRCULAÇÃO (não-comercial) POR SEUS PRÓPRIOS AUTORES. Um esforço antigo, e que hoje se reflete em dezenas e dezenas de bons materiais ali compilados. E a Biblioteca não pára de crescer.

Conheça, use, divulgue a Biblioteca em seu blog, e entre seus irmãos e amigos.

Eis o link: http://www.4shared.com/dir/1727479/71ecfce9/sharing.html
(Fique atento, pois existem as páginas 1 e 2!)

Dê uma olhada nos últimos acréscimos ao acervo, efetuados em Novembro (são links diretos para download):

Manual do Corão – Pr. Joed Venturini
Para baixar, Clique Aqui

Rudimentos – Pr. Pablo Massolar
Para baixar, Clique Aqui

Mitos & Fatos: a verdade sobre o conflito árabe-israelense (livro impresso, agora disponibilizado também como e-book gratuito pela Chamada da Meia Noite)
Para baixar, Clique Aqui

Nunca é demais lembrar, são materiais liberados por seus próprios autores ou organizadores. Cristãos que entenderam melhor que outros em que consiste o verdadeiro Cristianismo...

Repito aqui meu velho bordão: A obra de edificação e capacitação do Corpo de Cristo não pode estar condicionada ao poder financeiro de seus membros.

Glorificado seja o nome do Senhor!

Sammis Reachers, via Arsenal do Crente

7 de novembro de 2009

Centenas de imagens de Israel para download
















IMAGENS DE ISRAEL

Irmãos e leitores, a dica de hoje é para um site que possui milhares (milhares mesmo!) de imagens de Israel, site este mantido pelo Ministério do Turismo Israelense. As imagens estão disponíveis em várias resoluções, e o download é livre. Vale a pena a visita!

Visite a galeria (escolha as opções de busca): http://gallery.tourism.gov.il/pages/main.aspx



Fonte: Blog IMAGENS CRISTÃS - http://imagenscristas.blogspot.com
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29 de outubro de 2009

Lindas imagens do blog Arte para Jesus

Imagens da irmã espanhola Mahou, do blog Arte para Jesus. A irmã dedica seu grande talento para produzir imagens como estas, desde 2006, e as dispõe para uso livre (não comercial) dos irmãos, através de seu blog.

Visite o blog Arte para Jesus, e veja centenas de outras imagens de grande beleza: http://arteparajesus.blogspot.com






FONTE: Blog IMAGENS CRISTÃS - http://imagenscristas.blogspot.com

23 de outubro de 2009

Destino Final – um site cristão de conteúdo evangelístico, compartilhado gratuitamente

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Sideshow, vídeo, e-book , audiolivro, papéis de parede. Você pode baixar tudo isso para distribuir livremente. Publique em revistas, use em boletins, no rádio e na TV, em blogs e sites. A exigência é mínima. Qual? Citar autor e fonte.

A filosofia do site, pertencente ao ministério Chamada da Meia-Noite, é facilitar aos cristãos a propagação do Evangelho de todas as formas, fazer a mensagem de Cristo chegar ao maior número de almas possíveis. Uma excelente iniciativa evangelística!

Conheça o site e faça bom proveito! Visite: Destino Final

E.A.G. - Via Blog da UBE

14 de outubro de 2009

PASTORES, DE QUE LADO VOCÊS ESTÃO?

Tem sido cada vez mais freqüente ouvirmos dos Líderes de Evangelização de várias denominações evangélicas brasileiras, que seus pastores não apóiam nem se envolvem nas atividades de evangelização de suas igrejas. Isto é algo que temos visto e ouvido cada vez mais perto de nós. Não são muitas as igrejas que de fato realizam alguma ação evangelística eficiente e responsável, que alcance muitas pessoas e conseguem colher muitas vidas para Cristo. O fato é que a grande maioria das nossas igrejas não fazem uma evangelização que traga resultados, que testemunhe o amor de Cristo e deixe evidente para todos a santidade da comunidade.

A igreja evangélica brasileira teve um crescimento surpreendente nas últimas décadas, milhões de conversões forçaram as denominações a recrutarem mais pastores, pois mais igrejas locais estavam nascendo, crescendo e se multiplicando. Não houve, porém, um intenso discipulado, uma adequada preparação teológica e missiológica para os novos pastores, muitos deles semi-analfabetos e com pouquíssimo conteúdo teológico. O resultado deste mau recrutamento é a pouca profundidade de conhecimento e de relacionamento com Deus e sua Palavra destes novos líderes, e conseqüente reflexo na comunidade.

A ignorância de tais líderes com relação à obra missionária, resulta numa falta de investimento que por sua vez, resulta na falta de evangelização ou numa evangelização precária, pois os missionários ficam sem recursos até para suprir suas necessidades mais básicas. Quando há uma intenção de cortar custos na igreja, um dos primeiros itens da lista é o sustento dos missionários. Quando são realizadas Conferências, Treinamentos ou simpósios de evangelização há pouca participação, até mesmo das igrejas locais onde está sendo realizada a programação. Isto é uma falta de respeito e de responsabilidade por parte dos líderes das igrejas.

Recebi um e-mail na sexta-feira, dia 09/10/2009, que falava sobre um Congresso Islâmico que seria realizado em São Paulo, no bairro de Santo Amaro, cujo tema é a “evangelização” da América Latina e do Caribe pelo Islam. Depois recebi outra informação de que o Centro de Divulgação do Islam para a América Latina está investindo milhões de Reais para a impressão de um milhão de Alcorão, o qual será distribuído gratuitamente pela USP. Verifiquei estas informações e confirmei serem verdade.

O que me deixa inquieto e indignado, é o fato de que nós investimos pouco naquilo que confessamos ser a verdade eterna e para a salvação do Brasil e do mundo. Quantos projetos e quantas Missões estão quase paradas e quantos irmãos e irmãs que têm chamado missionário ficam sem trabalhar por causa da falta de investimento das igrejas. Há uma estatística que mostra que os crentes brasileiros investem mais em Coca-Cola do que em Missões… o mais incrível é saber que muitos dos nossos irmãos e irmãs, quando se dispõem a evangelizar são barrados pelos seus pastores… isso é uma vergonha! Quero deixar uma pergunta para os nossos pastores e líderes, de que lado vocês estão? Para quem vocês estão trabalhando? Não precisam me responder, respondam para si mesmos.


Fonte: http://www.evangelizabrasil.com/

7 de outubro de 2009

Socorro bem presente na hora da angústia


Senhor, além de ti não há quem possa socorrer. (2 Cr 14.11.)

Lembremos ao Senhor a inteira responsabilidade dEle: "Além de ti não há quem possa socorrer". As desvantagens de Asa eram enormes. Vinham contra ele um milhão de homens, além de trezentos carros. Parecia impossível manter-se de pé contra aquela multidão. Não havia aliados que pudessem vir auxiliá-lo. Sua única esperança, portanto, estava em Deus. Às vezes Deus permite que as nossas dificuldades cheguem a um tal ponto, que sejamos levados a renunciar a qualquer auxílio humano — a que tenhamos recorrido em provações menos duras — e a buscar de novo o Amigo todo-poderoso.

Ponhamos o Senhor entre nós e o inimigo. Para a fé de Asa, era como se Jeová estivesse de pé entre ele — que não tinha forças — e o poderio de Zerá. E não estava enganado. Lemos que os etíopes foram destruídos diante do Senhor e diante do seu exército — como se combatentes celestes estivessem lutando por Israel contra o inimigo e pondo em fuga seu grande exército; de modo que Israel só teve de segui-lo e tomar os despojos. Nosso Deus é Jeová dos exércitos, que, para ajudar Seu povo, pode a qualquer momento convocar reforços inesperados. Creiamos que Ele está ali, entre nós e a dificuldade, creiamos, e então aquilo que está-nos perturbando fugirá diante d’Ele como fogem as nuvens ante o vento forte. — F. B. Meyer.

Por fé, e não por vista. Abraão creu, e disse à vista: "Sai do caminho!"; e às leis da natureza: "Calai-vos!"; e a um coração apreensivo: "Aquieta-te, enganoso tentador!" Ele creu em Deus. — J.P.

Extraído do livro Mananciais no Deserto, de Lettie Cowman (Ed. Betânia)

2 de outubro de 2009

Cadê os sete mil que ainda não dobraram os seus joelhos?


Jarbas Aragão

Em 1 Reis, capítulo 19, lemos que Elias

"se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.

Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.

Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir.

Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo.

Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.

Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?

Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida."

A história é bastante conhecida e fala de um momento de fragilidade, até mesmo de depressão do profeta que havia acabado de matar os falsos profetas, desafiado os reis e visto o poder de Deus se manifestar de uma forma única. Mesmo assim ele cansou, se desanimou e resolveu fugir.

De muitas maneiras posso me identificar com o sentimento de Elias. Também já travei batalhas que me deixaram cansado, desanimado e a ponto de desistir. Mas assim como o profeta do Antigo Testamento também já vi a mão do Senhor comigo nessas horas difíceis.

Olhando para a realidade da Igreja no Brasil nesses tempos, muitas vezes sou tomado pelo mesmo sentimento de Elias. Mesmo minhas vitórias são pequenas, se não forem inúteis diante do mal que assola meu país. Assim como naqueles dias, um dos elementos principais do problema é o abandono dos caminhos do Senhor por parte do seu povo.

Basta ligar a TV ou acessar a internet e vejo escândalos envolvendo o nome de igrejas, lideres e ministerios que parece não ter fim. Convivi e convivo com muitos pastores, missionários e líderes deste país. Conheço tanta gente boa, séria, dedicada ao evangelho. Recebo relatórios quase semanais de conhecidos que estão levando a Palavra do Senhor aos quatro cantos deste país e também em lugares onde há pouco ou nenhum conhecimento do evangelho. Gente que ama a Deus e se dedica a fazer o nome de Jesus conhecido.

Mesmo assim, diante de tanta sujeira e tanta coisa ruim, parece sobrar poucos motivos para achar que isso de fato faz diferença na realidade do país. Repetidas vezes escutei que o Brasil experimenta um avivamento, que nunca a igreja de Jesus cresceu tanto, agora temos representação política, artistas e músicos famos se converteram, os jogadores mostram o nome de Jesus em rede nacional etc, etc.

Na mesma proporção que o nome de Jesus é anunciado os problemas parecem surgir. Já vi vários famosos “desconverterem-se” ou darem motivos para acreditarmos que era tudo marketing. Li matérias terríveis da imprensa que joga todos os chamados evangélicos na vala comum dos hipócritas, aproveitadores da fé alheia e fanáticos sem cérebro.

Por que tem de se assim? Eu não sei a resposta. Sendo pastor já ouvi dezenas de piadas sobre o objetivo da igreja que pastoreio. Lembranças de escândalos financeiros e morais muitas vezes surgem na cabeça das pessoas quando ouvem as palavras “pastor”, “bispo”, “apóstolo” ou títulos semelhantes. Apesar disso os números dos que se dizem seguidores do Deus vivo aumenta no país. O próximo recenseamento nacional mostrará que a escalada continua.

Mas de que serve tudo isso? Continuamos vendo as mazelas da miséria, das drogas, da violência, da corrupção, da falta de expectativas de um futuro melhor tomar conta do país. Os políticos já mostraram que podemos esperar pouco ou nada deles. A crise mundial mostrou que esse é um tempo de incertezas. As ondas de nova gripe (aviária e suína) nos deixam um “lembrete” da fragilidade da vida.

Fazer o quê? Orar e esperar no Senhor é um caminho. Mas não é o único. Precisamos de profetas no sentido bíblico da Palavra. É assustador a falta que faz em nosso país de mobilizações consistentes em prol da família, dos valores bíblicos, do meio-ambiente, da vida. Não me refiro a marchas por Jesus, que já perderam seu propósito original de oração e sucumbiram ao show e a politicagem. Falo de um envolvimento mais consistente da igreja, voz profética com a sociedade. Posso dar um exemplo claro disso. Semanalmente faço cultos na cadeia de minha cidade. Também trabalho como voluntário num centro para menores infratores (que lembra a antiga FEBEM). Nas conversas que tenho com o pessoal que está ali, muitas vezes escuto que são “crentes”, “evangélicos” ou “de Jesus”. Muitos apesar de não se verem como tais, pertencem a famílias que frequentam alguma igreja. Mesmo assim eles estão presos, acusados dos mais variados crimes. Alguns conhecem as músicas que cantamos, outros dizem que oram todos os dias e há quem conheça várias porções das Escrituras. Mesmo assim estão encarcerados por terem infringido a lei de Deus e dos homens. Muitas vezes saí das visitas ou das aulas que dou com o coração pesado. Que evangelho é esse? Que igreja é essa?

Na internet existem centenas, talvez milhares de sites e blogs preocupados com a igreja. Muitos artigos bonitos, desabafos, críticas ferozes, vídeos que fazem rir e chorar ao mesmo tempo. Aqueles que sentem o mesmo que Elias talvez acreditem que estão sozinhos, que são os únicos ou estão entre os poucos a ver essas coisas. Muitas vezes fui tomado pelo mesmo sentimento. Mas a verdade é que a esmagadora maioria das pessoas que precisariam ler os posts, artigos, desabafos etc não o fazem e nem o farão. Os incautos que se deixam levar por todo tipo de bobagem pregada em púlpitos das TVs em nome de Jesus não sabem que essas páginas e blogs existem. Ainda que tenham sua validade, precisamos de ações concretas, de propostas reais, não de discursos e retóricas vazias.

Por mais que me esforce para levar a Palavra da cruz, ainda é pouco ,eu sei. Mas não é em vão. Primeiro porque tenho a certeza que Deus continua no controle e depois porque não estou sozinho. O Senhor lembrou a Elias “Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.”

A continuação da história de Elias mostra que depois de ouvir essas palavras (v. 18) ele partiu, seguiu em frente. Continuou a lutar em favor de Jeová e contra os falsos profetas. O consolo de Elias é que ele não estava sozinho. Tinha o Senhor com ele, mas também tinha sete mil que se negavam a seguir a Baal (símbolo de todo o mal que afligia Israel). Ainda hoje existem milhares que não se dobraram ao evangelho da barganha, da mentira e do vale-tudo. Onde eles estão eu não sei, mas você é um deles? Permita-me lembrá-lo, você não está sozinho! Mas não basta reclamar com Deus, é tempo de agir!

Via http://www.blogdos30.tk/

25 de setembro de 2009

Indignação: dever cívico e cristão

Alderi Souza de Matos

Estamos acostumados a pensar na indignação como um sentimento negativo. Certamente ela pode ter essa conotação, como a própria Escritura aponta em diversas passagens. O apóstolo Paulo, ao falar de algumas atitudes que os cristãos deviam abandonar, começa a lista mencionando a ira, a indignação e a maldade (Cl 3.8). É claro que aqui o termo significa desejar o mal para outra pessoa, sentir ódio, e nesse sentido só pode ser algo condenável. Em outros textos, porém, a palavra adquire um sentido positivo, indicando uma reação de inconformidade e de repúdio ao mal, ao erro, à injustiça. Um dos provérbios de Salomão afirma: “Os que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam contra ele” (Pv 28.4). O próprio Jesus teve esse sentimento em algumas ocasiões (Mc 3.5; 10.14).

Corretamente entendida, a indignação pode ser uma atitude não apenas aceitável, mas absolutamente necessária para que certas situações sejam transformadas. Sentir indignação significa reagir diante do mal, não ficar passivo e indiferente, protestar ativamente contra aquilo que atenta contra a verdade, contra a justiça, contra a dignidade humana. Esse é um sentimento que infelizmente tem faltado aos brasileiros, em especial a muitos cristãos. Vivemos num país marcado por clamorosas distorções, por horrendas deturpações em nossa vida nacional... e ficamos calados. Com o nosso silêncio, contribuímos para que o mal se perpetue, aumente e pareça normal. Existem algumas áreas em que devemos mostrar o nosso protesto vigoroso, e também a nossa disposição de dar uma contribuição positiva, de oferecer alternativas melhores.

Sociedade e cultura
Ao lado de muitas coisas apreciáveis, a nação brasileira possui elementos de grande malignidade, que deveriam despertar a indignação de todos, a começar dos cristãos. O nível de violência de nossa sociedade é inaceitável para um país que se diz civilizado, uma “potência emergente”. A criminalidade é um câncer que corrói o tecido social, gerando destruição, desespero, um senso permanente de medo e ansiedade. A periculosidade do trânsito em nossas ruas e estradas é sabidamente uma das maiores do mundo. Devido a esses males, todos os anos milhares de pessoas, a maior parte jovens, perdem a vida, deixando famílias destroçadas pela dor e imensos prejuízos para o país. O desrespeito pela vida humana no Brasil também assume outras formas, como as condições aviltantes em que vivem milhões de pessoas e a lamentável situação de boa parcela dos serviços de saúde pública. No entanto, o fatalismo amortece as consciências e pouco se faz para mudar tais situações.

Precisamos protestar e clamar contras essas indignidades de maneira vigorosa e ao mesmo tempo inteligente e criativa. Um belo exemplo desse tipo de iniciativa é o movimento Rio de Paz, da Igreja Presbiteriana da Barra da Tijuca, pastoreada pelo Rev. Antônio Carlos Costa, que por meio de ações silenciosas, mas de grande dramaticidade (como colocar milhares de cruzes numa praia), procura sensibilizar governantes e opinião pública para os números da violência no Brasil. Todos nós podemos fazer telefonemas, enviar e-mails, contatar os nossos representantes, apelando contra a impunidade, reivindicando leis mais rigorosas, exigindo maior responsabilidade e eficiência das autoridades.

Política e governo
Outra área em que ocorrem chocantes deformações da vida nacional brasileira é o setor político. Diariamente, nos noticiários, somos obrigados a assistir ao espetáculo deprimente dos órgãos legislativos com suas CPIs ineficazes, com seus conselhos de ética coniventes com o erro, com seus deputados e senadores sob permanente suspeita de irregularidades. São nossos representantes, são pagos com os nossos impostos, mas muitos deles estão mais interessados em defender as suas agendas pessoais, os seus mesquinhos interesses paroquiais e partidários. Quanto ao executivo federal, é dirigido por um líder que gosta de exaltar as virtudes da democracia, mas tolera ações ilícitas de movimentos de esquerda, prestigia governantes estrangeiros que violam direitos humanos e, em nome do questionável conceito de “governabilidade”, adula partidos e políticos conhecidos por sua falta de integridade moral.

Onde está a nossa indignação contra tal estado de coisas? Seria maravilhoso se o povo brasileiro demonstrasse nesse âmbito o mesmo entusiasmo que tem, por exemplo, pelos esportes. Muitos fazem tudo pelo seu time preferido, até cometem desatinos, mas onde está a torcida organizada a favor do Brasil, onde estão aqueles que vestem a camisa do patriotismo, da defesa da lei e da ordem, a começar pelas altas esferas do poder? Precisamos nos mobilizar, mostrar a nossa insatisfação, a nossa divergência do que está ocorrendo, sair do marasmo, da passividade cúmplice, pelo voto responsável, pela cobrança de coerência, de resultados, de ações moralizadoras. A experiência tem demonstrado que, quando as pessoas se mobilizam e reivindicam, os mandatários respondem.

A própria carne
Os cristãos em geral e os evangélicos em particular não terão autoridade moral para clamar contra essas aberrações da vida brasileira, não poderão ser a “consciência do Estado”, se não tomarem providências, ao mesmo tempo, para pôr em ordem a sua própria casa. Em décadas passadas, a imagem dos crentes era positiva. Embora considerados um tanto esquisitos, chamavam a atenção pelo estilo de vida simples, pela integridade pessoal, pela rigorosa honestidade. Hoje, teologias deturpadoras do evangelho geram uma cultura religiosa triunfalista que anestesia as pessoas e as torna incapazes de ver os seus próprios erros. Os líderes recebem dos seus fiéis carta branca para fazerem o que desejam sem ser questionados ou criticados. Quando ocorre alguma denúncia, por mais fundamentada que seja, é interpretada como perseguição, ataque do “inimigo” e desrespeito pelo servo do Senhor.

Com isso, as igrejas evangélicas deixaram há muito tempo de ser sal e luz na sociedade brasileira. São percebidas como mais um segmento a lutar pelo próprio sucesso, pela defesa de seus interesses corporativos, e não pelo bem da coletividade. Os evangélicos conscienciosos são desafiados a clamar contra os pecados da igreja brasileira, sua rendição aos valores da sociedade materialista, seu afastamento dos preceitos de Cristo. Eles precisam se levantar e bradar contra os erros de seus dirigentes, contra as mensagens falsas e demagógicas de seus pregadores televisivos, e dizer-lhes que terão de prestar constas de seus atos às pessoas e a Deus.

Conclusão
É compreensível o sentimento de impotência e desalento que toma conta de muitos brasileiros de boa vontade, inclusive nas nossas igrejas, diante de vícios tão antigos, poderosos e arraigados que existem em nossa sociedade. Tem-se a impressão de que será impossível extirpá-los do nosso meio. No entanto, a experiência de outros povos mostra que não precisa ser assim. Na Inglaterra do século 18, a indignação e as ações concretas de muitos líderes cristãos, como o político William Wilberforce, contribuíram para o fim do tráfego de escravos e a eliminação do trabalho infantil. Nos Estados Unidos, já no século 20, o protesto do pastor Martin Luther King iniciou o vigoroso movimento que resultou no fim da segregação racial. Mesmo quando os esforços dos cristãos terminam em aparente derrota, como no caso de Dietrich Bonhoeffer, que foi morto por conspirar contra o diabólico regime de Hitler, seu exemplo e testemunho inspiram muitas pessoas a lutar pelo bem. Fiquemos indignados de maneira correta, pelos motivos corretos -- é nosso dever como cristãos e como cidadãos.

• Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de A Caminhada Cristã na História e “Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil”.
asdm@mackenzie.com.br

FONTE: http://www.ultimato.com.br

15 de setembro de 2009

OS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL E A URGÊNCIA MISSIONÁRIA

UBEMISS

Vivemos em um país com 257 tribos indígenas perfazendo uma população aproximada de 364.000 pessoas. Segundo o pesquisador Paulo Bottrel(1) apenas 4 etnias (Katuena, Mawayana, Wai-Wai e Xereu) possuem a Bíblia completa, 34 dispõem do Novo Testamento e outras 59 contam com porções bíblicas. Entretanto mais de 120 tribos necessitam urgentemente da tradução das Escrituras. Apesar das 25 Agências Missionárias que bravamente atuam entre os índios em nosso país ainda contamos com um vasto campo que necessita do evangelho e 103 grupos permanecem sem presença missionária.

É certo que o desafio vai muito além das estatísticas e das palavras, pois é prefigurada por faces, vidas, histórias e culturas milenares as quais tem sofrido ao longo dos séculos a devassa dos conquistadores, a forte imposição sócioeconômica, etnofagias e perdas culturais.

Em meio a todo este quadro há necessidade gritante de homens e mulheres que se disponham a encarar a transmissão do evangelho valorizando o homem e sua cultura dentro de uma esfera de compreensão lingüística e aplicabilidade social, o que envolve o ultrapassar de várias barreiras. Uma delas é o estudo, registro, preservação, uso e valorização das línguas maternas.

O Apelo das Minorias

No contexto sul-americano nosso país possui a maior densidade lingüística e diversidade genética e, paradoxalmente, uma das menores concentrações demográficas por língua falada. As 185 línguas indígenas são distribuídas em 41 famílias, dois troncos e uma variedade desconhecida de línguas isoladas(2). Em meio a esta grande diversidade apenas 3 etnias (Tikuna, Kaingang e Kaiwá) possuem mais de 20.000 pessoas e a média de falantes por língua é de 196 pessoas. 53 povos têm menos de 100 indivíduos e há aqueles com menos de 10 representantes como os Akunsu, com 7 pessoas, os Arua com 6 e os Juma também com 7 indivíduos. Quando pensamos em grupos indígenas nos confrontamos com a realidade de povos minoritários.

Nos anos 80 pesquisadores do Museu Goeldi encontraram os dois últimos falantes do Puruborá. Em 1995 foi identificado um grupo arredio como sendo falante do até então desconhecido Canoê(3) e Pierre Grenand reconhece a existência de 52 grupos ainda sem contato com o mundo exterior cujas línguas não foram estudadas, praticamente todas minoritárias.

O Brasil evangélico não indígena, por sua vez, experimenta desde os anos 80 um rápido crescimento tanto em número de templos como de convertidos, motivo de louvor a Deus. Isto por outro lado têm nos levado a desenvolver uma missiologia mais pragmática, que cultua os resultados, do que Escriturística, que valoriza a Palavra. Assim tanto a expectativa missionária por parte do corpo evangélico nacional quanto à prática no plantio de igrejas valoriza o quantitativo. E isto não será encontrado no universo indígena, pois a conversão de toda uma tribo pode representar, em alguns casos, apenas uma dúzia de pessoas. Precisamos ser relembrados da proposta de Jesus: tornar-se conhecido dentre todos os povos, tribos línguas e nações da terra(4) e isto jamais acontecerá enquanto não alcançarmos os grupos minoritários. Precisamos de uma Igreja apaixonada por Jesus e disposta a gastar bastante tempo e recursos no preparo de seus obreiros a fim de fazer o Evangelho de Cristo conhecido entre todos os povos, também os minoritários.

O Apelo da Subsistência Lingüística

Michael Kraus(5) afirma que 27% das línguas sul-americanas não são mais aprendidas pelas crianças. Isto significa que um número cada vez maior de crianças indígenas perde seu poder de comunicação a cada dia. Isto possui raízes diferenciadas que vai desde a imposição socioeconômica nas tribos mais próximas dos vilarejos e povoados até a falta de uma proposta educacional na língua materna, fazendo-os migrar para o português.

Rodrigues(6) estima que, na época da conquista, eram faladas 1273 línguas, ou seja, perdemos 85% de nossa diversidade lingüística em 500 anos. Luciana Storto delata uma crise sociolingüística no estado de Rondônia onde 65% das línguas estão seriamente em perigo por não serem mais usadas pelas crianças e por terem um número pequeno de falantes.

Precisamos perceber que a perda lingüística está associada às perdas culturais irreparáveis como a transmissão do conhecimento, formas artísticas, tradições orais, perspectivas ontológicas e cosmológicas. Perde-se também a ponte de comunicação para um pleno entendimento do evangelho. No processo de transição, quando a língua materna é perdida, normalmente há o que podemos chamar de ‘geração perdida’, um vácuo cultural que normalmente atinge uma geração inteira. Ou seja, no processo de perda lingüística e migração para o português, os grupos indígenas normalmente passam por um processo de adaptação quando não possuem mais fluência na antiga língua materna e também não aprenderam o suficiente do português para uma comunicação mais profunda, processo que em média dura 30 anos. Este é um momento de perigo onde a identidade indígena é auto-questionada, seus valores perdidos e sobretudo seu poder de comunicação. A presença missionária catalogando, analisando e registrando a língua indígena a valoriza perante seu próprio povo e abre caminho para sua preservação. O Evangelho assim não apenas responde os questionamentos da alma mas contribui para a sobrevivência cultural.

O Apelo da Tradução Bíblica

‘Se Deus nos ama, por que Ele não fala a nossa língua ?’

Estas palavras impactaram a mente de William Cameron Townsend quando trabalhava com o povo Cakchiquel da Guatemala desde 1919. Após ser despertado para a necessidade de comunicar o evangelho na língua materna de cada povo ele se dispôs a fundar a SIL (Sociedade Internacional de Lingüística) que atua perseverantemente na tradução das Escrituras. Mas esta não é apenas uma preocupação moderna. Martinho Lutero, reformador protestante, percebeu rapidamente a incapacidade da Igreja conhecer a Deus sem conhecer a Palavra e assim lançou em 1534 a primeira edição da Bíblia por ele traduzida.

A força missionária tem sido ao longo das décadas um divisor de águas na subsistência das línguas indígenas brasileiras sob o esforço da SIL (7) e Missão Novas Tribos do Brasil dentre outras Agências missionárias e atualmente novas organizações como ALEM8 tem liderado o interesse pela tradução bíblica. Boa parte devido aos nossos preciosos irmãos norte-americanos que valorosamente trabalharam e trabalham na análise e grafia lingüística e tradução da Palavra para vários idiomas, como o caso do missionário Robert Hawkins que dedicou 54 anos de sua vida traduzindo a Bíblia completa para a língua Wai-Wai.

O presente apelo é por obreiros brasileiros, com desejo de se esmerarem no estudo lingüístico e se prepararem da melhor forma possível para transmitir o evangelho a mais de 120 línguas no Brasil Indígena.

Conclusão

Cerca de 3 anos atrás, quando estávamos integralmente envolvidos com a evangelização dos Konkombas em Gana na África, participei de uma conferência em Chicago onde se reuniam missiólogos e missionários de boa parte do mundo. Muitos temas eram estudados mas sobretudo havia oportunidade para desafios missionários nas preleções da noite. Em minha sessão, falando sobre povos ainda não alcançados, tentei confrontar o auditório com um silogismo bíblico de responsabilidade na comunicação do evangelho dizendo: ‘...em Gana a Igreja fortemente expressiva no sul do país ainda não se despertou para as quase 100 tribos não alcançadas ao norte, dentre elas os Konkombas-Bimonkpeln com os quais trabalhamos. Infelizmente ainda é necessário o envio de missionários estrangeiros para o alcance das tribos ao norte porque a Igreja dorme’.

Na preleção a seguir um norte americano falaria sobre o desenvolvimento de igrejas autóctones. Ele iniciou seu sermão mais ou menos da seguinte forma: “Fui missionário por mais de 20 anos na Amazônia brasileira entre indígenas ainda não alcançados pois apesar da existência de milhões de evangélicos naquele país não havia missionários suficientes. Isto por que a Igreja dorme.”

Senti-me muito constrangido mas reconheci, infelizmente, que suas palavras não estavam tão longe da verdade. É possível mudar.

Notas:
1 Responsável pelo banco de dados da AMTB
2 Segundo Aryon Rodrigues, ‘Línguas Indígenas – 500 anos de descobertas e perdas’
3 Segundo relato de Pierre e Fraçoise Grenand
4 Apocalipse 5:9 5 Michael Krauss - The world’s languages in crisis’
6 Idem Nota 2
7 Sociedade Internacional de Lingüística 8 Associação Lingüística Evangélica Brasileira

Ronaldo Lidório - É doutor em Antropologia, missionário da Missão AMEM em parceria com a APMT

Extraído da Revista AMEM, nº 13, 3º Trim/2003. pp.12-14.

Fonte: Missão AMEM - http://www.wecbrasil.com.br

10 de setembro de 2009

Livros grátis, Creative Commons, Cristianismo e o futuro do Conhecimento

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A alguns dias o pastor Jarbas Aragão escreveu um excelente artigo, que publiquei aqui, Cristianismo Creative Commons. Todos os livros acima, que escrevi ou organizei, estão liberados por uma licença Creative Commons.

Mas o que é Creative Commons?, o leitor mais desavisado deve estar se perguntando. No site da Creative Commons Brasil, que é de iniciativa da Fundação Getúlio Vargas, há uma sucinta, mas creio que bastante clara definição para o termo:

“O Creative Commons disponibiliza opções flexíveis de licenças que garantem proteção e liberdade para artistas e autores. Partindo da idéia de "todos os direitos reservados" do direito autoral tradicional nós a recriamos para transformá-la em "alguns direitos reservados".”

Para você ter uma idéia, até o famigerado Blog do Planalto (leia-se Blog do Presidente Lula), tem seus textos licenciados em CC. A Wikipédia também.

Creative Commons é uma padronização de uma idéia maior, a do Copyleft. Vejamos o que mamãe Wikipédia diz sobre isso:

“Copyleft é uma forma de usar a legislação de proteção dos direitos autorais com o objetivo de retirar barreiras à utilização, difusão e modificação de uma obra criativa devido à aplicação clássica das normas de propriedade intelectual, sendo assim diferente do domínio público que não apresenta tais restrições. "Copyleft" é um trocadilho com o termo "copyright" que, traduzido literalmente, significa "direitos de copia".”

Para entender em profundidade estes conceitos de Copyright e Copyleft, além dos próprios ditos Direitos Autorais, Clique Aqui para ler um artigo de Pablo Ortellado, fundamental sobre este tema. Vale a pena ler até o fim.

Uma boa iniciativa neste sentido foi criada pelo irmão espanhol Jaaziel. Valendo-se do conceito de Creative Commons, ele engendrou a licença Copycristian (copyleft cristão). Veja Aqui e Aqui. A iniciativa já agrega mais de 100 blogs.

Eu acredito em Copyleft. Eu acredito em Creative Commons, e acredito que este é o futuro da informação e do conhecimento. E acredito ainda que este livre compartilhar de saberes é a forma mais cristã possível de socializar a informação, seja ela qual for. Deveríamos mesmo ter sido nós, cristãos, a criarmos este conceito de Copyleft, embora a igreja sempre tenha se valido do mesmo, desde seu início. Nada mais natural.

Há muitos ministérios e pessoas (pastores, escritores, etc.), e até mesmo editoras evangélicas que oferecem material gratuito na internet, em português e principalmente em inglês. Eles entenderam a mensagem, vencendo, por amor a Cristo, de diversas formas e em variados níveis, o jugo do Grande Cifrão ($). O Grande Cifrão-Deus, do qual muitos cristãos nem se deram ainda conta de que são prisioneiros, ou o mais usual, não entenderam o alcance viral e multidimensional desta prisão, que molda e compõe tudo o que eles fazem e mesmo são. Calma aí, não estou pregando o comunismo, nem demonizando quem ‘vende’ seus livros, DVDs e etc. Trata-se de algo bem mais simples e prosaico, é como aquele lance do filme Matrix: Como me libertar se não sei que sou prisioneiro, se não percebi que estou numa grande e feita invisível (ao seu criador agrada isso) Matrix? O dinheiro faz isso conosco, e mudamente ‘responde por tudo’ (Ec 10.19). Quando não, o mínimo que todo este movimento pode produzir é uma diminuição do preço geral dos produtos. E mesmo o fim da pirataria. O quê??! Sim, isso mesmo. Amigos, o assunto é muito vasto e profundo, e me sinto humildemente incapaz de explaná-lo como deveria. Por isso falo dele aqui e tenho proposto esta discussão em meus blogs e outros canais, por isso quero que você conheça, entenda e se envolva. Sua opinião é importante. Agora mesmo, enquanto você lê este texto, este assunto dos Direitos Autorais e sua problemática está sendo pensado e discutido por grande parte da vanguarda do pensamento atual, em diversos países.

Mas mudemos de foco. Nos meus primeiros contatos sistemáticos com a internet, lá pelos anos de 2005, 2006, conheci o irmão Naasom Souza, e seu blog, o Letras Santas . O Naasom já vinha a um bom tempo fazendo algo singular: ‘garimpando’ a internet em busca de material evangélico LIBERADO PELOS PRÓPRIOS AUTORES, e divulgando em seu blog. E também material escrito por ele mesmo. Passei a enviar dicas, e em pouco tempo me tornei colaborador do mesmo, blogando e garimpando. Hospedando os materiais encontrados no site 4Shared, ele criou a Biblioteca Letras Santas. Estamos já em 2009, e esses anos de ‘garimpo’ contínuo renderam bons frutos: já são centenas de materiais (e-books, apostilas, gráficos, apresentações e etc.) livremente disponibilizados ali.
Acesse a Biblioteca e confira, ela é pública e livre:

http://www.4shared.com/dir/1727479/71ecfce9/sharing.html

Poderia ainda citar todos os ministérios e sites que conheço e que oferecem materiais livremente, mas o artigo se prolongaria. Deixemos para outro post. E você, tem algo para compartilhar com o Corpo de Cristo? O que está esperando?

Pensou mesmo que eu terminaria o artigo sem citar o versículo que você pensou que eu não citaria? Nã-nã...

“De graça recebestes, de graça daí”. (Mt 10.8b)

Sammis Reachers

29 de agosto de 2009

18 Obstáculos ao Evangelismo Eficaz - Mark Driscoll


Mark Driscoll esteve em Sidney, Austrália, e em uma palestra ele apontou 18 pontos que considera serem obstáculos ao evangelismo na diocese de Sidney. Segue um resumo preparado por Natasha Percy. Apesar de todo o foco dele ser voltado para as peculiaridades da igreja australiana, muita coisa pode ser usada para nossa reflexão aqui no Brasil. Não concordo com diversas afirmações dele, mas outras considero que são tremendamente importantes. Deixo para o leitor tirar suas próprias conclusões. (Nota do Tradutor)

O Sr. Driscoll apresentou estes pontos afirmando que se não estamos vendo fruto no nosso ministério, em vez de fazer mais, deveríamos nos perguntar o que estamos fazendo de errado. Ele também afirmou que a “poda” deve preceder a “colheita”. Esta poda poderia envolver tais coisas como pessoas e programas.

“Você precisa cortar aquilo que está drenando energia para longe do evangelismo”, disse ele.

Mark Driscoll afirmou que estes 18 pontos deveriam ser recebidos como vindo de um “amigo”, enquanto pediu a todos os presentes que avaliassem se, em seus ministérios, estavam fazendo “tudo” que podiam para assegurar que as pessoas estivessem conhecendo a Jesus. (1 Cor 9:22)

1. Os sujeitos entendidos em Bíblia não são os sujeitos missionais o que conduz à irrelevância orgulhosa. (Pastores estão) menos atentos ao contexto do ministério deles e mais atentos ao conteúdo da Bíblia. Não basta somente serem fiéis, vocês precisam ser frutíferos.

2. A cultura de vocês sofre de uma falta de empreendedorismo, devido à influência do Socialismo e da Grã-Bretanha. O socialismo traz o conceito de que se deve cuidar de todo mundo, com os recursos sendo dados para os pastores mais fracos nas igrejas mais fracas ao invés de executar a poda. Isto significa você está sendo negligente em enviar nutrientes a novos brotos e galhos em nome da igualdade socialista. Os britânicos não são pessoas empreendedoras. Eles jogam pelas regras e operam dentro de estruturas pré-existentes. Isto fez com que a cultura australiana não fosse muito empreendedorista e coisas novas não são largamente adotadas.

3. Nas denominações há uma falta de recompensa baseada no mérito. Nos Estados Unidos há muito mais empreendedores. Eu não estou dizendo que a sua cultura é ruim e a minha cultura é boa. O que eu estou dizendo é que a sua cultura é ruim e a minha cultura é ruim de um modo diferente. As pessoas são recompensadas por antiguidade, mas não por fruto. Homens não podem ser rebaixados ou colocados para fora do ministério por nada menos do que roubar dinheiro ou cair em pecado sexual. Só porque você está no ministério há muito tempo não significa que deveria ter o emprego garantido. Todos vocês sabem que algumas igrejas estão sendo conduzidas por homens que não são os melhores homens para o trabalho.

4. Os homens cristãos australianos são imaturos. Há uma falta de empreendedorismo e um sistema que desencoraja a ambição dos homens jovens. Homens estão vivendo com suas mães até os 25 anos, casando aos 32, retardando a tomada de responsabilidade tanto quanto possível. O fato é que não há uma denominação aqui na qual eu esteja qualificado para ser pastor. Eu plantei uma igreja com 25 anos. Eu poderia fazer isso com vocês? A resposta é “não”. E se houver um jovem que quer ser responsável por plantar uma igreja. Há um sistema preparado para isso? Quanto mais se retarda a responsabilidade, mais se atrasa a masculinidade. Estar indefinidamente em um estilo de vida Peter Pan é pecado. Jesus Cristo tinha expiado os pecados do mundo inteiro com a idade em que a maioria dos homens se torna pastor auxiliar. Há bons homens piedosos na faixa dos 30 anos liderando grandes igrejas do outro lado do mundo e vocês os trazem aqui para que possam pregar para vocês porque vocês não os têm no seu sistema.

5. Plantação de igreja não é difundida, nem bem-vinda. As habilidades requeridas de um plantador de igrejas são muito distintas. Não há nenhuma oportunidade largamente difundida para jovens inovadores nessa área. Homens jovens que querem plantar uma igreja são deixados com um terrível dilema: inovar e destruir a igreja ou viver dentro dos parâmetros do sistema e negar o chamado de Deus nas suas vidas. Nada menos que 300 homens vieram até mim e disseram: “eu quero plantar uma igreja e não posso. O que é eu que faço?” Eles precisam ser avaliados e treinados e somente aqueles que estão prontos deveriam ser enviados, mas eles precisam ser enviados.

6. Vocês sofrem de síndrome da papoula alta*. Através da pregação, as pessoas têm que perceber que isso é um pecado. Ter uma igreja de 1000 pessoas como um limite não é saudável. Vocês não querem se erguer porque as pessoas pensarão que vocês são orgulhosos. O fato de vocês estarem pensando em si mesmos dessa forma indica que vocês já são orgulhosos. Isso é pecado. Nós deveríamos celebrar se Deus permitisse que uma igreja crescesse. Meus presbíteros dão 10 por cento de nosso dinheiro para a plantação de igrejas. Ter uma igreja grande não é ruim. Tudo depende do que aquela igreja acredita e do que ela faz.

7. Seu ensino carece de três coisas: apologética, missão e aplicação. 1) Antecipe-se às objeções de seus ouvintes e responda-as. Isto também encorajará as pessoas a trazerem os seus amigos. 2) Pergunte à igreja qual é a nossa missão e como devemos vivenciá-la? Isso serve de aplicação para a igreja inteira. 3) Ofereça aplicação pessoal para indivíduos. Não é suficiente dar doutrina. A aplicação precisa conectar a vida e a doutrina.

8. Muitos de vocês têm medo do Espírito santo. Vocês não sabem o que fazer com Ele, e aí a Trindade passa a ser o Pai, o Filho e a Bíblia Santa. Vocês são tão reacionários ao pentecostalismo que acabam não tendo uma teologia robusta do Espírito Santo. O Espírito Santo chama as pessoas para o ministério. Ele também confere poder às pessoas no ministério. Vocês não têm que ser carismáticos mas vocês deveriam ser um pouquinho carismáticos; o suficiente para poder pelo menos adorar a Deus com algo a mais do que com toda a sua mente. Aqui [na Austrália] a palavra “carismático” significa prosperidade, excesso, bizarro. Em Londres, significa que você não é um liberal. Não fique preso a toda essa terminologia. Você ama o Espírito santo? Jesus diz que o Espírito Santo é um “Ele” e não um “isso”. O ministério não pode ser exercido sem o Espírito santo. Acredito que isso está conduzindo, em parte, à falta de empreendedorismo e inovação, porque se já não foi feito ou escrito vocês suspeitam daquilo.

9. Muitos de você são anglicanos. O sistema paroquial funciona para alguns, mas não todos. Menos da metade das pessoas que vivem nesta cidade possuem sua própria casa e constituem suas redes sociais on-line. Pessoas têm três lugares: onde elas trabalham, onde elas se divertem e onde elas vivem (o lugar onde elas se divertem é o lugar de que elas realmente gostam e onde viveriam, se pudessem). Então qual é o lugar delas? O modelo de paróquia diz que nós fixamos os limites. Mas isso torna o evangelismo nesta sociedade muito difícil. Pessoas já não se organizam por geografia, mas por afinidade. Pessoas estão se mudando o tempo todo. O sistema paroquial também faz com que a plantação de igreja seja muito difícil. E o supervisor pode impedi-la.

10. Denominações são construídas sobre um velho paradigma que homens jovens não compreendem. Este é um paradigma de controle: nós controlamos seus benefícios, sua renda, sua estabilidade… Nós controlamos você. Homens jovens operam sob influência. Alguns jovens são desrespeitosos diante da autoridade e precisam ser repreendidos. Nem todos os jovens são desrespeitosos, mas eles operam por influência - isso ocorre através de relacionamentos e de mentoria. “A influência deve ficar próxima e o controle deve ser mantido a certa distância.” Eles precisam receber encorajamento e responsabilidade. Homens jovens progressivamente evitarão um sistema que é construído para controlá-los e cada vez mais trabalharão de forma a contornar o sistema para conquistar sua liberdade.

11. Há uma tendência em chamar o treinado em lugar de treinar os chamados. As pessoas precisam ser testadas e provadas pelos líderes da igreja, mas o ministério precisa começar com um chamado. Deveria haver um senso inato de desejo, em lugar de ir para a faculdade, sendo então treinado, sendo então chamado ao ministério. Faculdades que têm sistemas alternativos, como por exemplo, opções de meio período, serão mais efetivas em treinar os chamados. Quatro anos na faculdade, sem experiência prática suficiente, podem conduzir a idealismo e farisaísmo nos quais jovens que nunca fizeram algo ficam criticando homens mais velhos que fizeram alguma coisa. Isso dá, então, aos jovens, a falsa impressão que eles estão fazendo algo. O Pastor Driscoll informou que a igreja Mars Hill (Colina de Marte) tinha crescido a 8000 membros quando ele concluiu o seu mestrado em Teologia. “Às vezes você não sabe o que você não sabe até que esteja fazendo ministério. E aí você é mais educável do que nunca.”

12. Igrejas precisam de profetas, sacerdotes e reis, de acordo com 1 Pedro 5 onde Jesus é o pastor chefe e os líderes são subpastores abaixo dEle. Profetas pregam e ensinam, sacerdotes cuidam das pessoas (por exemplo, visitação em hospitais) e reis preocupam-se com sistemas, políticas, procedimentos, bens imóveis e coisas semelhantes. A maioria das igrejas em Sydney está cheia de sacerdotes e há um déficit de profetas e reis. Há um limite em quantas pessoas um pastor pode cuidar. Pastores não podem fazer todos os três. Reis são desencorajados por sistemas que já estão estabelecidos.

13. Há uma carência de missiologistas. Um missiologista avalia a cultura e usa discernimento para achar os ídolos, “de forma que missionários podem ser empregados e as igrejas podem ser missionais.” “Teólogos defendem a verdade do evangelho e os missiologistas então a levam às ruas.” Quando você enche a equipe com teólogos e não missiologistas muitas pessoas permanecem sem conhecer Jesus.

14. Há uma tendência de tentar formar ministros antes de fazê-los maridos e pais. Muitos homens atrasam o casamento e a paternidade para que possam entrar na faculdade e no ministério. Eles precisam aprender a serem bons maridos e pais e pastorear um pequeno rebanho. Se eles não forem bons maridos e pais, não vão ser bons ministros. “Na verdade… ser um marido e pai prepara mais para o ministério do que qualquer faculdade.” Vocês deveriam realmente pressionar os homens jovens a assumirem responsabilidade cedo, serem bons maridos e pais e então encorajá-los para o ministério. Caso contrário as prioridades deles acabam sendo Deus, ministério, esposa, crianças, em vez de Deus, esposa, crianças, ministério. Se você retarda o casamento por causa do ministério, você está organizando um paradigma que é perigoso.

15. Há o fazer evangelismo, mas não missões. Evangelismo não compete só ao cristão individual, evangelismo é algo que compete à igreja cristã. Estamos usando todos os recursos à nossa disposição? Não pergunte: “Como seria um ministro do Evangelho fiel?”. Pergunte: “Como seria um missionário do Evangelho fiel? ‘.

16. Há muitos sujeitos número 2 ocupando posições de número 1. Sujeitos número 1 são pregadores, mestres, líderes, inovadores. Um sujeito número 2 não é ruim, mas ele não é a pessoa certa para o trabalho. Esse é um assunto que faz parte da questão de ter um sistema baseado em antiguidade em lugar de meritocracia. Sujeitos número 2 precisam ter a humildade de recuar como João Batista fez com Jesus - o que é fácil dizer, mas difícil de fazer. Quando um sujeito de número 2 está em uma posição reservada aos número 1, a igreja sobrevive, mas não multiplica.

17. Não há um grande senso de urgência. “Eu acredito que Deus tem um senso de urgência por plantar igrejas, e enviar homens jovens”, mas esta urgência não é evidente. Vocês não estão vendo muitas conversões e em todos os lugares que eu vou pessoas vêm a mim queixar-se de que não têm permissão para plantar igrejas. A urgência se apresenta com novos cultos e novas igrejas. A falta de urgência se apresenta pela falta de inovação. Nem todo mundo é um inovador ou empreendedor - mas há espaço no sistema para aqueles que são? Pode-se permitir inovação sem livrar-se do que é bom.

18. Movimentos tornaram-se instituições e museus. Um movimento é onde Deus faz o que Ele sempre faz, mas em uma profundidade maior do que estamos acostumados a ver. Por exemplo, os puritanos, os metodistas e o movimento carismático.

Variáveis definíveis de um movimento são:

1) Pessoas Jovens estão frequentemente no centro de um movimento - em todos os lugares, menos em Sydney. Eu sou um sujeito mais velho no lugar de onde eu venho - mas aqui, eu sou jovem. Pessoas jovens estão freqüentemente no centro de movimentos. A maioria dos metodistas eram homens na faixa dos vinte anos. Billy Graham tinha 19 anos quando começou a pregar.

2) “Eu penso que uma das razões da igreja de vocês ser tão pequena estatisticamente é que os seus jovens não conseguem liderar até que se tornem velhos”. E eles ficam sem fôlego bem antes de chegar lá. E aí vocês dizem: “Mas os jovens são irresponsáveis”. Claro que eles são! Homens jovens dizem e fazem coisas tolas, mas é bom livrar-se das derrotas no caminho bem cedo.

3) Movimentos não são marcados só por nascimento, mas também por novo nascimento. Igrejas novas têm que ser plantadas e vocês precisam de líderes novos para que possam ter igrejas novas.

4) Muitos movimentos são completamente desatentos à sua própria influência. “Eu fiquei chocado com o número de australianos que fazem download de meus sermões.”

5) Movimentos possuem organizações de suporte, como faculdades teológicas e editoras.

6) Normalmente, movimentos novos surgem quando há novas tecnologias. Por exemplo, a reforma protestante aconteceu no tempo da imprensa, Billy Graham usou os avanços na em amplificação e no rádio no tempo em que estava pregando. Hoje, nós temos a internet. Sistemas antigos eram baseados em controle, mas hoje, não há nenhum controle. “Você pode sentar em seu Macbook e até mesmo se nenhum líder aprovar, você pode se comunicar com o mundo. Isso muda tudo. “As pessoas gastam mais tempo olhando para uma tela do que para um ser humano. Os sermões de Mark Driscoll são baixados mais de 10 milhões de vezes ao ano. “Isso é insano. Nós nunca poderíamos ter uma reunião com 10 milhões de pessoas. Nós chamaríamos a isso de ‘país’.”

7) Os líderes do movimento encarnam os valores e então contam a história do movimento de forma que este tenha integridade no futuro. Eles são atacados e difamados e normalmente não são bem quistos até depois da sua morte.

8) Movimentos tornam-se organizações e depois instituições. Inovadores não entram ou saem de instituições. Instituições são marcadas por um medo do fracasso e por uma preservação de vitórias anteriores. “Por fim, os líderes jovens percebem que é muito complicado fazer qualquer coisa e eles acabam saindo.”

9) Se uma instituição não voltar a ser uma organização ou um movimento, ela torna-se um museu. “Um museu existe para contar histórias de quando Deus costumava operar.” Um museu não existe para chamar futuros líderes. Então vocês precisam perguntar: “Nós somos um movimento, uma organização, uma instituição ou um museu?” Os melhores e mais brilhantes jovens empreendedores querem se associar a vocês ou eles estão pouco dispostos a caminhar com vocês por não quererem ser controlados?”

Cinco modos pelos quais vocês saíram dos trilhos:

1. Doutrinariamente, vocês têm muito ou muito pouco controle. Vocês definem o mundo de forma tão estreita teologicamente que não dão muito espaço para a flexibilidade.

2. Relacionamentos. As pessoas amam umas às outras e não querem se afastar dos relacionamentos que elas têm com outros na liderança. Assim o amor nos relacionamentos significa que todos os assentos (de oportunidade) são tomados.

3. Em termos organizacionais, vocês têm muito ou muito pouco controle. Se muito, o ministério fica muito complicado; se muito pouco, pessoas que não têm boa doutrina ou bom caráter podem se infiltrar.

4. Orgulho ou “síndrome do não foi inventado aqui”. Não adaptar algo, a menos que tenha sido criado por alguém em sua equipe. Sua adoração e estrutura de culto é dolorosa, lenta e frustrante. Vocês precisam ter humildade para aprender de outras pessoas em outras denominações e discernimento para saber o que não implementar.

5. Falha em honrar os fundadores e o futuro. Questões de sucessão são difíceis e significativas. A chave é honrar seus fundadores e seu futuro. Você precisa fazer algumas coisas diferentemente e você precisa ser inovador naquilo que faz.

Nota do tradutor: Expressão usada na Austrália e Nova Zelândia que identifica uma atitude de desprezo e descaso para com quem consegue atingir uma posição mais elevada.
Fonte: Extraído do site sydneyanglicans.net / Tradução: Juliano Heyse

Via http://solomon1.com

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