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21 de abril de 2009

MUSEU OU MISSÃO?

"Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:13, 14).

Uma igreja, localizada em uma área da cidade onde já não haviam muitos moradores, precisava tomar uma séria decisão. Uma grande Incorporadora estava lhes oferecendo uma grande quantia de dinheiro pelo local onde pretendia construir um estacionamento. O valor era suficiente para a igreja construir um novo templo, em um local com muito mais habitantes e onde poderia fazer um trabalho de evangelização muito maior. Embora essa possibilidade motivasse uma parte da Congregação, outros membros mostravam-se resistentes à idéia. Eles assinalavam que a igreja guardava uma história e que possuía características de uma arquitetura do início do século dezenove. Lembraram também que figuras ilustres da igreja passaram por aqueles portais. Por fim prevaleceu a vontade da maioria da igreja e a congregação se mudou para um lugar melhor e muito mais movimentado da cidade. O pastor da igreja, relatando a decisão final, falou: "Nós tivemos que decidir se queríamos estar em um museu ou uma missão". Eles não podiam optar por ambos os modos. Ou ficavam naquele local, gloriando-se do seu passado e servindo a alguns poucos ou desistiam do passado e ingressavam em um ministério abundante junto às multidões da cidade. Eles preferiram a missão em lugar do museu.

Muitos de nós, hoje, continuamos vivendo apenas do passado. Não é raro dizermos para algum irmão: "Quando comecei minha vida com Cristo tudo era diferente. Eu orava mais, lia a
Bíblia todos os dias, não faltava às reuniões da igreja. Participava de tudo que se organizava na congregação". E por que não faz mais? Por que não continua experimentando aquela mesma alegria do primeiro amor? Por que viver apenas de lembranças se o regozijo de caminhar com o Senhor pode ser abundante mesmo agora, depois de tantos anos?

A vida espiritual não é uma peça de museu. Não é um acontecimento que se vive e não se renova. Não é uma atividade para uma fase de nossas vidas. É uma bênção que não devemos largar um segundo sequer. Ganhar os perdidos, ajudar a restaurar lares, fazer alguém deixar de chorar e abrir um largo sorriso, são oportunidades que o filho de Deus não pode perder em momento algum de sua vida.

Você tem sido um museu ou uma missão viva do Senhor ao mundo perdido?

Paulo Roberto Barbosa
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Escuro Iluminado

9 de abril de 2009

A Lição da Páscoa



Num tempo em que a maioria das crianças, quando perguntadas sobre a Páscoa, só respondem com palavras como "coelhinho" e "ovos" de chocolate, vale dizer que esta é, na verdade, uma das ocasiões mais especiais na vida das igrejas cristãs. Preservando e desfrutando do verdadeiro sentido (eterno) da Páscoa, algumas comunidades preparam para o domingo da Ressurreição programas de estudo bíblico e adoração que enfatizam os temas da Paixão (salvadora) de Cristo e sua Vitória sobre a morte em nosso favor. Um bom exemplo disso, disponibilizado dia 9/4 na Internet, é uma lição especial da Páscoa feita para os alunos da Escola Dominical da Igreja Metodista de Vila Isabel, do Rio de Janeiro. Trata-se também de um texto para pertinente e frutífera meditação para cristãos de todas as igrejas nesses dias.

Faça aqui um leitura e reflexão da Lição Especial sobre a Páscoa da Igreja de Vila Isabel, que é liderada pelo pastor Ronan Boechat. O texto, de autoria de João Wesley Dornellas, historiador metodista e membro da igreja, trata da "humilhação e a glorificação de Jesus Cristo" e analisa a "Mensagem da Páscoa". A superintendente da Escola Dominical é Tercília Cezário.

Leia alguns trechos do documento que chama a Semana Santa de "a mais importante semana da história humana":

"No domingo passado, no chamado Domingo de Ramos, relembramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Hoje (dia em que será estudada a lição: 12/4/2009), estamos comemorando a Páscoa, isto é, a ressurreição gloriosa de Jesus Cristo após sua morte na cruz do Calvário. Convém lembrar os acontecimentos daquela semana, tantos e tão importantes que dariam para muitas semanas em aulas de Escola Dominical (...) Poderemos relembrar a purificação do templo, o episódio da figueira sem fruto, a conversa no templo com os principais sacerdotes, as últimas parábolas que proferiu, dos dois filhos, dos lavradores maus, das bodas, do bom servo e do mau, das dez virgens e dos talentos, o sermão profético, os preparativos para a Páscoa, a instituição da refeição eucarística, a santa ceia, a traição de Judas, a prisão, julgamento e condenação de Jesus à morte infamante na cruz e seu sepultamento no túmulo que José de Arimateia disponibilizou. A releitura desses textos vai revelar coisas muito importantes para nossa fé, que não devem ser lidos e estudados apenas nos tempos de Páscoa mas sempre".

Sobre a Sexta-feira da Paixão, a lição destaca: "Não há teologia da cruz sem o complemento natural – a teologia da glorificação. Ou seja, não há Páscoa sem sexta-feira santa e não há sexta-feira santa sem Páscoa. É fácil encher o cristianismo de tribulação e angústia. Mas se a cruz é a cruz de Jesus e não uma especulação a respeito da cruz, que qualquer um pode fazer, não se pode esquecer, de modo nenhum, que o crucificado levantou-se dos mortos no terceiro dia".

"Esta é a mensagem da Páscoa, o fim do processo de reconciliação do homem com Deus, ou seja, a redenção do homem. O homem é agora uma criatura redimida. Ele está livre de tudo que tinha domínio sobre ele, como a maldição e a morte. Ele passa a fazer parte do Reino de Deus. O homem não é mais seriamente olhado por Deus como um pecador. Ele é agora um homem justificado. Isto é mais do que ser simplesmente perdoado. Como diz o antigo e sempre novo hino: “Tu não somente perdoas, purificas também ó Jesus”."

Leia aqui a íntegra da Lição Especial de Páscoa da Igreja Metodista de Vila Isabel.

Saiba mais sobre a Igreja Metodita de Vila Isabel.
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via Agência SOMA

2 de abril de 2009

Fotografias do reino

Paula Mazzini

Certos costumes trazem consigo lembranças. Desde criança, ao passar as férias no Rio Grande do Sul, fui acostumada a ver minha vó e meus tios na roda do chimarrão. Desde então, não consigo olhar para ninguém tomando chimarrão sem lembrar da minha herança gaúcha. Queijos me lembram Minas Gerais. Pizzas me lembram São Paulo. Chás me lembram a Inglaterra. No entanto, a lembrança que essas coisas trazem são mais profundas do que a culinária jamais poderá expressar.

Ao tomar um chimarrão, eu trago o Rio Grande do Sul para perto de mim -- já que não posso estar lá. Quando um inglês sai de sua terra e vem para o Brasil, ele preserva certas tradições, não pela tradição em si, mas porque, ao beber chá com leite, comer um “muffin”, ou um pão com “Marmite” ele traz a Inglaterra para cá. Quando volto de viagem e trago para meu pai um queijo, na verdade estou dando a ele um pedacinho de Minas Gerais.

Uma de minhas professoras costumava dizer que as fotografias expressam a necessidade da presença quando não podemos ter alguém por perto. Por isso, olhar para a foto de um amigo é personificá-lo; é como se, naquele momento, ele estivesse ali, sorrindo para mim. Assim, quando morre uma pessoa querida, ter a foto dela em nossa casa é a certeza de que parte dela ainda permanece conosco.

Diferente das cidades que fazem parte de nossa história, o céu é um lugar que nunca vimos e onde nunca estivemos. Temos uma vaga idéia do que ele é apenas por causa de certas passagens bíblicas. Mesmo assim, parece que todos os nossos esforços em descrever o que será o reino de Deus não passam de um esboço infantil.

No entanto, e graças a Deus, o que nos aguarda não é totalmente desconhecido. Basta pararmos de buscar descrições físicas e nos atermos às características do reino. Se fizermos isso, veremos que sabemos mais coisas sobre ele do que supomos. O reino está entre nós, e podemos vê-lo por meio das pequenas fotografias e pratos típicos que vem do céu, diretamente para nós. Da mesma forma que o Rio Grande do Sul vem até mim por meio de uma cuia, um ato de graça em um lugar improvável traz o reino de Deus para a terra.

A colação de grau de uma dona-de-casa que conheci analfabeta.

A recuperação e a esperança de uma criança que foi abusada.

Uma campanha de conscientização no meu bairro.

Duas irmãs que não se falavam fazendo as pazes.

Um estranho que me ajuda a carregar as compras, ou cede sua vaga no estacionamento.

Um adolescente que tem a iniciativa de recolher mantimentos em sua escola para enviar para uma cidade que foi inundada pela chuva.

Fotografias assinadas por Deus, para os que ainda estão um pouco longe de casa. Que possamos abrir nossos olhos e vislumbrar os múltiplos aspectos do reino de Deus que estão entre nós. Que, ao perceber pequenos atos de esperança, reconciliação, justiça, possamos parar, observar e admirar cada nuance dessas fotografias e lembrar com carinho do lugar de onde elas vieram.

Quando estiver com saudades de casa, olhe as fotografias. Nosso mundo está cheio delas...


Paula Mazzini tem 26 anos e é membro do Exército de Salvação. Atualmente estuda no Centro Evangélico de Missões e mora em Viçosa, MG.

Fonte: http://www.ultimato.com.br

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