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18 de novembro de 2008

MP3 Gratuito



O Complexo J parte do princípio que a música fala a língua da juventude e nela se encontram os padrões de comportamento que moldam a rapaziada de hoje. Eles acabam de disponibilizar seus álbuns no site oficial p/download: www.complexoj.com

Plus Salvation também disponibiliza álbum para download gratuito

A Plus Salvation publicou o download gratuito do album "Mudou Minha Vida", segundo eles é um presente de natal para todos que curtem a banda e uma forma de ampliar ainda mais os horinzontes da carreira, além de preparar o público para o próximo álbum que começará a ser gravado no primeiro semestre de 2009. O download conta com o cd oficial, encarte e a história detalhada da banda, vale a pena conferir!

www.plussalvation.com.br

Coca Cola Evangélica



Nos últimos cinco anos, o empresário evangélico Moisés Magalhães trabalhou com distribuição de refrigerantes pelo Brasil afora. Agora, decidiu criar sua própria marca, destinada ao rebanho que professa fé idêntica à dele. Com o improvável nome de Leão de Judá Cola, o refrigerante chegará ao mercado paulistano em dezembro, com um primeiro lote de 12 milhões de litros. Magalhães diz que 20% de seus lucros vão para a igreja que freqüenta e para obras sociais.


www.leaodejudacola.com/

www.conteudouniversal.com/2008/11/05/coca-cola-evangelica/

12 de novembro de 2008

A Necessidade do Teocentrismo


Onde quer que, na Igreja,
se tenha perdido a centralidade e autoridade da Bíblia, onde Jesus tenha sido colocado de escanteio, o evangelho tenha sido desvirtuado ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses mesquinhos substituíram a vontade soberana de Deus e, a partir daí, estamos fazendo o serviço do Reino a nosso bel prazer.

A perda da centralidade de Deus na vida eclesiástica dos dias de hoje é comum e lamentável. É essa perda que faz de nossos cultos apenas palcos de entretenimento, faz da pregação do evangelho um marketing barato e sem valor, que faz a ética ser relativa e sem sentido e transforma o vulgar em santo.

Hoje ser um cristão de sucesso é ser um homem abastado e prospero financeiramente, o dinheiro se tornou o selo da santidade, a ganância se tornou a motivação da busca pelo divino, mas não o divino bíblico, mas no divino da prosperidade. É mais importante ter do que ser um servo de Deus fiel! Como resultado dessa pobreza espiritual, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco no meio cristão.

Precisamos entender que Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo e os nossos interesses particulares. Temos que focalizar em Deus por meio de nossa adoração despretensiosa e não em nosso egocentrismo. Deus é soberano no culto, não nós. A nossa preocupação precisa estar no reino de Deus e não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar o verdadeiro evangelho, como medida única da justiça verdadeira. A verdade bíblica é indispensável diante dessa igreja que fez da fé um produto mercadológico.

Autor : Prof. João Flávio Martinez - www.cacp.com.br

FALANDO DE MISSÕES


Para iniciar um trabalho missionário numa igreja, é necessário primeiramente que, aquelas pessoas interessadas em fazê-lo, se prontifiquem a compreender a vontade de Deus em relação ao assunto. Para isso, precisam ter a visão certa: a visão de Deus. Então podemos fazer algumas perguntas para entendermos melhor sobre essa necessidade.

- O que você sente no coração quando ouve alguém falar sobre as necessidades do mundo?
- Idéias novas e diferentes surgem em sua mente quando alguém lhe fala sobre missões?
- Você ora constantemente pelos missionários que estão no campo?
- Você tem influenciado outros para se envolverem com missões?
- Quando alguém compartilha contigo a respeito do seu chamado, você o incentiva a continuar?
- Você já mobilizou pessoas alguma vez a enviar uma oferta missionária para missões?
- Você gosta de participar de conferências, congressos, acampamentos que abordam o tema missões?
- Você envia periodicamente oferta para algum missionário no campo?

Deu para sentir que as perguntas acima apontam uma ligação inquebrável das três áreas necessárias na vida da igreja, para alguém iniciar um departamento missionário. Essas áreas são, na verdade, a essência do compromisso missionário que todo cristão deve ter no seu dia a dia, elas são:

VISÃO + AMOR PELOS PERDIDOS + DISPOSIÇÃO = MISSÕES

Mais de dois bilhões e setecentos milhões de seres humanos, número que representa cerca de dois terços da humanidade, ainda não foram evangelizados. Sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a Igreja. Há, no momento, todavia, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes para com o Senhor Jesus Cristo. Estamos convictos de que esta é a hora de as igrejas e outras instituições orarem fervorosamente pela salvação do povo não evangelizado e de lançarem novos programas visando a evangelização total do mundo.

(CONGRESSO INTERNACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL, Lausanne)

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura"
(Marcos 16:15).

6 de novembro de 2008

Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu



Idéias com o objetivo de destruir a fé cristã sempre bombardeiam os alunos do ensino médio e das universidades. Este livro serve como um antídoto excepcionalmente bom para refutar tais premissas falsas. Ele traz informações consistentes para combater os ataques violentos das ideologias seculares que afirmam que a ciência, a filosofia e os estudos bíblicos são inimigos da fé cristã.

Antes de tocar a questão da verdade do cristianismo, essa obra aborda a questão da própria verdade, provando a existência da verdade absoluta. Os autores desmontam as afirmações do relativismo moral e da pós-modernidade, resultando em uma valiosa contribuição aos escritos contemporâneos da apologética cristã. Geisler e Turek prepararam uma grande matriz de perguntas difíceis e responderam a todas com habilidade. Uma defesa lógica, racional e intelectual da fé cristã.

http://semeadores.net/blog/?p=53

Ainda Sou do Tempo !

Ainda Sou do Tempo

Por Wagner Antônio de Araújo

Ainda sou do tempo em que ser crente era motivo de críticas e perseguições. Nós não éramos muitos, e geralmente éramos considerados ignorantes, analfabetos, massa de manobra ou gente de segunda categoria. Os colegas da escola nos marginalizavam. Os patrões zombavam de nós. A sociedade criticava um povo que cria num Deus moral, ético, decente, que fazia de seus seguidores pessoas diferentes, amorosas, verdadeiras e puras. Não era fácil. Mas nós sobrevivemos e vencemos. Sinto falta daquela perseguição, pois ela denunciava que a nossa luz era de qualidade, e ofuscava a visão conturbada de quem não era liberto. E, por causa dessa luz, muitos incrédulos foram conduzidos ao arrependimento e à salvação. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que os crentes não tinham imagens em suas casas, em seus carros ou como adereços de seus corpos. Nós não tatuávamos os nossos corpos e nem colocávamos "piercings" em nossa pele. Críamos que os nossos corpos eram sacrifícios ao Senhor, e que não nos era lícito maculá-los com os sinais de um mundo decadente, um deus mundano e uma cultura corrompida. Dizíamos que tatuar o corpo era pecado. Não tínhamos objetos de culto em nossas igrejas. Aliás, esse era um de nossos diferenciais: nós éramos aqueles que não admitiam imagens em lugar algum. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que pornografia era pecado. Nós não considerávamos fotos eróticas ou filmes pornô um "trabalho profissional", mas uma prostituição do próprio corpo e uma corrupção moral. Ao nos convertermos, convertíamos também os nossos olhos, e abandonávamos as revistas pornográficas, os cinemas de prostituição e os teatros corrompidos. Os que eram adúlteros se arrependiam e pagavam o preço do que fizeram, e começavam vida nova. Os promíscuos mudavam seu comportamento e tornavam-se santos em todo o seu procedimento. Nós, os adolescentes, deixávamos os namoros e os relacionamentos orientados pelos filmes mundanos, e primávamos por ser como José do Egito, que foi puro, ou o apóstolo Paulo, que foi decente. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que nos vestíamos adequadamente para o culto. Aliás, além do nosso testemunho moral, nós nos identificávamos pelas roupas. Se pentecostais, usávamos roupas sociais bastante formais, e éramos conhecidos aonde quer que íamos, pois ninguém mais se vestia tão formalmente assim em pleno domingo à tarde. Se de outras denominações, como eu, não chegávamos a esse extremo, mas nos trajávamos socialmente, com o melhor que tínhamos, dentro de nossas possibilidades, porque críamos que, se íamos prestar um culto a Deus, a ocasião nos exigia o melhor, e buscávamos dar o melhor para Deus. Era a famosa "roupa de missa", "roupa de igreja". Mesmo pobres, tínhamos o melhor para Deus. E sempre algo decente: camisas sociais, calças bem passadas, um sapato melhor conservado, um blaizer ou uma blusa bem alinhada. As mulheres usavam seus melhores vestidos, suas melhores saias e seus conjuntos mais femininos. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que nossos hinos falavam de Cristo e da salvação. Cantávamos muito, e nossas músicas não eram tão complexas como as de hoje. Mas todos acabávamos por decorá-las. Suas mensagens eram simples e evangelísticas: "foi na cruz, foi na cruz", "andam procurando a razão de viver"; "Porque Ele vive, posso crer no amanhã", "Feliz serás, jamais verás tua vida em pranto se findar", "O Senhor da ceifa está chamando"; "Jesus, Senhor, me achego a ti", "Santo Espírito, enche a minha vida", "Foi Cristo quem me salvou, quebrou as cadeias e me libertou", etc. Não copiávamos os "hits" estrangeiros, ou as danças mundanas, mas buscávamos algo clássico, alegre, porém, solene. E dançar o louvor? Jamais! Não ousávamos, nem queríamos; nunca soubéramos que o louvor era "dançante"; as danças deixamos em nossas velhas vidas mundanas. Porém, mesmo não as tendo, éramos alegres e motivados. Mas hoje é diferente.

Ainda sou do tempo em que as denominações e igrejas tinham personalidade. As denominações eram poucas e bastante homogêneas. Sabíamos que a Assembléia de Deus era pentecostal e usava indumentária formal; os presbiterianos eram os melhores coristas que existiam; os adventistas tinham uma fé estranha, numa profetisa semi-contemporânea, mas tinham os melhores quartetos masculinos; os melhores solistas eram batistas, etc. Nossas liturgias eram bastante diferentes: os conservadores eram formais, seus cultos silenciosos, enquanto um orava, os outros diziam amém. Já os pentecostais oravam todos ao mesmo tempo e cantavam a Harpa Cristã. Nós nos considerávamos irmãos, não há dúvida. Mas tínhamos personalidade. Hoje tudo é diferente.

E eu não sou velho! Isso tudo não tem 26 anos ainda! Na década de 80 ser crente era ser assim! Meu Deus, como o mundo mudou! Como a chamada Igreja Evangélica se deteriorou! Hoje eu sinto vergonha de ser considerado evangélico!

Hoje é moda ser crente, ou melhor, "gospel". Você é artista pornô, mas é crente. Você é do forró pé-de-serra, mas é crente. Você é ladrão, mas é crente. Você é homossexual assumido, mas é crente. Não importa a profissão, o comportamento, a moral, a índole, ser crente é apenas um detalhe. Aliás, dá cartaz ser crente: hoje muitos cantores "viram crentes" pra vender seus CD's encalhados, pois o "povo de Deus" compra qualquer coisa. Não há diferença entre o santo e o profano, o consagrado e o amaldiçoado, o lícito e o proibido, o justo e o injusto. Qualquer coisa serve. O púlpito pode ser uma prancha de surf, uma cama de motel ou um palanque eleitoral; a forma não importa. Ser crente é apenas um detalhe, uma simples nomencalatura religiosa.

Hoje os crentes tatuam as suas peles, mesmo sabendo que a Bíblia condena o uso de símbolos e marcas no corpo de quem se consagra a Deus. Criamos nossos próprios símbolos, nossos próprios estigmas e nossas próprias tribos. Hoje há denominações que dão opções de símbolos para que seus jovens se tatuem. O "piercing" deixou de ser pecado, e passou a ser "fashion", e está pendurado na pele flácida de roqueiros evangélicos e "levitas" das igrejas, maculando a pureza de um corpo dedicado ao Deus libertador. Mulheres há que enchem seus umbigos e outras partes de pequenas ferragens, repletas de vaidade e erotismo mundano, destruindo, assim, qualquer padrão cristão de consagração corporal. Meninos tingem seus cabelos de laranja, e mocinhas destróem seus rostos com produtos, pois agora todo mundo faz, e "Deus não olha a aparência". (Ainda bem, pois se olhasse, teria ânsia de vômito...)

Hoje ir à igreja é como ir ao mercado ou às barracas de feira e de artesanato: um evento efêmero, informal, meramente turístico. Não há mais cuidado algum no trajo cultuante. Rapazes vão de bermudas, calções (e, pasmem os senhores, de sungas!), até sem camisa, porque Deus não é "bitolado, babaca ou retrógrado". Garotas usam suas mini-saias dos "rebeldes" e exibem umbigos cheios de "piercings", estrelinhas e purpurinas pingando dos cabelos e roupas, numa passarela contínua do modismo eclesiástico. Se alguém ainda vai modestamente ao culto, seja jovem, seja velho, ou é "novo convertido", ou é "beato". É típico encontrarmos pastores dizendo aos "engravatados": "Pra que isso, irmão? Vai fazer exame laboratorial?" E, continuamente, vão demolindo qualquer alicerce de reverência e solenidade para o ato do culto.

Hoje as nossas músicas pouco falam de Cristo. Somos bitolados por um amontoado de "glórias", "aleluias", "no trono", "te exaltamos", "o teu poder", etc. Misturamos essas expressões, colocamos uma pitada de emoções, imitamos os ícones dos megaeventos de louvores, e gravamos o nosso próprio cd, que, de diferente, tem a capa e o timbre de algumas vozes, talvez alguns instrumentos, mas, no mais, não passam de cópias das cópias das cópias. E Jesus? Ah, quase nunca o mencionamos, e, quando o fazemos, não apresentamos qualquer noção do que Ele é ou representa para o nosso louvor. Não falamos mais que Ele é o caminho, a verdade e avida, não o apresentamos como Senhor e Salvador, não informamos ao ouvinte o que se deve fazer para tê-lo no coração, apenas citamos seu nome ou dizemos um aleluia para ele.

Hoje, entrar em uma igreja é como ter entrado em todas: é tudo igual. O mesmo sistema, as mesmas cantorias, a seqüência de eventos, os rituais emocionais, as pregações da prosperidade, de libertação de maldições ou de mega-sonhos "de Deus" (como se Deus precisasse sonhar, como se fosse impotente ou dependente da vontade humana). Transformamos nossas igrejas em filiais de uma matriz que não sabemos nem aonde fica, mas que se representa nas comunidades da moda. Não há mais corais, não há mais solistas, não há mais escolas dominicais fortes, não há mais denominações com características sólidas, não há mais nada. Tudo é a mesma coisa: uma hora e meia de "louvor", meia hora de "ofertas" e quinze minutos de "pregação", ou meia hora de "palavra profética e apostólica". Que desgraça!

Hoje trouxemos os ídolos de volta aos templos: são castiçais, bandeiras de Israel, candelabros, reproduções de peças do tabernáculo do velho testamento, bugigangas e quinquilharias que vendemos, similares aos escapulários católicos que tanto criticávamos. Hoje não nos atemos a uma cruz sem Cristo, simbólica apenas. Hoje temos anjinhos, Moisés abrindo o Mar Vermelho, Cristo no sermão da Montanha. O que nos falta ainda? Nossas bíblias, para serem boas, têm que ser do "Pastor fulano", com dicas de moda, culinária, negócios e guia turístico. Hoje temos bíblias para mulheres, para homens, para crianças, para jovens, para velhos, só falta inventarmos a bíblia gay, a bíblia erótica, a bíblia do ladrão, a bíblia do desviado. Bíblias puras não prestam mais. E, mesmo tendo essas bíblias direcionadas, QUASE NINGUÉM AS LÊ! Trazemos rosas para consagrar, rosas murchas para abençoar e virar incenso em casa, sal grosso para purificar, arruda para encantar, folhas de oliveira de Israel e água do Rio Jordão (Tietê?) para abençoar, vara de Arão, de Moisés, e sabe lá de quem mais! Voltamos às origens idólatras! Parece o povo de Israel, que, ao morrer um rei justo, emporcalhavam o país com suas idolatrias e prostitutas cultuais. E se alguém ousa ser autêntico, é taxado de retrógrado. Com isso, surgem os terríveis fundamentalistas, que abominam tudo, ou os neopentecostais, que são capazes de transformar a igreja num circo, fazendo o povo rir sem parar ou grunir como animais.

Meu Deus, o que será daqui há alguns anos? Será que teremos que inventar um nome novo para ser evangélico à moda antiga? Parece que batista, assembleiano, presbiteriano, luterano ou metodista não define muita coisa mais! Será que ainda haverá púlpitos que prestem, pastores que pastoreiem, louvores que louvem a Deus? Será que seremos obrigados a usar "piercing" para nos filiarmos a alguma igreja? Será que nossos cultos serão naturistas? Será que ainda haverá Deus em nosso sistema religioso?

É CLARO QUE HÁ EXCEÇÕES! E eu bendigo a Deus porque tenho lutado para ser uma dessas exceções. É claro que o meu querido leitor, pastor, louvador, membro de igreja, missionário, também tem buscado ser exceção. Mas eu não podia deixar de denunciar essa bagunça toda, esse frenesi maligno, esse fogo estranho no altar de Deus! Quando vejo colegas cuspindo no povo, para abençoá-los, quando vejo pastores dizendo ao Espírito Santo "pega! pega! pega!", como se fosse um cachorrinho, quando vejo pastores arrancando miúdos de boi da barriga dos incautos doentes que a eles se submetem, quando vejo um evangelho podre arrastando milhões, quando vejo colegas cobrando dez mil reais mais o hotel, ou metade da oferta da noite, para pregar o evangelho, então eu me humilho diante de Deus, e digo: "Senhor, me proteja, não me deixa ser assim!"

Que Deus tenha piedade de nós.


Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP
Av. Internacional, 592 - Jardim Santo Antonio
06126-000 - Osasco - SP - Brasil

2 de novembro de 2008

Billy Graham completa 90 anos



O evangelista de milhões está próximo de fazer 90 anos no próximo dia 07 de novembro e sua vida continua a ser um exemplo de integridade e serviço cristão.

Portal Cristianismo Hoje - http://www.cristianismohoje.com.br/

Cronologia

1896 Billy Sunday começa a dirigir os avivamentos
1908 É formado o Conselho Federal de Igrejas
1910 Começa a ser publicado Os Fundamentos
1912 É adotado o Credo Social das Igrejas
1918 Billy Graham nasce

O impacto de suas realizações é impressionante. Billy Graham já pregou pessoalmente o evangelho de Cristo para mais de 80 milhões de pessoas e a outros incontáveis milhões através do rádio e de filmes. Quase 3 milhões responderam ao convite que ele sempre faz no final de seus sermões. Quando os Estados Unidos precisam de um capelão ou pastor para ajudar a inaugurar alguma coisa importante, ou para enterrar um presidente ou para trazer conforto em tempos de terríveis tragédias, na maioria das vezes, Billy é o indicado.
Desde 1950, praticamente todo ano ele tem entrado para a lista das 10 pessoas mais admiradas nos Estados Unidos ou no mundo. Portanto, não é surpresa que uma pesquisa feita pelo Ladies Home Journal tenha colocado o famoso evangelista em segundo lugar, perdendo apenas para Deus, na categoria “realizações religiosas”.

Refletores
Nascido perto de Charlotte, Carolina do Norte, em 1918, Billy Graham freqüentou o Bob Jones College, mas achou que tanto o clima quanto as regras severas do Dr. Bob eram intoleráveis. Seguiu, então, um amigo para o Florida Bible Institute, onde começou a pregar e mudou sua filiação denominacional dos Presbiterianos Reformados Associados para Batista do Sul. Para preencher sua educação intensa, mas academicamente estreita, ele foi para o norte, para o Wheaton College, onde conheceu e casou-se com Ruth Bell, filha de um médico missionário, e assumiu sua primeira e única tarefa como pastor local.
Em 1945, Graham tornou-se o representante de campo de um movimento evangelístico dinâmico conhecido como Youth for Christ International (Mocidade para Cristo Internacional). Neste papel, viajou pelos Estados Unidos e por grande parte da Grã-Bretanha e da Europa ensinando líderes na igreja local a organizar eventos para jovens. Também fez amizade com um grande número de líderes cristãos, que mais tarde se uniram à sua organização para dar assistência vital às suas cruzadas quando ele visitava cidades em todo o mundo.
De 1949 a 1952, Graham ganhou mais reconhecimento nacional através das conhecidas cruzadas em Los Angeles, Boston, Washington e em outras grandes cidades, e através do seu programa de rádio Hora da Decisão, que teve início em 1950. Cultos de avivamento tremendamente bem-sucedidos que duraram meses em Londres (1954) e em Nova York (1957), viagens triunfantes pela Europa e pelo Oriente, a fundação da revista Christianity Today (1956), o lançamento de transmissões pelo canal de televisão ABC em rede nacional (1957) e uma amizade pública com o presidente americano Dwight Eisenhower e o vice-presidente Richard Nixon o estabeleceram firmemente como um conhecido condutor do padrão de Cristianismo evangélico.

Fogo amigo
Conforme crescia o prestígio e a influência de Graham, particularmente entre os cristãos não-evangélicos, ele atraiu a crítica dos fundamentalistas que sentiam que sua cooperação com as igrejas associadas ao National and World Council of Churches (Conselho Nacional e Mundial de Igrejas) assinalava um comprometimento com as forças corruptas do modernismo. Bob Jones o acusou de anunciar um “tipo de religião de desconto” e de “sacrificar a causa do evangelismo no interesse da conveniência temporária”. A ruptura com o fundamentalismo linha dura veio em 1957, quando, ao aceitar um convite do Conselho Protestante de Nova York para fazer uma cruzada no Madison Square Garden, Graham disse: “Pretendo ir a qualquer lugar, patrocinado por qualquer um, para pregar o evangelho de Cristo, se não houver nenhum comprometimento à minha mensagem... A identidade do discipulado cristão não é ortodoxia, mas amor. Os cristãos não estão limitados a qualquer igreja. A única pergunta é: você é comprometido com Cristo?”
A Cruzada de Nova York marcou outro desenvolvimento significativo no ministério de Graham. Numa época em que sit-ins* e boicotes estavam mexendo com as tensões raciais no Sul, Graham convidou Martin Luther King Jr. para discutir a situação racial com ele e seus colegas e para levar a congregação de Gardem à oração. A implicação era inconfundível: Graham mostrou tanto a brancos quanto a negros que estava disposto a colaborar com o movimento dos direitos civis e seu mais famoso líder, e King estava dizendo aos negros que Billy Graham era seu aliado. Graham nunca se sentiu confortável com as táticas de confronto de King; ainda assim, sua voz foi importante ao declarar que um cristão racista é uma contradição.
Durante a década que abarcou as presidências de Lyndon Johnson e Richard Nixon, de quem ele tinha proximidade e acesso, Graham muitas vezes atraiu o fogo dos críticos que sentiam que ele devia ser mais ousado ao apoiar o movimento dos direitos civis e, mais tarde, ao se opor à Guerra do Vietnã. O jornal Charlotte Observer, que normalmente o elogiava, notou, em 1971, que até mesmo alguns dos companheiros de Graham entre os batistas do Sul sentiam que ele era “muito próximo dos poderosos e muito apreciador das coisas do mundo, [e] compararam-no a profetas do passado, que diziam aos reis de Israel o que eles queriam ouvir”.
O evangelista aproveitou sua associação com presidentes e o prestígio que isto conferia ao seu ministério. Ao mesmo tempo, os presidentes e outros luminares políticos consideravam a amizade com Graham um valioso bem político. Durante sua campanha de reeleição, por exemplo, Nixon instruiu o chefe de sua equipe, H.R. Haldeman, a ligar para Graham pelo menos duas vezes por mês, “para que ele não sinta que não estamos interessados no apoio de seu grupo naqueles estados-chave onde eles podem ser úteis”. Depois do escândalo de Watergate, Graham se retraiu um pouco e começou a alertar sobre as tentações e ciladas que estão à espera dos líderes religiosos que entram na arena política.
Quando o movimento conhecido como Direitos Religiosos apareceu, no final dos anos 1970, ele deixou de participar, alertando os líderes cristãos a “serem cautelosos no exercício da influência política”, a fim de que não perdessem seu impacto espiritual.

Visão global
Quando Graham percebeu o tamanho de sua influência, ficou mais determinado não apenas a ajudar o evangelismo a se tornar mais dinâmico e autoconfiante, como também a moldar a direção do cristianismo contemporâneo. Esta determinação manifestou-se em várias conferências internacionais, patrocinadas ou largamente subscritas pela Associação Evangelística Billy Graham (BGEA).
Em particular, o Congresso Mundial de Evangelismo em Berlim, em 1966, que teve a presença de 1.200 líderes evangélicos de 104 nações e o Congresso Internacional sobre Evangelização Mundial, em 1974, em Lausanne, na Suíça, com 2.400 delegados de 150 países, ajudou os evangélicos a ver a si mesmos como uma força cristã mundial, junto com o Segundo Conselho Ecumênico do Vaticano (Vaticano II) e o Concílio Mundial das Igrejas, um movimento internacional que superou a expectativa de seus organizadores.
Poucos desdobramentos do ministério de Billy Graham foram tão surpreendentes ou controversos como seu sucesso em penetrar na Cortina de Ferro. Começando em 1978, praticamente todo país sob o controle soviético deu-lhe, progressivamente, privilégios que nenhum homem religioso, incluindo os líderes religiosos locais mais proeminentes e politicamente dóceis, jamais havia recebido. Graham usou estas visitas para pregar, encorajar os crentes cristãos e explicar aos líderes comunistas que sua restrição da liberdade religiosa era contraproducente, emperrando as relações diplomáticas com os Estados Unidos.
Talvez o feito de que Graham mais se orgulhe seja das conferências patrocinadas pela Associação Billy Graham, em Amsterdã, em 1983 e 1986, com uma terceira agendada para o ano 2000. Tais ajuntamentos, com participação de 13 mil evangelistas itinerantes de 174 países, deram instrução básica em assuntos tais como composição de sermão, levantamento de fundos e uso eficaz de filmes e vídeos. Como um sinal do espírito de Graham em abraçar mudanças, aproximadamente 500 participantes eram mulheres no encontro de 1986 e o número de pentecostais maior que o de não-pentecostais. Encontros subseqüentes, menores que estes, por todo o mundo, têm dado treinamento semelhante a milhares de evangelistas.
De fato, é possível que a resposta para a freqüente pergunta “Quem será o próximo Billy Graham?” não seja um único homem ou mulher, mas este exército poderoso de indivíduos anônimos, cujos espíritos têm se alegrado com o exemplo de Billy Graham, suas mãos e mentes preparadas com apoio de sua organização e seus corações acesos pela sua exortação nos encontros de Amsterdã: “Faze a obra de um evangelista!”
A idade e o Mal de Parkinson têm cobrado seus direitos, mas não silenciaram o espírito de Billy Graham. “Minha mente me diz para sair e seguir em frente”, ele disse, quando estava começando a sentir os efeitos da doença, “porém simplesmente não consigo. Mas pregarei até que não haja fôlego em mim. Fui chamado por Deus, e enquanto Deus não mandar eu me aposentar, não posso parar. Qualquer força que eu tiver, qualquer que seja o tempo que Deus me deixar ter, será dedicado a fazer a obra de um evangelista, enquanto eu viver”.

* Protesto em que negros entravam em um estabelecimento que não os atenderia, e lá ficavam por algum tempo, em silêncio, apenas para chamar atenção para sua causa. (N. do T.)
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