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30 de setembro de 2008

O CRISTÃO E AS ELEIÇÕES


No dia da eleição, deveríamos ser os melhores cidadãos, votando no candidato que seja o melhor para todas as pessoas.
Por Charles Colson e Anne Morse

Votar consciente não é apenas nosso dever cívico, mas sagrado.
Tenho me surpreendido com a quantidade de cristãos que desistiram de votar este ano. Alguns dizem: “Eu não gosto de nenhum candidato, portanto vou ficar em casa.”
Também estou cheio das atitudes vãs e das promessas vazias, mas deixar de votar não é uma opção - é nosso dever tanto cívico quanto sagrado. Votar nos é imperativo como bons cidadãos e como agentes de Deus na indicação de líderes.
Então, como devemos fazer para escolher os melhores candidatos? Não empunhando uma bandeira partidária - isso é ideologia barata. Ao contrário, os cristãos vivem pela verdade revelada, jamais cativos a um determinado partido. Portanto, o melhor lugar para buscar sabedoria não é no programa dos candidatos, mas na Bíblia.
O sogro de Moisés, Jetro, o aconselhou a indicar como governantes “homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto”. O padrão é competência e honestidade.
Mais tarde, Deus ordenou a Samuel para que escolhesse Saul, que “libertará o meu povo das mãos dos filisteus”. Esta passagem nos traz à mente o ensinamento de Paulo em Romanos 13, que diz que o papel do governo é empunhar a espada para preservar a ordem e reprimir o mal. Assim, devemos escolher líderes mais bem capacitados para realizar esse propósito e perseguir a justiça.
Hoje, Deus não escolhe mais nossos líderes diretamente (embora muitos de nós quiséssemos que ele escolhesse, pelo menos nos pouparia das cansativas campanhas políticas). Vivemos em uma democracia, de modo que Deus confiou a nós a tarefa de escolher os líderes que ele irá ungir. (Deuteronômio 1.12-13 nos mostra que os princípios democráticos remontam diretamente ao Antigo Testamento). Como Samuel, devemos escolher líderes dotados de competência, virtudes e caráter. Eis a razão pela qual deixar de votar ou rejeitar candidatos porque eles não são perfeitos à luz de uma avaliação bíblica ou política é uma negligência com respeito ao nosso compromisso.
Tampouco devemos votar em um candidato apenas porque ele se auto-denomina cristão - por mais surpreendente que isso pareça. Em vez de focarmos a denominação dos candidatos, deveríamos procurar identificar o candidato mais capaz. Martin Luther King, em uma frase famosa, disse que preferia ser governado por um turco competente, ou seja, um muçulmano, a ser por um cristão incompetente.
Deveríamos votar pensando no bem comum, termo raramente ouvido nos acalorados debates políticos. Nossos fundadores compreenderam isso muito bem, razão pela qual utilizavam o termo “bem-estar público” ou comunidade. Porém, atualmente, os políticos servem a interesses particulares, como vemos comumente, quando os congressistas desperdiçando milhões de reais em recursos adicionados às emendas do orçamento, favorecendo a empresas ou instituições específicas para a execução de projetos, sendo o dinheiro destinado a tais empresas ou instituições sem concorrência pública, como remuneração aos aliados especiais.
No entanto, ao olharmos para a política da perspectiva de Deus, vemos que ele possui um profundo e permanente interesse em que todas as pessoas sejam tratadas com justiça. Se Deus favorece a algum “grupo especial”, é aquele formado pelos pobres, pelos famintos, pelos portadores de alguma deficiência, pelos não-nascidos, pelos cativos, ou seja, aqueles que têm menos acesso ao poder político.
Eis a razão pela qual nós, cristãos, jamais deveríamos nos permitir ser, como a mídia nos tem caracterizado com freqüência, apenas mais um grupo que luta em defesa de seus próprios interesses. Se fôssemos um grupo partidário, deveríamos estar lutando pela dignidade de todos, em especial daqueles que não podem falar por si mesmos.
Portanto, é possível que algum candidato não vá cortar os impostos ou votar por seu programa favorito, mas a questão real é: ele irá servir a todas as pessoas, ou somente àquelas que gritarem mais alto?
Após considerar esses critérios, se você ainda estiver pensando em ficar em casa no dia das eleições, jogue fora o seu exemplar de Cidade de Deus, obra na qual Agostinho nos apresenta a idéia de que vivemos com um pé na Cidade de Deus e outro na Cidade dos Homens. Ao descrevê-las, ele reitera o ensinamento de Jesus de que embora os cristãos vivam, no presente, na Cidade dos Homens, eles não pertencem a ela. Somos como forasteiros em um país estrangeiro; nosso verdadeiro lar está na Cidade de Deus.
Porém, Agostinho também ensinou que se desejarmos desfrutar das bênçãos da Cidade dos Homens, temos de assumir as obrigações da cidadania. Em vez de cumprir nosso dever cívico por obrigação, o cristão o faz de bom grado, por obediência a Deus e amor ao próximo.
O ensino de Agostinho igualmente nos ajuda a colocar a próxima eleição na perspectiva correta. Alguns se rejubilarão diante do resultado, enquanto outros sentirão o amargor do desapontamento. No entanto, independentemente dos resultados, a Cidade de Deus permanece. Após a queda de Roma, Agostinho escreveu que a Cidade do Homem é construída pelo homem e pode ser destruída pelo próprio homem, mas a Cidade de Deus é edificada por Deus e jamais será destruída.
No dia da eleição, deveríamos ser os melhores cidadãos, votando no candidato que seja o melhor para todas as pessoas.
E, então, no dia seguinte, após exagerar na celebração ou autocomiseração, arregace as mangas e ocupe-se em trabalhar para o avanço do Reino de Deus nessa sociedade terrena.


Portal CRISTIANISMO HOJE - http://www.cristianismohoje.com.br/
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24 de setembro de 2008

Crentes Nominais

CRENTES NOMINAIS


No início do Cristianismo, abraçar a fé podia significar perseguição e morte. Quando os primeiros cristãos declaravam o “credo”, o que eles diziam é que aquilo era tão importante que estavam dispostos a morrer em nome de Jesus Cristo. Exemplo: Pedro e João At 4.19,20


Com o passar do tempo o cristianismo tornou-se a religião do imperador, que por lei, tornou se a religião do estado. A partir daí ser cristão se tornou fácil e até uma necessidade. Então o número de Cristãos cresceu mais ainda. Infelizmente muitos não eram cristãos genuínos




Hoje um dos grandes desafios para um pastor é fazer com que os membros da igreja sejam efetivamente cristãos. Há pessoas que fizeram confissão de fé, até mesmo cresceram no ambiente da igreja, e até se batizaram, mas nem sempre mudaram definitivamente suas vidas. Há pouca diferença em relação aos demais membros da sociedade.




Esses são os chamados CRISTÃOS NOMINAIS, que embora chamados de cristãos não tem um relacionamento autêntico com Cristo. Portando Tiago, nos desafia a praticar o que se ouve da Palavra divina, pois do contrário nos tornaremos cristãos nominais.




De acordo com Jesus, ouvir e não praticar é o mesmo que construir uma casa sobre a areia; ela cai Mt 7.24-27.



TIPOS DE CRISTÃOS NOMINAIS



1. Freqüentam a Igreja mas não tem relacionamento pessoal com Jesus como Senhor e Salvador.

a) Jamais tiveram coragem de romper com o mundo de verdade.


b) Embora estejam na igreja continuam mantendo um relacionamento com o mundo.


c) Não deixou a velha maneira de viver - Continuam nas práticas pecaminosas. Exemplo: Zaqueu se converteu de Verdade Lc 19.1-8.

2. Existem outros que jamais se comprometeram de verdade com o Senhor

a) Se comprometer é se envolver com Ele.


b) É ter uma vida de intimidade com Ele. Oração, leitura, jejuns, fidelidade, dedicação a sua obra, etc. Exemplo: A Igreja primitiva mesmo perseguida era comprometida com Jesus At.12.12.




3. Ainda há aqueles que freqüentam a Igreja por tradição familiar

a) Esses freqüentam a igreja para não desagradar os pais, porém, jamais tiveram um encontro pessoal com Cristo.

b) Ainda existem aqueles que não mais freqüentam mais querem que continuamos a considera-los como crentes e até membros da igreja.

4. Ainda existem os ocasionistas – Esses freqüentam a Igreja só nas festividades e cerimônias.

a) Esses nas festividades aparecem, e até gostam de tocar na igreja, para serem vistos pelos outros, são os aproveitadores de oportunidades.


b) Mais jamais se podem contar com eles.




5. Outros tipos de crentes nominais

a) Os melindrosos – São os emburradores - Esses por qualquer motivo emburram e fecham a cara, dando espaço para a mágoa e o rancor no coração. Esses são egoístas - Sempre acham que estão certos e cheios de razão.

b) Os de dura cerviz – São desobedientes, teimosos At 7.51. Esses não ouvem a ninguém. Não submetem a liderança. Fazem as coisas do jeito que querem.


c) Os murmuradores – Reclamam de tudo e de todos. Esses freqüentam a igreja só para murmurar.




Horrível coisa é a pessoa viver num mundo falso, imaginar ser o que não é. As pessoas que assim procedem agem com se fossem outras. Os cristãos que se enquadram nessas definições de nominais, são chamados para um compromisso com Jesus Cristo, numa relação pessoal e transformadora (Ap 2.4,5)



Meditando a Palavra
Pr. Genismar Marques de Souza

(um para mim, outro para você)

Em uma cidadezinha do interior havia uma figueira carregada dentro do cemitério. Dois amigos decidiram entrar lá à noite (quando não havia vigilância) e colher os figos.

Eles pularam o muro, subiram a árvore com as sacolas penduradas no ombro e começaram a distribuir o 'prêmio'.

- Um pra mim, um pra você.
- Um pra mim, um pra você.
- Pô, você deixou esse dois caírem do lado de fora do muro!
- Não faz mal, depois pegamo eles.
- Então tá bom, mais um pra mim, um pra você.

Um bêbado, passando do lado de fora do cemitério, escutou esse negócio de 'um pra mim e um pra você' e saiu correndo para a delegacia. Chegando lá, disse para o policial:

- Seu guarda, vem comigo! Deus e o diabo estão no cemitério dividindo as almas dos mortos!
- Ah, cala a boca bêbado, bocó!
- Juro que é verdade, vem comigo.

Os dois foram até o cemitério, chegaram perto do muro e escutaram...

- Um para mim, um para você.

O guarda assustado:

- É verdade! É o dia do apocalipse! Eles estão dividindo as almas dos mortos! O que será que vem depois?

Lá dentro, os dois amigos já estavam quase terminando...

- Um para mim, um para você. Pronto, acabamos aqui. E agora?

- Agora a gente vai pegar os dois que estão do lado de fora do muro...

23 de setembro de 2008

Jesus Christ Max Steel

CQC entrevista Toninho do diabo...

Ninguém mais se importa!




'...e por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará'

Mt 24.12


O que está ocorrendo com nossas igrejas??
O que está ocorrendo com o povo que se diz 'evangélico'??

Talvez somente a Bíblia se cumprindo...
É com tristeza que tenho acompanhado a decadência do movimento, dito evangélico, em nosso país. Algo que já vem ocorrendo na Europa, por exemplo, há muito tempo.

A quantidade de pseudo-igrejas, pseudo-pastores, cristãos hiper-hipócritas, invencionices mil, de arrepiar o cabelo dos estudiosos da Bíblia e de sacudir o esqueleto de reformadores sepultados, chegou a tal ponto, que poucos são os que prezam pela sã doutrina e ainda levam o evangelho a sério.

Desculpe a franqueza, mas a igreja evangélica (parte dela) virou uma piada.
O puro e simples evangelho que a igreja católica levou séculos para deturpar, a igreja evangélica tupiniquim levou apenas algumas décadas para derrubar.

'...voltando para os discípulos, achou-os dormindo, e disse a Pedro: Assim nem uma hora pudestes vigiar comigo?'
Mt 26.40

Quem quer orar hoje em dia???
Quem quer sofrer por amor a Cristo hoje em dia?
Quem está disposto a renunciar a alguma coisa por amor ao evangelho hoje em dia?
Quem hoje é inimigo do mundo?
Quem hoje em dia não ama, nem deseja as coisas do mundo e o que há no mundo?

É triste, mas o tempo anda tão corrido, que parar por uma hora para orar ou meditar na Palavra de Deus parece "perda de tempo". Ir ao culto e "gastar" duas horas ali sentado é desgastante e entediante.

'...e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra'.
2Cr7.14

É fato, que o povo 'que se chama pelo nome Dele' não tem se humilhado, não ora, não jejua, não busca a face Dele, Sua Presença, não se desvia dos maus caminhos (não abre concessão alguma), não confessa nem abandona pecados, não se arrepende. E ainda assim espera pelo perdão, pela cura, salvação, bênçãos e principalmente prosperidade financeira e felicidade, aqui e agora!

E essa gente de vida-dupla pergunta: onde está Deus? Por que Deus não se manifesta mais como no passado?

Tínhamos um grupo de oração onde trabalho. Ele era formado por aproximadamente 12 irmãos.
Hoje temos mais de 20 irmãos de igrejas diferentes aqui na empresa. Mas, ao contrário do que esperávamos, em nossas reuniões de oração, a frequência, em lugar de subir, caiu tanto, a ponto de termos somente 1 ou 2 pessoas no horário/espaço que conseguimos com tanto esforço!

'...contudo quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?'
Lc 18.8

Hoje temos cristãos evolucionistas, cristãos que acreditam 'em parte' na Bíblia, cristão que não abre somente uma brecha ao diabo, mas escancara o portão de suas vidas. E principalmente, cristão partidário, separatista, sectário, que em lugar de ganhar almas para Cristo, busca ganhar irmãos de outras denominações para a sua própria denominação.

Vivemos afirmando que nossos pais, avós, antepassados da igreja protestante, estavam errados no tocante à disciplina, ao trato, à vigilância. Que tudo aquilo era desnecessário e burro, exagerado.

E assim temos hoje igrejas ultra-liberais, onde o bizarro não causa mais escândalo. Onde não há reverência, temor, educação. Ninguém (lembrando claro das exceções) presta atenção na Palavra, ora com fervor, chora de joelhos, leva a sua cruz. Poucos são os que, pasmem, lêem as Escrituras!!!

'Respondeu-lhes Jesus: Porventura não errais vós em razão de não compreenderdes as Escrituras nem o poder de Deus?'
Mc 12.24

Vejo pessoas 'cabulando' os cultos, vivendo de aparências, conversando o tempo todo, fazendo tudo e mais um pouco, do que os ímpios sempre fizeram. São os crentes da nova era, que posam nus, adulteram e curtem a nova música gospel, aquela onde não há louvor, mas a satisfação da carne.

- 'Pô, culto na sexta? Vigília? Cê tá de sacanagem!'
Sexta-feira é dia de sair para a balada, sábado é dia de se divertir, domingo de manhã eu tenho que dormir, domingo a tarde tem jogo!

'Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando'.
Jo15.14

Antes quem queria fazer parte da igreja, tinha que aceitar as 'regras' e andar na linha. Hoje em dia as igrejas com medo de perderem membros e até mesmo famílias inteiras, fazem vista grossa para relacionamentos entre crentes e não crentes, jovens de brinco e tatuagem, fornicação no namoro, corrupção, pirataria evangélica, entre outros absurdos.

Nunca tivémos tantos líderes incapazes, despreparados, que não sabem sequer se foi João ou Paulo, o autor de Apocalipse.

'..É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar, não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso, que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?), não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo. Também é necessário que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em opróbrio, e no laço do Diabo. Da mesma forma os diáconos sejam sérios, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância, guardando o mistério da fé numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois exercitem o diaconato, se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as mulheres sejam sérias, não maldizentes, temperantes, e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si um lugar honroso e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus'.

1Tm3.2-13

Para encerrar, confesso o que me entristece mais: faço parte dessa geração!

Senhor, misericórdia!


Ricardo Miranda

18 de setembro de 2008

Eleições

O VOTO EM EVANGÉLICO

Uma análise bíblica sobre o envolvimento dos crentes com a política



"Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (2Tm 2:4).



Podem achar que é radicalismo da minha parte, que sou retrógrado, alienado político ou o que for; mas, eu não voto em nenhum candidato faz algum tempo, anulando meu voto, pois não vejo ninguém digno de ser eleito, neste país, tendo em vista tanta corrupção que presenciamos. "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!" (Jr 17:5).

E, acima de tudo, como sou um crente bíblico, não vejo qualquer base bíblica para participar do sistema corrupto deste mundo, que jaz no maligno, pois: "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno" (1Jo 5:19). Diante disto, mesmo eu sendo crente, NÃO VOTO EM EVANGÉLICO!

Devemos nos lembrar que, como igreja: "... a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fp 3:20).

Temos que votar por obrigação legal; mas, creio que o crente não deve tomar parte na política, sob nenhuma forma, nem elegendo os oportunistas e muito menos sendo candidato: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo 2:15).

Sabemos que Deus é quem coloca as autoridades no poder (Dn 2:21; Rm 13:1-2) e, sendo assim, Sua vontade é perfeita e nosso voto não vai mudar ou melhorar as coisas, pois a Bíblia nos mostra que este mundo não vai melhorar. Pelo contrário, só vai piorar, pois: "... os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados" (2Tm 3:13). Infelizmente, a igreja também irá de mal a pior, porque: "... o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (1Tm 4:1).

Um dos motivos que me levam a escrever sobre este tema tão polêmico é devido ao fato de eu já ter passado por um problema envolvendo política, em uma igreja, na qual minha esposa e eu congregávamos. Na ocasião, foram arrecadados, pelos irmãos, vários brinquedos para serem doados a uma comunidade carente.

Porém, para a nossa surpresa e espanto, no dia da entrega dos presentes às crianças, o "pastor" e sua família compareceram vestidos com a camisa de uma candidata ao cargo de Vereador (que, pasmem, era a própria esposa do "pastor"!), transmitindo à comunidade, a "mensagem subliminar" de que quem estava doando os brinquedos era a tal candidata e não a igreja. Aquilo foi um verdadeiro TERROR!

Mesmo se eu votasse em alguém, eu JAMAIS VOTARIA EM EVANGÉLICOS para ocuparem cargos políticos (muito menos em pastores!), pois é sabido que o poder corrompe e crente não deve participar desse jugo desigual: "Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Lc 16:13).

Os exemplos que já tivemos de "políticos evangélicos" foram escandalosos demais (deputados sanguessugas, ambulâncias superfaturadas, dinheiro escondido na cueca de certos políticos-bispos, até malas cheias de dinheiros provenientes dos dízimos dos fiéis, etc.) e não quero ser cúmplice desses escândalos e nem vê-los serem repetidos. Como diria o Bóris Casoy: "Isto é uma vergonha!"

Eles causaram escândalos ao evangelho e ao nome Santo do Senhor, comprovando que aqueles que neles confiaram, foram ludibriados. A Bíblia nos diz: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (Mt 18:7).

Mas, se mesmo assim, algum evangélico pretende concorrer nas eleições, como forma de ter um emprego secular (sic), que o faça sem confundir as coisas; ou seja, sem misturar seus interesses políticos (por "melhores" que sejam) com o Corpo de Cristo, a igreja.

Porém, se o candidato for pastor, aí a coisa complica ainda mais (e como tem pastor querendo uma "boquinha" na política este ano...). Não quero favorecer os oportunistas, "Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples" (Rm 16:18).

Como se não bastasse o fato do meio político ser corrupto e ser um jugo desigual (não sendo, portanto, lugar para um crente), as responsabilidades pastorais não são pequenas e, no meu modo de analisar os fatos, acho totalmente inconcebível um pastor pensar que conseguirá conciliar seu ministério com o desempenho de funções políticas. A Bíblia assim nos exorta: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2Co 6:14-15). [1]

Visto que o desempenho de cargos políticos, na maioria das vezes, é visando o bom salário (e o enriquecimento, muitas vezes, ilícito), vantagens pessoais, tráfico de influência e status social (além de "poder"), é bom lembrarmos que "... convém que o bispo [pastor] seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância" (Tt 1:7) (ênfase e grifos meus).

A Bíblia nos mostra vários deveres dos pastores, dentre eles: "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina... sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério" (2Tm 4:2, 5). Diante disto, acho difícil sobrar tempo para comícios, campanha, trabalhos políticos, etc.

Aqui em minha cidade, há um certo "pastor", candidato a vereador que, quando se apresenta no horário eleitoral gratuito, usa a seguinte vinheta: "Tenho uma visão celestial" (sic). Dá para acreditar num sujeito destes? (Só se for a herética "Visão com Propósitos", ora!).

Outros candidatos, por sua vez, durante as propagandas que fazem, declaram ser "evangélicos" e usam a igreja, a religião, a boa fé dos irmãos e, ainda por cima, o nome Santo de Jesus Cristo, para pedir votos. Quanta blasfêmia!

Ainda, há outros candidatos que freqüentam várias igrejas, nesta época do ano, em horários de culto (de preferência se a igreja estiver cheia!), para conseguirem dar uma "mensagem" nos púlpitos (e fazer suas campanhas). E o pior é que há pastores que cedem seus púlpitos para este "FIM" (é o FIM mesmo!).

Lugar de crente é pregando o evangelho e não participando do sistema político corrupto deste mundo. A Bíblia diz: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4:4)

Há muito candidato evangélico que se diz preocupado com "questões sociais", tais como a miséria, a fome, a necessidade de moradia, educação, etc. (palavras da moda, tão comuns em épocas de eleição.). Mas, o que muitos evangélicos crêem, na verdade, é no tal "evangelho social". Pensam que é encargo da igreja acabar com a pobreza do povo, alimentar os pobres, etc.

Como nos diz T. A. McMahon, na TBC 09/2008: "A história do Evangelho Social é, em quase cada caso, uma séria tentativa dos cristãos para fazerem o que eles supõem que honrará a Deus e beneficiará a humanidade. Em cada caso, porém, a realização prática de "beneficiar a humanidade" tem comprometido a fé bíblica e desonrado a Deus. Por que isso? Porque Deus não deu à igreja a comissão de resolver os problemas do mundo. Os que tentam fazê-lo, resvalam na falsa premissa, conforme Provérbios 14:12: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte". Além do mais, os problemas do mundo são apenas um sintoma da raiz chamada PECADO". [3]

Quando Judas Iscariotes viu Maria ungir os pés de Jesus, com um arrátel de ungüento de nardo puro, pensando no valor daquela iguaria (trezentos dinheiros), hipocritamente sugeriu que teria sido melhor vender o produto para dar o dinheiro aos pobres (Jo 12:1-7). Ao que Jesus respondeu: "... os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes" (Jo 12:8), mostrando que a pobreza sempre existirá.

Não que devamos nos omitir na ajuda aos pobres e em fazer caridade. Não estou dizendo isto! Afinal, as boas obras e a caridade (apesar de não salvarem ninguém) são demonstrações de amor ao próximo e evidências exteriores (2Pe 1:5-9) de que a pessoa é convertida ao Senhor Jesus Cristo. Mas, não podemos confundir as coisas!

A missão da igreja é EVANGELIZAR (Mt 28:19; Mc 16:15) e não pensar que vai erradicar a pobreza do mundo e resolver os problemas sociais (como vem propondo Rick Warren, com seu ecumênico plano P.E.A.C.E.), fazendo dessas questões sua meta principal; pois, isto é tarefa do governo e não da igreja. Como igreja, temos a solução para os problemas da alma, que é o alimento espiritual (o evangelho, que sacia a "fome espiritual") e não para os problemas do corpo (fome material)! Até porque, o maior problema da humanidade é o PECADO, que é a causa das injustiças sociais, desigualdades e a fome! [2]

Nunca vi tantos candidatos evangélicos, como neste ano. É lamentável! A maioria deles provém de denominações pentecostais ou carismáticas. Eles, equivocadamente, crêem que os cristãos têm a missão de conquistar o Brasil (e o mundo!) para Cristo (sic).

Crêem que "... a 'verdadeira igreja' seria reconstruída, nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo de 'profetas e apóstolos', que se caracterizariam pela utilização dos 'sinais e maravilhas restaurados' e que essa igreja (apóstata, diga-se de passagem!), reconstruída dos últimos tempos, prepararia então a Terra para o Rei Jesus Cristo, que governaria (somente então) o mundo". [4]

E, ainda por cima, acham que atingirão este objetivo, mais facilmente, se ocuparem os cargos governamentais; pois, segundo eles, somente quando o mundo for "conquistado" pela igreja é que Jesus Cristo retornará (dá pra dormir com um barulhão desses?).

Esta crença, totalmente sem base nas Escrituras, provém do Catolicismo Romano, sendo conhecida como "Teologia Reconstrucionista" ou "Teologia do Domínio" que, dentre outras coisas, diz que: "Jesus Cristo não poderá retornar à Terra, até que a igreja tenha retomado o domínio, obtendo o controle das instituições governamentais e sociais". (Al Dager, "Vengeance is Ours"; The Church in Dominion") [N. T. – O Dominionismo está concorrendo, prazerosamente, para a implantação da Agenda Global do Anticristo]. [5]

Eles acham que haverá um grande reavivamento nos últimos tempos e, somente então, é que o Senhor retornará. Porém, a Bíblia diz exatamente o oposto disto: "... Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" (Lc 18:8).

Em vez de grande reavivamento, o que irá ocorrer nestes últimos tempos (e já está ocorrendo) é a grande apostasia, logo após a qual, surgirá o maior POLÍTICO de todos os tempos (o anticristo – Vide Ap 13:1-10), para governar este mundo. Paulo disse: "Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição" (2Ts 2:3). (nós, como igreja, já teremos sido arrebatados nesta ocasião. Mas, quem sabe, os "políticos evangélicos" poderão, finalmente, governar juntamente com o anticristo, no Governo Mundial? Deus tenha misericórdia deles!).

Na Bíblia, lemos também que, quando os fariseus quiseram surpreender Jesus Cristo, em alguma palavra (Mt 22:15), eles O indagaram sobre questões políticas, especificamente sobre os impostos pesados que eram devidos ao governo romano; ao que Ele respondeu: "... Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22:21).

Jesus Cristo deixou muito clara a Sua posição quanto à importância da total separação entre Política e questões espirituais (Estado X igreja), mostrando que todos devem se submeter ao governo, mesmo com toda a opressão e carga de impostos sofridos pelos israelitas da época (tanto por parte dos romanos, quanto por parte dos escribas e fariseus).

Quando Pilatos, politicamente, confrontou Jesus Cristo, Ele respondeu: "... O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui" (Jo 18:36).

Quem gosta de união entre igreja e Estado é a igreja Católica Romana (este falso "Cristianismo"), que não se sacia com o poder secular, sendo, inclusive, um país (o Vaticano) e, se preciso, lança mão das armas para calar seus opositores, como nos mostra a história... (vide as Cruzadas, Inquisição, Holocausto, etc.).

Paulo, também, nos diz que, além de obedecermos às autoridades, temos que honrar nossas obrigações, impostos e tributos: "Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra" (Rm 13:7). (e o que tem de crente devendo os outros por aí, não é brincadeira...).

Como é Deus que coloca as autoridades no poder (Dn 2:21), o crente deve se sujeitar às mesmas: "Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação" (Rm 13:1-2). Deve, também , respeitar os governantes e obedecer às leis de seu país (Rm 13:3; Tt 3:1; 1Pe 2:17), desde que não sejam contrárias à Palavra de Deus, que é nossa Lei máxima.

Devemos nos lembrar que mesmo que tenhamos péssimos governantes (corruptos, desonestos, ditadores, descrentes, etc.), Deus é soberano e todas as coisas que acontecem no mundo cumprem Seus planos, mesmo quando os ímpios estão no poder. A Bíblia nos mostra isto, claramente, e a história também o confirma! Mesmo quando os maiores tiranos perseguiram o povo de Deus (seja na época do A.T., com Israel, ou no N.T., com os crentes/igreja), sempre prevaleceram os desígnios do Senhor (vide o caso do próprio Satanás, do Faraó do Egito, de Saul, Hamã, Herodes, Hitler, do Vaticano e as suas Cruzadas e a "Santa" Inquisição, etc.).

Mesmo com toda a perseguição que houver contra a igreja, podemos ficar tranqüilos, pois: "... as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18), pois, muitas das vezes, foram nos momentos de maior perseguição contra a igreja que o evangelho mais se difundiu.

Em Atos, lemos que, com a perseguição aos primeiros cristãos, o evangelho foi propagado por vários lugares: "Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra" (At 8:4). E a conseqüência foi: "E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor" (At 11:21).

Sendo boas ou más as autoridades, a Bíblia nos exorta a orarmos por elas, para que tenhamos tempos de paz: "Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade" (1Tm 2:1-2). (grifos meus)

Mas, se mesmo assim, as perseguições vierem contra nós, devido a governos tiranos, devemos nos consolar com o que disse o apóstolo Paulo: "E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2Tm 3:12).

Faço minhas as palavras do Dave Hunt: "A igreja primitiva não fazia alianças com os apóstatas, hereges e não cristãos, nem mesmo em causas aparentemente louváveis. Não há tempo a perder e precisamos escolher nossas prioridades. Vamos gastar nosso tempo e recursos em parceria com o mundo, na política e na ação social, ou vamos pregar o evangelho, batalhando diligentemente pela fé? Do Gênesis até o Apocalipse, somos instruídos a permanecer fiéis, seguindo o Senhor, com um coração puro, jamais nos desviando do caminho estreito. O mandamento de Cristo para cada cristão é: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura". Suas ordens são para cada cristão marchar". [6]

Não adianta alguém mostrar exemplos do A.T., tais como José, Davi, Salomão, Daniel, etc., que estiveram em evidência através de cargos públicos, em suas épocas; pois, tais exemplos dizem respeito a Israel (que era uma nação teocrática) e não à igreja (Fp 3:20) e, portanto, não servem de desculpas para os evangélicos ocuparem cargos políticos em nossos tempos.

É bom lembrarmo-nos que a Bíblia diz que: "... bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor" (Sl 144:15) e não "bem-aventurado é o povo cujos governantes são evangélicos!".

Por fim, não nos esqueçamos que:



"A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo" (Tg 1:27).





Humberto Fontes

Setembro/2008

A Questão do Sábado!

Deve o cristão guardar o sábado ?
Por Ronald E. Watterson


Introdução

O sábado é mencionado freqüentemente na Bíblia, especialmente no Velho Testamento. Estas constantes menções indicam que o assunto é muito importante e merece um estudo cuidadoso.

Em nossos dias é um assunto polêmico, mas nem por isso devemos deixar de examiná-lo. Devemos, sim, deixar de lado o que os homens falam e considerar o que as Escrituras Sagradas dizem a respeito. Vamos observar primeiramente o que a Bíblia revela sobre


A História do Sábado

Embora não encontremos a palavra "sábado", na Bíblia, até chegarmos em Êxodo capítulo 16, cerca de 2.500 anos depois de Adão, a doutrina do sábado começa com a criação do homem, quando Deus trabalhou seis dias e no sétimo dia descansou de toda a Sua obra. "E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou" (Gênesis 2:3).

Apesar do silêncio da Palavra de Deus quanto ao sábado, nos primeiros 2.500 anos da história humana, é provável que os fiéis o observassem durante aquele tempo. Quando Israel estava no deserto, Deus lhes deu o maná durante seis dias e avisou que no sétimo dia não haveria maná, pois aquele dia era "o santo sábado do Senhor" (Êxodo 16:23). Esta declaração, sem nenhuma explicação, leva-nos a crer que o sábado não lhes era desconhecido. Notemos, a seguir,




O Sábado Dado a Israel

Nos dias de Moisés o sábado foi dado à nação de Israel (Êxodo 16:29) e a partir daquele tempo a sua história fica mais clara. Ele foi incluído nas leis da aliança que Deus fez com Israel, sendo escrito pelo dedo de Deus na tábua de pedra, e também por Moisés no Livro da Lei (Êxodo 24:4; Deuteronômio 31:24).

Entre as outras leis, o sábado assumiu um lugar destacado para Israel, pois Deus o deu por sinal da aliança. Assim como Deus estabeleceu a circuncisão como sinal da aliança que fez com Abrão (Gênesis 17:11), o sábado foi estabelecido como sinal da aliança entre o Senhor e Israel (Êxodo 31:13, 17 e Ezequiel 20:12).


O sábado não foi dado às outras nações, mas exclusiva- mente a Israel, como sinal da sua posição privilegiada, em concerto com o Senhor. Este fato é confirmado quando Moisés exortou o povo e disse: "E que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho perante vós?" (Deuteronômio 4:8). A lei, incluindo o sábado, foi dada com exclusividade a Israel. Notemos, ainda,




O Sábado Ampliado

Ao dar o sábado a Israel, Deus o ampliou. A partir daquele tempo o sábado não seria apenas o sétimo dia de cada semana: mais dias além do sábado seriam "sábados do Senhor". O Dia da Expiação, por exemplo, que é o décimo dia do sétimo mês, seria "sábado de descanso" (Levítico 16:29-31), mas este dia poderia cair no começo, no meio, ou no fim da semana, dependendo do ano.

A terra também teria o seu sábado. O povo poderia cultivar a terra seis anos, mas o sétimo seria "sábado de descanso para a terra, um sábado ao Senhor" (Levítico 25:4). Naquele ano não poderiam semear o campo, nem podar a vinha. Mas convém que notemos, agora,




O Sábado Profanado

Israel foi infiel; não guardou os sábados ao Senhor. Profanou o sábado ainda no deserto, antes mesmo de entrar na terra prometida.

Referindo-se àqueles anos no deserto, Deus disse: "E também lhes dei os Meus sábados... mas... a casa de Israel se rebelou contra Mim no deserto... e profanaram grandemente os Meus sábados" (Ezequiel 20:12-13). Após a entrada na terra, a avareza levou o povo a considerar o sábado como um peso desagradável e difícil de suportar. Diziam: "Quando passará... o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo..."(Amós 8:5). Tal hipocrisia era insuportável a Deus e a repreensão veio nas palavras do profeta: "... o incenso é para Mim abominação... e os sábados; ... não posso suportar iniqüidade, nem mesmo a reunião solene" (Isaías 1:13).




O Sábado Interrompido

Por causa daquela iniquidade e hipocrisia, Deus tirou de Israel os Seus sábados. Ele disse, por meio do profeta: "E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados..."(Oséias 2:11). Ele afirmou ainda, através de Jeremias: "... o Senhor, em Sião, pôs em esquecimento a festa solene e o sábado, e na indignação da Sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote" (Lamentações 2:6).


O Sábado Reestabelecido

Apesar da profanação do sábado por parte de Israel, Deus não abandonou o Seu propósito. Ele ainda há de restaurar o Seu povo e esta nação ainda guardará os sábados ao Senhor. As promessas feitas a Abrão serão cumpridas e o sábado será observado. Descrevendo aqueles dias gloriosos que ainda estão por vir, Ezequiel fala dos holocaustos e das ofertas que serão trazidas nas luas novas e nos sábados (Ezequiel 45:17). O mesmo profeta fala da porta do átrio interior do templo que será reconstruído e diz que "estará fechada durante os seis dias, que são de trabalho; mas no dia de sábado ela se abrirá" (Ezequiel 46:1; veja também Ezequiel 46:3, 4, 12). Agora, voltemos a nossa atenção para




Um Detalhe Importante

Considerando a história do sábado, é importante observar que não há mandamento algum para a igreja guardar o sábado. E isto não é uma omissão. Deus não omitiu da Sua Palavra coisa alguma que fosse necessária ao Seu povo (veja 2 Timóteo 3:16-17). Longe de apresentar qualquer mandamento para guardar o sétimo dia, o Novo Testamento mostra que o cristão que estima um dia acima do outro é um cristão fraco (Romanos 14:1-6). Reforçando isto, Paulo disse, escrevendo aos Colossenses: "Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados" (Colossenses 2:16).

Vemos, ainda, que, na carta aos Gálatas, escrita a igrejas que estavam começando a guardar dias, Paulo disse: "Mas agora, conhecendo a Deus... como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias... receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco" (Gálatas 4:9-11). Esta preocupação do Apóstolo com relação aos gálatas deixa muito claro que o cristão que guarda o sábado, ou qualquer outro dia, está cometendo um erro gravíssimo e está jogando por terra a obra que Deus está fazendo.




O Propósito e o Significado do Sábado

Um dia, quando o Senhor passava pelas searas, com Seus discípulos, estes começaram a colher espigas e foram severamente critica- dos pelos fariseus (veja Marcos 2:23-28). Respondendo as críticas, o Senhor afirmou ser o Senhor do sábado e revelou, pelo menos em parte , o propósito do mesmo.


Para o Homem

Ele disse: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" (verso 27). O sábado nunca foi uma restrição, ou uma exigência pesada que Deus impôs ao homem, mas sim uma bênção. Deveria ser uma ocasião alegre e benéfica para o homem.

No Velho Testamento vemos a maneira como este dia deveria ser uma bênção para o homem. Traria benefícios físicos, pois seria um dia de descanso depois de seis dias de trabalho (Êxodo 20:10). Quando esta lei foi dada a Israel, Deus relacionou este descanso semanal com a Sua própria obra na criação: "Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar, e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia de sábado, e o santificou"(Êxodo 20:11).

Quando, porém esta lei foi repetida na campina ao oriente do Jordão, Deus mencionou outro propósito do sábado. "Guarda o dia de sábado...seis dias trabalharás.. . mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho nele...Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido" (Deuteronômio 5:l2-13).

O sábado, portanto, seria um dia de descanso físico e também seria um dia de recordação das bênçãos recebidas do Senhor. Seria uma bênção para o corpo e também para a alma.




Para Deus

Foi de fato uma dádiva preciosa que Deus deu ao povo de Israel (Êxodo 16:29), mas convém observar que não é somente "o sábado do Senhor" (Êxodo 16:23), é também "um sábado ao Senhor" (Êxodo 31:15). Ao mesmo tempo que proporcionava descanso e refrigério ao homem, deveria proporcionar algo também a Deus. Ao deixar de lado a preocupação com as coisas materiais, o homem deveria ocupar-se com as coisas espirituais , e assim Deus receberia adoração e louvor.

Além do propósito imediato de proporcionar ao homem descanso e trazer a Deus honra e louvor, havia algo mais, na celebração do sétimo dia. Era uma sombra "das coisas futuras" (Colossenses 2:17). Vejamos vários aspectos disto.




O Descanso em Canaã

Logo que o pecado entrou no jardim do Eden, o descanso de Deus foi interrompido e Ele se pôs a trabalhar (João 5:17). O sábado não se

ria mais uma expressão do descanso do Criador, mas sim, uma sombra dum descanso futuro, baseado na obra perfeita terminada pelo Senhor Jesus Cristo.

Em primeiro lugar, prefigurava o descanso que Deus queria dar ao povo de Israel em Canaã. Moisés disse àquele povo: "Até agora não entrastes no descanso ...mas passareis o Jordão, e habitareis na terra que vos fará herdar o Senhor vosso Deus; e vos dará repouso dos vossos inimigos... "(Deuteronômio 12:9-10).

Num sentido limitado, este descanso foi alcançado nos dias de Josué, pois "o Senhor lhes deu repouso em redor, conforme a tudo quanto jurara a seus pais"(Josué 21.44).

O descanso em Canaã não permaneceu (Hebreus 4:8), e Deus falou ainda dum descanso futuro (Salmo 95:8-11).




Descanso para o Mundo no Milênio

Um dia Satanás será preso no abismo (Apocalipse 20:1-3); todo inimigo será derrotado (1 Coríntios 15:25); a criação deixará de gemer (Romanos 8:22-23); e a terra há de gozar o seu sábado. O profeta anunciou isto ao dizer: "Já descansa, já está sossegada toda a terra! exclamam com júbilo" (Isaías 14:7). O mesmo profeta ainda disse: "E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé, a qual estará posta por estandarte dos povos, será buscada pelos gentios; e o lugar do seu repouso será glorioso"(Isaías 11:10).




O Descanso Eterno

Este maravilhoso descanso milenar, porém não perdurará. Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, liderando uma última rebelião contra Deus.

Mas ele será derrotado, e lançado no lago de fogo. Os mortos serão julgados e haverá um novo céu e uma nova terra onde habita a justiça (2 Pedro 3:13 e Apocalipse 21:1). Deus será tudo em todos e será glorificado naquele descanso eterno.




O Descanso presente em Cristo

O sábado é a sombra; a substância é Cristo (Colossenses 2:16-17). Por isto, não nos ocupamos mais com a sombra; temos a substância. Não guardamos o sábado; descansamos em Cristo. Esta verdade é apresentada mais detalhadamente na carta aos Hebreus.





O Sábado à Luz de Hebreus 3 e 4

A carta aos Hebreus mostra a superioridade de Cristo. Ele é Deus (capítulo 1) e, portanto, superior aos anjos. Ele Se fez homem (capítulo 2), mas continua superior a todos os homens. Os capítulos que estamos considerando mostram como Ele é superior a Moisés e a Josué. Estes não conseguiram dar ao povo aquele descanso verdadeiro, mas nós, pela fé no Senhor Jesus Cristo, já entramos no repouso (4:3).




O Repouso

A questão do repouso é introduzida com uma citação do Velho Testamento, tirada do Salmo 95:8-11, já anteriormente citada no capitulo 3:7-11. O escritor quer demonstrar que o Senhor Jesus é maior do que todos os homens. Os que saíram do Egito deveriam ter entrado no descanso em Canaã, mas pela desobediência e incredulidade, seus corações foram endurecidos e Deus jurou na Sua ira que não entrariam no Seu descanso. Este facto serve de exortação aos leitores, para que não venham a cair no mesmo erro (3:12-13). Poderiam ter ouvido as boas novas, mas se o coração se endurecesse pelo engano do pecado não entrariam no repouso desejado (3:13).

Muitos têm mal interpretado esta passagem e, nela baseados, afirmam que o crente pode perder a salvação, mas veja bem que não é isso o que o texto sagrado diz. O que Deus afirma é: "A qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim" (3:6). Note bem que não diz que "seremos", mas que "somos", agora, no presente, a casa de Deus. Ele não diz que somos enquanto conservarmos firme, mas que já somos a casa de Deus se conservarmos firme. Isto é, a palavra "se", neste caso, não introduz uma condição, mas, sim, uma evidência. Os hebreus, a quem a carta foi dirigida, professavam ser a casa de Deus, mas alguns poderiam não ser verdadeiros. A realidade da sua profissão de Fé seria manifesta pela sua permanência. Veja isto com mais clareza no versículo 14 – "...nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim". O verbo "tornamos"refere-se a algo já acontecido — é o tempo perfeito no texto original. Ele não está dizendo que vamos participar de Cristo se retivermos firmemente, e, sim, que já participamos de Cristo há muito tempo. A palavra se, no caso, não é condicional, pois se o fora, o versículo não teria sentido. O ensino claro destes dois versículos é que aquele que permanece é aquele que creu e aquele que não permanece demonstra que nunca creu.


No capítulo 4 o Espírito volta a destacar o perigo de não entrar no repouso de Deus: "Temamos, pois que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás" (verso 1). Observe, porém, que o texto não fala da possibilidade de ser expulso dum repouso já alcançado, mas, sim, da possibilidade de não chegar a entrar no repouso esperado. É isto o que vemos no Salmo 95: a geração que saiu do Egito não entrou em Canaã. É isto, também, o que Hebreus 4 ensina: alguns que querem entrar no repouso de Deus poderão não entrar. Aqueles que saíram do Egito, ouviram as boas novas e esperavam entrar, mas caíram no deserto. Como o texto afirma, nada disto lhes aproveitou, porquanto não estava misturado com a fé. É póssível ouvir as boas novas e abandonar o mundo e, contudo, não entrar no descanso porque, na realidade, não creu.

Mas o contraste no versículo seguinte é notável: "Nós, os que temos crido, entramos no repouso" (verso 3). Aqui vemos novamente que a fé é o meio pelo qual entramos no repouso. Eles (verso 2) não entraram porque não creram; nós (verso 3) entramos (presente) porque temos crido (passado). Quem não crê, não entra. Quem creu, já entrou.

Tudo é relacionado com o descanso de Deus no sétimo dia (verso 4), mostrando que aquele repouso de Deus na obra completada pela criação era uma sombra do repouso que o crente tem agora em Cristo. No versículo 5 vemos mais uma vez que o incrédulo jamais entrará neste descanso.

A partir do versículo 6, o Espírito Santo torna a falar do descanso concedido em Canaã, mostrando que não correspondeu plenamente à sombra, pois, de outra sorte, Davi não teria, no Salmo 95, falado de outro dia. Isto leva logicamente à conclusão de que "resta ainda um repouso (literalmente, "um sábado de repouso") para o povo de Deus" (verso 9).

O sábado do Velho Concerto, portanto, era uma sombra do descanso que gozamos hoje em Cristo.

O assunto é concluído com uma afirmação e uma exortação.

A afirmação: "Aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou das suas obras, como Deus das Suas" (verso 10). Quando descobrimos que as nossas tentativas de alcançar a vida eterna eram inúteis e deixamos de confiar em nossas justiças, orações, obras, etc., e confiamos no Senhor Jesus Cristo e no valor da obra consumada na cruz, descansamos das nossas obras e entramos no descanso de Deus.

A exortação: É dirigida àqueles que ainda não entraram no repouso de Deus e diz: "Procuremos entrar... para que ninguém caia no

mesmo exemplo de desobediência" (verso 11).




A Conclusão

O Sábado foi uma dádiva preciosa que Deus concedeu ao povo de Israel, mas aquele povo não apreciou. Era uma parte integrante daquela Lei do Velho Concerto e traz lições preciosas para nós, cristãos, no dia de hoje, sendo uma sombra do nosso descanso espiritual em Cristo.Mas aquela "cédula que era contra nós" foi riscada (literalmente, apagada, como quando se apaga o que foi escrito numa lousa) e tirada do meio de nós pela cruz de Cristo (Colossenses 2:14). Continuando este ensino, o Espírito Santo pergunta: "Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam AINDA de ordenanças... ?" (Colossenses 2:20).

Nesta Escritura Deus mostra claramente que o cristão não deve guardar a Lei do Velho Concerto (isto inclui o sábado), pois tal lei foi apagada e tirada do meio de nós. Na carta aos Gálatas, porém, Deus apresenta, por meio duma alegoria, a nossa responsabilidade nesta parte.

Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Na alegoria, Agar, a escrava, representa o Velho Concerto firmado no monte Sinai, enquanto Sara representa o Novo. Na conclusão da alegoria, Deus diz: "Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre" (ver Gálatas 4:21-31). Temos a responsabilidade de lançar fora o Velho Concerto, bem como as conseqüências que ele produz, pois de modo algum poderão os dois Concertos conviver um com o outro.


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Portanto, em Colossenses vemos o lado divino desta mudança — Ele apagou a "cédula", tirando-a do meio de nós (Colossenses 2:14), mas em Gálatas vemos o lado humano — nossa responsabilidade de lançar fora o Velho Concerto, inclusive o sábado.






Nota do Distribuidor: Por favor, leia na sua Bíblia todas as citações contidas neste artigo para não parecer que o autor apresenta a sua opinião pessoal, mas verifique que seus argumentos são fortemente fundamentados na Palavra de Deus.







RONALD E. WATTERSON é um Ministro Evangélico vinculado ao Movimento dos Irmãos Como Ensinador Bíblico Itinerante, tem a sua base missionária na cidade de Descalvado, Estado de São Paulo. É autor do livro Apocalipse Versículo por Versículo, tendo também escrito diversos livretos e artigos doutrinários em defesa da Fé.



PUBLICAÇÕES BÍBLICAS

Josias Baraúna

Mais Polêmica entre Caio e Silas

















16 de setembro de 2008

Chamando Satanás Para Briga?

[Chamando Satanás Para Briga? E Reduzindo-o a Pó? Show de Exorcismo de Poder?]

O vídeo que lhes apresento é eloqüente o bastante para convencê-los do quanto a igreja evangélica brasileira (ou boa parte dela) tem se desviado da simplicidade que há em Cristo, seguindo a "outro Jesus", a "outro espírito" e a "outro evangelho" (2 Co 11.3,4; 1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1).
Confiram agora mais uma aberração "evangélica", que mais parece um show da Madonna do que um culto a Deus. Onde vamos parar? E o pior: embora queiram demonstrar que derrotaram e envergonharam Satanás, ele foi o protagonista da festa.



O "culto" em apreço, sem dúvida nenhuma, é contrário à Palavra de Deus. Por quê?

1) Jesus, ao ser tentado pelo Inimigo, valeu-se apenas da Palavra de Deus, sem ofendê-lo ou chamá-lo para a briga. Tão-somente disse "Está escrito" e citou a Palavra (Mt 4.1-11). Mas muitos hoje parecem se achar superiores ao Senhor...
2) O arcanjo Miguel, que talvez seja mais poderoso do que o próprio Satanás, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele (Jd v.9). Quem somos nós para fazer isso?
3) Quem gosta de afirmar que amarra o Diabo e domina-o, esmagando-o hoje, precisa considerar o que Paulo disse, inspirado pelo Espírito Santo: "não ignoramos os seus ardis" (2 Co 2.11). Além disso, o mesmo apóstolo asseverou, em 1 Tessalonicenses 2.18: "Pelo que bem quisemos, uma e outra vez, ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu".
4) A postura do crente é de resistência, e não de ofensa ao príncipe das trevas (1 Pe 5.8,9). E essa resistência ocorre quando nos sujeitamos a Deus (Tg 4.7), e não quando dirigimos xingamentos ao Adversário.
5) O Diabo só será esmagado debaixo de nossos pés no futuro (Rm 16.20; Ap 20.10). Por isso, ele ri dessas encenações, pelas quais, na verdade, ele se torna ainda mais popular neste mundo do qual continuará sendo príncipe até ao fim da Grande Tribulação (1 Jo 5.19; 2 Co 4.4; Jo 16.11; Ap 20.1-3).
6) Deus rejeita esses shows, ainda que sejam realizados por pessoas aparentemente bem intencionadas (Am 5.23; Jo 4.23,24; Is 29.13; 1 Jo 2.15-17; Rm 12.1,2). A cada dia, nossas igrejas (ou muitas delas) se secularizam. Nunca elas estiveram tão mundanas! E o mundo jamais esteve tão religioso. Não se sabe mais onde começa um e termina o outro...
7) Muitos pensam que Deus aprova esses megashows em razão da grande quantidade de pessoas que deles participam. Que engano! Haja vista Mateus 7.21-23; 24.12; 2 Coríntios 2.17. Entremos, pois, pela "porta estreita" (Mt 7.13,14), pois são poucos os fiéis (Sl 12.1; 101.6; Mt 25.1-13).

Ciro Sanches Zibordi

Quem você foi na última encarnação?



15 de setembro de 2008

A Importância de Filtros

A Importância de Filtros
Por Robert J. Tamasy


Um ditado popular afirma que “Fotografias não mentem”. É uma afirmação falsa! Um fotógrafo habilidoso pode criar efeitos incomuns, distorcer imagens, colocar uma pessoa em primeiro plano ou a Torre Eiffel como pano de fundo ou criar a ilusão que alguém está segurando um monumento entre os dedos indicador e polegar. Usando softwares gráficos, as fotografias podem ser manipuladas de várias formas, Um técnico em computação gráfica pode pegar a pirâmide egípcia e colocá-la no Grand Canyon na América ou equilibrada sobre a Grande Muralha da China.



Outra ferramenta comum na criação de efeitos fotográficos são os filtros. Há filtros que podem produzir explosões ou riscos de luz à noite, gerar efeitos nas bordas da imagem ou simplesmente um matiz na coloração, dando à imagem um aspecto envelhecido. Não importa o filtro utilizado; todos afetam a imagem capturada pelas lentes.



Assisti a um documentário que analisava outro tipo de “filtro”: a visão que temos do mundo e que usamos, conscientes ou não, para interpretar o que vemos e ouvimos e que norteia o modo de vermos a vida. Essa cosmovisão ajuda a moldar nossos valores e estabelecer nossas prioridades, influenciando a forma como reagimos a situações e acontecimentos do cotidiano.



C. S. Lewis, famoso pensador, estudioso e escritor britânico, descrevia sua visão de mundo  o filtro espiritual que governava sua vida  da seguinte maneira: “Eu creio no cristianismo, assim como creio que o sol se levantou; não porque eu o vejo, mas porque por ele vejo todas as demais coisas”. Lewis estava dizendo que, depois de ter descoberto o que ele entendeu ser a verdade, ela coloriu, ou filtrou, cada aspecto de sua vida. Alguém expressou esse mesmo conceito de forma ligeiramente diferente: “Uma vez tendo visto a verdade, você não pode deixar de vê-la.”



Qual é o filtro que você usa para experimentar e observar a vida à sua volta, e que o leva a tirar conclusões daquilo que vê? Quer compreendamos isso ou não, todos usamos esses filtros. Eles consistem nas crenças que nos motivam, afetando nossos objetivos e valores e predisposições que desenvolvemos ao longo dos anos. Vejamos o que a Bíblia diz sobre uma cosmovisão ancorada em genuína fé em Deus:



. Deus tem um plano. Os que crêem em Deus e O seguem fielmente, confiam que Ele tem um plano claro e específico para cada aspecto de sua vida. “Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (Jeremias 29.11).



. Deus está no controle. Mesmo em tempos desesperadores, aparentemente sem esperanças, Deus ainda está trabalhando ativamente para cumprir Seu propósito em favor dos melhores interesses do Seu povo. “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito” (Romanos 8.28).



. Deus sabe o que é melhor. Podemos traçar estratégias cuidadosas, confiando em que sabemos o que fazer, mas Deus sempre prevalecerá, nos guiando na direção de resultados ainda melhores do que aqueles que imaginamos ou esperamos. “Em seu coração o homem planeja, mas o Senhor determina os seus passos” (Provérbios 16.9).


Questões Para Reflexão ou Discussão



. Qual a sua visão pessoal de mundo?

. De que maneira você acha que seus pensamentos, atitudes e ações são moldados por essa visão?

. Que acha da afirmação do escritor C. S. Lewis, de que sua confiança na essência do cristianismo influenciou sua forma de olhar e perceber a vida e o mundo à sua volta?

. Você acha que ter uma fé genuína em Deus faz diferença na forma como encaramos o trabalho, vida familiar ou nosso envolvimento como cidadãos?

Se desejar analisar outras passagens bíblicas sobre o assunto, consulte: Jó 42.2; Salmo 11.4-7; Provérbios 3.5-6; 16.4; Isaías 25.1-5.

Fonte: Maná da Segunda


Clássico de 1951 com GREGORY PECK.
Procure e assista!





12 de setembro de 2008

Perpétua Aliança

Religião é Papo Furado..?!



Vídeo ateu.

Quando os crentes davam certo! (Continuação)

Os crentes eram discriminados e perseguidos. Os crentes eram convertidos e conheciam o Plano de Salvação e... os crentes conheciam a Bíblia. Aliás, depois dos epítetos de "novas-seitas" e "bodes" eles eram conhecidos como "os Bíblias". "Fulano é um Bíblia...". Isso porque assim que alguém se convertia, a primeira coisa que fazia era comprar uma Bíblia.

O Brasil era um país de uma imensa maioria de analfabetos, e raríssimos católico romanos possuíam uma Bíblia (que eram caras). As edições protestantes, que começaram a chegar regularmente ao Brasil há exatos duzentos anos, com a vinda da Família Real, era a da tradução de João Ferreira de Almeida, e de capa preta. Como ninguém tinha automóvel, lá iam heróicos e orgulhosos, os homens de paletó e as mulheres bem vestidas, com sua reluzente Bíblia de capa preta debaixo do braço, sob os olhares e os murmúrios de censura dos que os viam passar.

Gente que não sabia ler levava a Bíblia, assim mesmo, como símbolo, e procuravam aprender a ler, para poder ler a Bíblia. Os novos convertidos eram submetidos, imediatamente, a um curso intensivo sobre as Sagradas Escrituras, aprendendo a distinguir Antigo de Novo Testamento, capítulo de versículo, e livro histórico de livro poético, além de memorizar versículos considerados importantes para o evangelismo e para a santidade. Nos cultos de estudos bíblicos, havia uma espécie de "gincana", para ver quem achava determinado versículo primeiro.

As edições protestantes da Bíblia eram queimadas em praça pública por beatos enfurecidos, estimulados por sacerdotes radicais. Tais Bíblias eram consideradas "falsas", e muita gente se converteu por comprá-las por mera curiosidade. Houve casos de que os chamados "colportores" (vendedores itinerantes de Bíblias) que se adentravam no interior do país montados em mulas, deixavam uma Bíblia em um povoado, vila ou cidade, e, regressando um ou dois anos depois, encontravam uma Igreja funcionando, sem qualquer vínculo com organizações, fruto da mera leitura do texto sagrado.

Quando se cantava "Minha Bíblia, meu prazer, meu tesouro quero ter" ou "Enquanto ó Salvador teu Livro eu ler, meus olhos vem abrir, pois quero ver", os crentes davam certo...

O que acontecia, então, quando uma pessoa se convertia? Pegava-se "no laço" e a fazia membro da Igreja no dia seguinte? Longe disso. Existiam as classes especiais de estudo, denominadas de "Classes de Novos Convertidos", ou "Classes de Catecúmenos", com uma duração mínima de seis meses, de presença obrigatória para os novos crentes. Ali eles estudavam o Plano de Salvação, as Sagradas Escrituras, as Doutrinas Básicas da Fé Cristã, Ética e Características da Denominação (inclusive o compromisso de contribuir com o dízimo), enquanto eram observadas em seu novo comportamento.

Somente depois desse período eram examinados por conselhos, comissões ou assembléias (conforme a prática denominacional) e eram batizadas e/ou faziam a Pública Profissão de Fé/Confirmação, um rito de suma importância para a nova criatura, que se tornava membro pleno da nova comunidade de fé.

Nada de pressa, nada de superficialidade, nada de preocupação com números. O resultado era a estabilidade, as pessoas ficavam na Igreja, não havia "rotatividade".

Depois de professo, o novo crente se tornava aluno regular de uma das classes da Escola Bíblica Dominical, onde estudaria as Escrituras pelo resto de sua vida. As "uniões de treinamento" (homens, mulheres, jovens) também tinham a sua literatura, e faziam a sua parte na educação continuada dos crentes. Estes eram estimulados à leitura devocional diária da Bíblia, e a lerem livros evangélicos, além de assinarem os jornais oficiais das suas denominações ("O Cristão", dos congregacionais; "O Jornal Batista", "O Brasil Presbiteriano", "O Estandarte", Episcopal etc.), para se manter informado sobre o que acontecia em seus arraiais.

No campo da apologética, havia palestras e textos que ensinavam como diferenciar o Protestantismo do Catolicismo Romano, ou as diferenças entre os diversos ramos do Protestantismo. Isso não requeria alta escolaridade (algo muito raro na época), mas era usual para o crente mais simples.

Com um lastro de conhecimento desses, os crentes davam certo...

Naquele tempo o cenário religioso brasileiro era mais claro e menos "plural": havia as diversas expressões do catolicismo romano (mais de 90% da população), o espiritismo kardecista e os cultos afro-brasileiros (chamados, em conjunto de "macumba"), além de um ou outro "livre-pensador" ou seguidor do Positivismo de Augusto Conte. Os protestantes de migração (luteranos alemães na zona rural, anglicanos britânicos nos centros urbanos) já estavam aqui desde a Regência, mas "não ofendiam ninguém", pois não evangelizavam os brasileiros. Aí, na segunda metade do século XIX chegaram as Igrejas históricas de missão (congregacionais, presbiterianos, batistas, metodistas e anglicanos/episcopais), que foram os únicos entre 1855-1909.

Diante de adversários em comum, e a partir de uma base de crenças em comum (todos eram evangélicos) se criou a consciência de se pertencer a um mesmo "povo": todos eram evangélicos ou "crentes", antes de serem batistas ou presbiterianos. Rivalidade sempre houve, mas em um nível menor. Todos se sentiam um. Depois do Congresso do Panamá, de 1916, se promoveu a produção conjunta de material para a Escola Bíblica Dominical, e, entre 1934-1964, a Confederação Evangélica Brasileira (CEB) aglutinava os protestantes, promovia eventos, imprimia textos, e, tanto o "Dia da Bíblia" (segundo domingo de dezembro) como o "Dia da Reforma" (31 de outubro) eram nossos "feriados protestantes", comemorados por todos.

Havia um respeito e uma ética nos relacionamentos, e não uma competição selvagem. Instituições unificadas como "cemitérios protestantes" ou "hospitais evangélicos" eram demonstrações do esforço de todos.

O importante é que todos consideravam o outro como um "salvo", um "evangélico", um "crente", um dos nossos. Havia um "orgulho santo", meio judaico, de pertencermos todos ao Israel de Deus, ao Povo da Nova Aliança, além do fato de que todos eram igualmente discriminados e chamados de "bodes". Quando os "bodes" eram unidos, os crentes davam certo...

Os crentes, desde o início, formavam um povo que cantava. Dona Sarah Kalley, esposa do primeiro missionário congregacional, o pastor e médico escocês Robert R. Kalley, além de criar a primeira Escola Bíblica Dominical, em Petrópolis, foi a grande responsável pela primeira compilação de cânticos evangélicos, denominada de "Salmos e Hinos", usado por gerações e matriz de quase todos os cancioneiros protestantes do País.

Muitos hinos, com uma densidade de mensagem em sua letra, foram traduções da época da reforma, do pietismo, dos avivamentos, do movimento missionário, e, muitos foram compostos por autores brasileiros (Hinário Evangélico, Cantor Cristão, Harpa Cristã, e tantos outros). Havia hino para cada tema (fé, amor, arrependimento, conversão, santidade) e para cada ocasião (natal, páscoa, dia da reforma, funerais), o que reforçava a mensagem, adequados aos sermões. Canto de alegria, canto de quebrantamento, canto de apelo evangelístico, de forma congregacional, de corais ou de solos.

Muita gente foi tocada e se converteu pela via da música.

Ainda estão vivos dois dos grandes pioneiros das gravações de hinos, os cantores Feliciano Amaral e Luiz de Carvalho. No rádio, os dois primeiros programas foram "A Voz da Cruz", da Igreja Luterana (IELB) com o Reverendo Rodolfo Hasse, tendo como fundo o hino "Castelo Forte", e "A Voz da Profecia" da Igreja Adventista, com o Pastor Roberto Rabelo e o Quarteto Harmonia, com o hino "Servos de Deus a Trombeta Tocai: Jesus em Breve Virá".

O piano, o órgão e o violino foram os primeiros instrumentos.

Cada crente tinha seu(s) hino(s) favorito(s). As pessoas ficavam impressionadas com hinos cantados em funerais.

Como um povo que cantava sempre, com muita convicção, com harmonia melódica, e com letras com conteúdo (que você entendia quando cantada), os crentes tinham que dar certo.

Olhando as fotografias das primeiras Igrejas protestantes de missão no Brasil, se percebe uma maioria de homens. Era uma sociedade ainda patriarcal, de homens mais letrados e com mais tempo livre. Em situações de mudanças religiosas, há uma tendência de maior resistência por parte das mulheres. Por outro lado, os desdobramentos da ética protestante da santidade no mundo, pela ascese, o trabalho e a poupança teve um impacto dos mais significativos em um país escravocrata e aristocrata.

O alcoolismo, o tabagismo, a jogatina, as farras, os prostíbulos, a vida boêmia, onde se gastava o dinheiro e a saúde (da cirrose às, então, denominadas "doenças venéreas"), e se abalavam as relações familiares, eram deixadas para trás como algo "mundano", "da carne", "de satanás".

A nova religião ensinava o valor do estudo, do trabalho (inclusive o manual), os gastos responsáveis, a atenção à esposa e aos filhos, para que todos aderissem à mesma fé e fossem juntos para a Igreja ("eu e minha casa serviremos ao Senhor"), os cultos domésticos (inclusive evangelísticos).

O resultado, em nosso País, com as Igrejas históricas de missão, bem comprovou a tese de Max Weber. Houve uma mobilidade social, com cada geração sucessiva apresentando melhores níveis de escolaridade e classe social mais alta (inclusive com a ajuda das bolsas de estudo dos colégios protestantes). Reduzia-se a violência doméstica, com famílias mais ajustadas, maior dignidade da mulher, mantendo-se a liderança do homem.

Dentro das organizações internas das Igrejas as pessoas perdiam a timidez, e desenvolviam o associativismo e o espírito de liderança.

Essa ética favoreceu o surgimento da nova classe média e de uma classe trabalhadora qualificada, em um Brasil que se urbanizava.

A presença do protestantismo, pois, foi positivo para a família, para a saúde pública e para a economia. Era visível a diferença trazida por um Evangelho pessoal. Com mudanças existenciais como essa, os crentes davam certo...

Robinson Cavalcanti, bispo anglicano

http://www.pavablog.blogspot.com/

EXPO CRISTÃ: Últimos Dias





Em sua sétima edição, programação passa a integrar calendário oficial da cidade de São Paulo.

A Expo Cristã já se consolidou entre livreiros, lojistas, distribuidores, artistas, instituições sociais, líderes, pastores e um público recorde a cada ano. Além disso, tornou-se o maior encontro de cultura e entretenimento, trazendo o que há de melhor em música, teatro, literatura, capacitação e motivação. Com tantos atributos, só faltava mesmo o reconhecimento oficial. Não falta mais: o mais importante evento do setor de produtos e serviços de orientação cristã da América Latina chega a sua sétima edição, marcada para os dias 9 a 14 de setembro no Expo Center Norte, com status de evento do calendário oficial da cidade de São Paulo e uma programação de alto nível, com destaque para o Congresso Consumidor Cristão, a grande oportunidade de capacitação para o lojista evangélico, e o congresso Voe mais Alto, voltado ao desenvolvimento da liderança.

É do vereador Carlos Bezerra Júnior a autoria da Lei 14.567, que incluiu a Expo Cristã no calendário da cidade. “A Expo Cristã é um marco. É com orgulho que incluímos esse evento no calendário oficial de São Paulo”, comentou o vereador durante a solenidade que comemorou a aprovação da lei, rea-lizada no plenário da Câmara Municipal na presença de líderes, autoridades, pastores, empresários e imprensa. Em seu discurso, Carlos Bezerra Júnior destacou duas características do evento: a capacidade de congregar pessoas das mais diversas denominações e o potencial de difusão da cultura cristã.

O grande diferencial da Expo Cristã é o de reunir, em um só local, os vários setores do segmento cristão, ampliando o leque de produtos e serviços oferecidos ao público que consome ou que almeja ter um negócio próprio. Desde a primeira edição, em 2002, o evento conta com a participação das principais editoras, gravadoras, empresas de instrumentos musicais e sonorização, mobiliário, comunicação, produtos alternativos, organizações de cunho social e outras instituições do meio cristão, além de receber o apoio de igrejas e lideranças de todo o Brasil.

Dia 12: das 12h às 22h
Dia 13: das 10 às 22h
Dia 14: das 10 às 19h

Expo Center Norte - S.Paulo SP
R$7 Entrada / R$16 Estacionamento

www.expocrista.com.br/

Tesouros da Terra Santa



Exposição “Tesouros da Terra Santa” traz objetos do início da Era Cristã a SP

SÃO PAULO – O visitante que entrar no MASP (Museu de Arte de São Paulo) terá a sensação de ser transportado para a Jerusalém do ano 1000 a.C. A exposição “Tesouros da Terra Santa – do Rei David ao Cristianismo”, em cartaz no espaço subsolo do Museu até 2 de novembro, traz cerca de 150 achados arqueológicos que remontam passagens históricas importantes para cultura judaica e cristã, como a construção do Primeiro e Segundo templos judeus e a passagem de Jesus Cristo pela Palestina.

Com o custo estimado em R$ 2,5 milhões, a exposição traz objetos do acervo arqueológico do Museu de Israel, também responsável pela curadoria da mostra. São fotos, artefatos, vídeos e peças valiosas para a humanidade, como a “pedra da vitória”, que menciona a “Casa de David”, em referência à dinastia fundada pelo Rei judeu.

Três urnas funerárias com as inscrições “Jesus, filho de José”, “Maria” e “José” chamam a atenção na exposição. Não é possível confirmar se estes objetos realmente pertenceram à família mais importante para os cristãos, mas os indícios são grandes. A mostra traz também uma inscrição com o nome de Pôncio Pilatos, única prova da existência do prefeito da Judéia, cuja abstenção levou Jesus à crucificação. “A descoberta destes objetos confirma a História que nós conhecemos”, diz James Snyder, diretor do Museu de Israel.

Diversos utensílios e réplicas da arquitetura da época ambientam a Jerusalém de três mil anos atrás e também a do início da era Cristã. A exposição apresenta uma recriação da Santa Ceia feita somente com os objetos e utensílios domésticos possivelmente usados por Jesus e seus apóstolos.

“Esta exposição traz objetos da cultura judaica e cristã, e mostra como as duas estão muito próximas, totalmente relacionadas”, afirma Yael Yisraeli, curadora do Museu de Israel e da exposição que veio ao Brasil.

A princípio, a exposição passará somente por São Paulo. O Museu de Israel espera negociar patrocínio até o fim de agosto para promover a mostra em outras cidades do Brasil. Caso contrário, as peças voltarão para Jerusalém em novembro.

Tesouros da Terra Santa – Do Rei David ao Cristianismo

Horário: Terça-feira a domingo e feriados, das 11h às 18h; quinta até 20h.
A bilheteria fecha uma hora antes.
Ingresso: R$ 15 (inteira) e R$ 7 (estudante). Gratuito às terças-feiras e diariamente para menores de 10 anos e maiores de 60 anos. Classificação: Livre.
Quando: De 13 de agosto a 2 de novembro de 2008
Endereço: MASP - Av. Paulista, 1.578, Cerqueira César, São Paulo, SP

Fonte: Último Segundo

Colômbia: ROQUEIROS DE DEUS

Colômbia: roqueiros de Deus
Colômbia: roqueiros de Deus

10 de setembro de 2008

Bíblia Apologética de Estudo



A Bíblia Apologética Nova Edição Ampliada do ICP usa como base a tradução de João Ferreira de Almeida, edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original, publicado pela SBTB Sociedade Bíblica Trinitariana Brasileira, a mais usada no Brasil, por mais de 60% dos evangélicos. Papel e recouro importados de primeira linha, a exemplo das melhores Bíblias de estudos do Brasil, a diferença de ser a única sobre o tema!!!

Trazemos nessa 2ª edição o dobro notas de rodapé de páginas, com estudo sobre religiões, seitas e heresias, respondendo as objeções de cada uma delas, e assim facilitando o seu diálogo com os adeptos de seitas e religiões não cristas.
O Apêndice da 2ª edição contém quase o triplo do conteúdo da primeira edição, com a atualização dos dados já publicados, novos mapas, tabelas e gráficos sobre assuntos teológicos, etc, além de Concordância Bíblica!

Notas

• Ícones simbolizando cada grupo religioso.
• O dobro das notas da primeira edição, com temas inéditos e atualizados. Totalizando 1.580 notas apologéticas e teológicas com foco em três abordagens:
• Refutação de seitas, heresias e religiões não cristas. Em todos os versículos que são utilizados distorcidamente por um grupo, reproduzimos uma síntese do que eles dizem e apresentamos uma refutação prática e objetiva.
• Respostas as aparentes contradições bíblicas. Aqueles textos bíblicos que (aparentemente) estão em choque com outras passagens, e por essa razão os céticos desacreditam a Bíblia, apresentamos uma explicação lógica, de fundo histórico e teológico.
• Comentários apologéticos. Nos versículos que servem de base para afirmação das doutrinas cristãs, fazemos um comentário enfatizando-as.

Introduções dos Livros

• Texto explicativo sobre o aspecto apologético de cada livro da Bíblia.
Apêndice
• Concordância Bíblica.
• Novo apêndice atualizado e ampliado. Totalizando quase 200% do conteúdo apresentado na 1ª edição. Veja relação abaixo:
• Prefácio – Apresentação usual do projeto aos leitores.
• Como usar – Orientações aos irmãos de como explorar o máximo os recursos disponibilizados, bem como o significado de siglas, ícones etc.
• Apócrifos – Comentário colocado entre o AT e NT, explicando sobre esses livros que estão ausentes na Bíblia protestante.
• Índice remissivo – Recurso sistemático organizado por temas, possibilitando o leitor encontrar todas as notas referentes ao assunto do seu interesse;
• Glossário – Significado dos termos e expressões apologéticas e religiosas utilizadas nas notas e apêndice;
• Vocabulário grego – Dado à relevância da Septuaginta, julgamos ser importante compartilhar algumas noções sobre ela e um pequeno vocabulário bíblico da língua para qual a versão original hebraica fora traduzida;
• Como identificar uma seita – Regras básicas e práticas de como um cristão pode identificar um grupo sectário ou com desvios doutrinários referente à ortodoxia cristã;
• Hermenêutica – Comentário sobre as regras de interpretação de textos;
• Histórico das religiões – Esboço da história de todas as religiões mundiais e das seitas. Inclui ainda um apêndice histórico sobre praticamente todas as seitas brasileiras;
• A salvação em várias religiões – Esboço do entendimento que cada religião e as principais seitas possuem da salvação humana;
• Credos – Reprodução de todas confissões cristãs primitivas, incluindo o pouco conhecido “Credo primitivo”;
• Diferença entre seitas e a Igreja – Gráfico sobre as diferenças entre a igreja cristã bíblica e os grupos sectários sobre aspectos sociológicos, teológicos, etc.
• Confronto doutrinário - Gráfico apontando o que algumas seitas pensam sobre pontos crucias bíblicos;
• 95 teses de Lutero – Reprodução na íntegra das famosas teses do reformador Lutero;
• Supremacia do Novo Testamento – Comentário sobre a inerrância e confiabilidade histórica e documental do NT frente a outras obras seculares históricas;
• Cronologia das principais confissões de fé protestantes – Planilha com as datas, nomes e um pequeno comentário das históricas confissões doutrinárias cristãs;
• Quadro resumido dos concílios trinitários e cristológicos – Planilha simplificada apontando: Local, Data, Assunto em discussão e o Resultado do fórum doutrinário;
• Bibliografia – Lista ampliada de todas as obras heterodoxas utilizadas nos comentários e ainda das principais obras ortodoxas cristãs utilizadas nos estudos;
• Mapas – Mapas das religiões e gráficos atualizadas incluindo alguns inéditos sobre a realidade brasileira.

Nova Edição Ampliada, 1.700 páginas.

9 de setembro de 2008

Aniversário da Ig. Ev. Luterana da Renovação de Vila Velha - ES



Ao final, uma palavra com o Pastor Norberto.

Clique aqui para assistir vídeos com o Pastor Airton Evangelista da Costa.

Clique aqui para assistir vídeos com o Pastor Wagner Antonio de Araújo.

8 de setembro de 2008

"Deus é um personagem como o Buzz Lightyear"

O filósofo argentino Alejandro Rozitchner defende uma educação ateísta a seus três filhos e diz já saber o que falar quando um deles lhe perguntar sobre Deus. "Vou dizer que é um personagem como o Buzz Lightyear ou o Woody do Toy Story." Ele e a mulher, a psicoterapeuta Ximena Ianantuoni, escreveram o livro Filhos sem Deus, recém-lançado no Brasil.

Por Juliano Machado - Revista Época



O casal, com os filhos Andrés, Félix e Bruno (esq. para a dir.). O pai, Alejandro, se refere a eles como "os três ateuzinhos". Andrés é uma criança de apenas cinco anos, mas seu pai, o argentino Alejandro Rozitchner, de 47, já sabe o que dizer ao filho quando ele lhe perguntar pela primeira vez sobre a existência de Deus. “Vou explicar que Deus é só uma idéia criada pelos homens como uma necessidade de explicar o mundo. E que, por isso, não deixa de ser um personagem, tal como o Buzz Lightyear ou o Woody do Toy Story (desenho animado dos estúdios Disney-Pixar).”

Rozitchner e sua mulher, Ximena Ianantuoni, de 37, não querem traumatizar o filho mais velho (eles têm outros dois: Bruno, de 2 anos, e Félix, de 5 meses). Até porque ele é filósofo e ela, psicoterapeuta especializada em crianças. Os dois são ateus e defendem a liberdade de criar seus filhos sem a influência de qualquer religião, apesar de ele vir de uma família judia e ela, de uma católica. Por isso, desde o começo o casal quer mostrar a eles uma visão atéia do mundo. "As pessoas sempre educam os filhos de acordo com suas crenças. Nós vamos educá-los por nossas convicções. E achamos que a fé não é algo saudável para eles", afirma Rozitchner, que se refere aos filhos como "os três ateuzinhos".

O casal, que vive em Buenos Aires, não teve medo de expor suas idéias e publicou no ano passado o livro Filhos sem Deus – Ensinando à Criança um Estilo Ateu de Viver. A obra chega agora às livrarias brasileiras em uma edição da Martins Fontes – o lançamento foi na Bienal do Livro, encerrada no dia 24. Além disso, os dois mantêm blogs na internet, onde divulgam suas idéias – 100Volando, de Alejandro, e Vamosviendo, de Ximena.

Em entrevista a ÉPOCA, os dois dizem por que são favoráveis a uma educação ateísta, mesmo respeitando os que optam pelo ensino religioso, e supõem que haja mais ateus na sociedade do que se imagina.

ÉPOCA – Vocês já pensaram o que vão dizer a seus filhos quando eles perguntarem pela primeira vez sobre Deus?
Rozitchner - Vou explicar que Deus é só uma idéia criada pelos homens como uma necessidade de explicar o mundo. E que, por isso, não deixa de ser um personagem, tal como o Buzz Lightyear ou o Woody do Toy Story. Por mais que eu respeite quem dá aos filhos uma educação religiosa, nada me faz demover da idéia de que a fé é algo daninho, pouco saudável. Enfim, vou falar a minha verdade. Que Deus é uma idéia um tanto primitiva, uma figura cuja existência faz com que as pessoas nunca sejam totalmente donas de si e responsáveis por seus atos.

ÉPOCA – Essa posição não impede que seus filhos tenham liberdade para se interessar por alguma religião?
Rozitchner – É claro que vamos conduzir nossos filhos para uma forma ateísta de ver a vida, mas as pessoas sempre educam os filhos de acordo com suas crenças. Nós vamos fazer o mesmo: educá-los por nossas convicções. Não me parece que na escola isso vai ser algo problemático para eles. O tema tem de ser conduzido com naturalidade. Só assim eles podem se acostumar com os pais que têm.

ÉPOCA – Em que tipo de escola estuda seu filho mais velho? Foi escolhida a dedo?
Ximena – Sim. É um jardim de infância privado e laico, que aceita alunos cujos pais seguem qualquer credo – e os que não seguem nenhum. Nessa escola a religião simplesmente não é um tema discutido dentro da sala de aula. Mas essas instituições ainda são poucas em Buenos Aires, e caras. É um fenômeno recente. Muitos colégios, principalmente os públicos, oferecem o catecismo como um currículo extra. Vivemos numa sociedade muito necessitada de algo que ordene a educação, e a religião cumpre esse papel.

Rozitchner - Eu não matricularia meus filhos em uma escola religiosa. Em Buenos Aires a educação pública vê a religião como um componente importante.

ÉPOCA – Para quem é destinado o livro?
Rozitchner – Muitas pessoas me agradeceram porque enxergaram no livro uma chance de encontrar argumentos para esclarecer sua posição e dar uma formação a suas crianças sem o vínculo da religião. Eles identificaram algo que já tinham em mente, mas não conseguiam expressar. Acredito que exista muita gente que é atéia e não tem consciência disso. Diz que acredita em Deus por costume, mas, se você confronta essas pessoas sobre a questão, elas acabam admitindo que Deus não é algo que lhes importe no dia-a-dia.

ÉPOCA - Houve críticas ao livro por parte de grupos religiosos na Argentina? O que vocês esperam da reação aqui no Brasil?
Rozitchner - O livro não causou nenhum escândalo na Argentina, mesmo para a Igreja. Ninguém se indignou. Acredito que isso é decorrência de uma sociedade mais ampla. Há extremistas, mas eles não são a maioria. O mais comum é uma fé tolerante. Não conheço a fundo o Brasil, mas imagino que a reação não vá ser muito diferente. No livro, não pretendemos converter ninguém ao ateísmo. Respeitamos muito quem tem uma religião. Só queremos ter o direito a dar uma educação ateísta.

ÉPOCA – No Brasil, uma lei estabelece a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas públicas. Qual a sua opinião sobre esse tipo de norma?
Ximena – Acredito que seja algo negativo, porque não dá a possibilidade às crianças de perguntarem coisas como a origem do Universo e o que ocorre depois da morte. São questões para as quais, num ensino guiado pela religião, as respostas são inflexíveis. Isso intimida o aluno.

ÉPOCA – A senhora se “converteu” ao ateísmo. Como foi isso?
Ximena – Quando eu tinha 16 anos, por aí, comecei a ganhar responsabilidades na vida, passar por algumas experiências que me fizeram duvidar de Deus. E fui me dando conta de que não havia uma figura divina. O sentido da vida mudou totalmente para mim. Percebi que a chave do cotidiano era viver o presente sem fugir de suas obrigações, sem delegar a um ser superior. Conheci o Alejandro só com 25 anos e logo me identifiquei com a sua perspectiva de vida. Ele não me "converteu", mas nosso relacionamento deixou mais claro para mim o que era uma visão ateísta do mundo.

Fonte: Revista Época
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