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30 de julho de 2011

ÁGUAS VIVAS Volume 2 - Antologia de Poesia Evangélica para download gratuito


Há exatos dois anos, em Julho de 2009, veio a lume a Antologia Poética Águas Vivas, destacando a obra de 10 poetas evangélicos contemporâneos. Dez expoentes dos mais diversos estilos poéticos, unidos num livro editado em formato eletrônico, trazendo uma riquíssima e edificante amostra de poesia, numa obra franqueada a todos os interessados, pois de circulação e cópia gratuitas.

Já naquele momento, muitos talentosos poetas não puderam ser incluídos na obra, cujo projeto editorial inicial era dedicar-se a 10 poetas somente.

Pois eis que agora, em Julho de 2011, a semente que ficou germinou, e é com grande alegria que apresentamos aos leitores este segundo volume de Águas Vivas, imbuído do mesmo espírito da edição anterior, que é destacar e divulgar a excelente poesia cristã produzida atualmente por nossos irmãos, no Brasil e em Portugal.

Desta feita estão antologiados sete autores, sendo quatro deles, os brasileiros:Antonio CosttaFabiano MedeirosFlávio Américo e Norma Penido; e três lusitanos:Florbela RibeiroJorge Pinheiro e Rui Miguel Duarte, cada qual comparecendo com 10 poemas. O e-book possui 116 páginas, em formato PDF, e o download é gratuito.

Decerto e mais uma vez, outros poetas de excelência ficaram de fora, pois na presente edição optamos por trabalhar com um número menor de autores. Mas nossa expectativa é dar prosseguimento ao projeto Águas Vivas, vindo daqui a algum tempo a contemplar a obra de outros de nossos bardos, que têm exercitado com multiforme graça o dom divino que o Senhor lhes outorgou.

Querido leitor: tenha uma muito boa leitura, e não deixe de compartilhar este livro e estes poemas com seus amigos e irmãos. Sinta-se livre também para republicar este post em seu blog ou site, sem necessidade de prévia autorização. 

Para baixar o livro, CLIQUE AQUI.

Para ler o livro online, CLIQUE AQUI.

Sammis Reachers, organizador

19 de julho de 2011

AS QUEDAS


AS QUEDAS

No Paraíso, Adão foi de Queda em Queda após a desobediência. Aplicaríamos aqui um verso clássico do poeta alemão Rainer Maria Rilke para caracterizar a espiral de solidão, de medo, de angústia, de deceção consigo próprio oriundas do interior de Adão: “ O belo apenas é o começo do terrível”.
A falha do homem (de Adão), na Aliança ou Dispensação da Inocência, lançou-o em várias Quedas. A sua experiência espiritual, existencial e moral com Deus/o Criador entrou pela porta errada da rebeldia e da desobediência e tais quedas revelaram-se na chamada Aliança Adâmica, de inocente passou a responsável e os custos dessa mudança foram tremendos para a Humanidade.
A Queda
No século XIX, o filósofo cristão Kierkegaard, pioneiro na definição da angústia do Ser humano como um efeito, apresentou a causa da mesma: a Queda no Jardim do Éden. Desde tal definição até hoje, tem-se manifestado grande dificuldade em traduzir a palavra “angst”, que serviu de base para o pensamento kierkegaardiano, no que concerne, designadamente, ao existencialismo cristão. O conceito traduzido, que tem vindo a ser usado, é “ansiedade”.
Não é novo este termo, nos seus efeitos visíveis. Adão terá sentido profunda e indefinível ansiedade no Paraíso, quando necessitou de se esconder de Deus e, nesse tempo de espera, revolver os seus arcanos angustiadamente e modificar o seu olhar sobre o próprio corpo.
O livro do Génesis narra o primeiro acontecimento físico da Queda, a expulsão do Jardim: “E, expulso o homem”(Gn 3,24)
O que tal expulsão significou, não esteve apenas no campo de uma deslocalização de um sítio para outro, de dentro para fora do lugar edénico; a expulsão do jardim foi a circunstância /o aspecto visível de um desligamento da Comunhão íntima com o Criador, operado no momento dito da Queda, quando Adão (o Homem) sucumbiu à tentação e se tornou desobediente a Deus. Antes da expulsão física, houve a espiritual e depois a existencial, se quisermos, e ainda a social, para aplicarmos termos que hoje nos são comuns.
Muito e incontável tempo depois, em pleno início da Igreja, Paulo de Tarso escreve que “todos pecaram e estavam destituídos da glória de Deus”(Rm 3,23)
Outra queda
Em vão procuramos nas Concordâncias clássicas e antigas, como a Cruden's ou a Concordances Verbales de Louis Segond, a palavra Queda para exprimir a passagem de Adão da inocência ao pecado. Não parece que disponhamos desse vocábulo para sublinhar a narrativa do Génesis.
O NT, apenas como um exemplo, quando refere “queda”, entre outras acepções usa este termo em relação a Israel (Rm 11:11). E por aí, expressões com os sentidos verbal e substantivo.
O termo “Queda” do homem é de uso da teologia e muito tardio já. Pertence, contudo, à história da salvação, não pode haver soteriologia séria que o não inclua. Pertence à pregação (ao querigma) mais do que à arqueologia dos termos bíblicos relativos ao Pecado original.
Assim surge desde as origens da linguagem grega ou hebraica como apostasia, rebeldia(rebelar-se), desviar, abandono, separação, etc. e, finalmente, perdição e ruína, no sentido moral e religioso.
Vários teólogos protestantes pós Kierkegaard usaram o termo para exprimir suas ideias, uns que se tratava de um mito narrativo para falar da condição do homem face a Deus, outros um paradigma para falar do “homem fora da vida divina”; Barth chama-lhe mesmo a “queda do homem”. A “queda” é a condição humana, numa palavra, o Pecado.
Seguindo a narrativa de Génesis 3, apercebemo-nos que da chamada queda original resultaram várias outras quedas.
A queda existencial ou psicológica.
Ao contrário do que Kierkegaard entendia, Adão (o homem) não “estava fora” da raça humana antes de desobedecer, de transgredir o limite imposto por Deus. Possuía livre arbítrio e relação espiritual com o Criador bastantes para escolher, não ainda entre o Bem e o Mal, (Gn 2, 16-17), mas entre ser ou não fiel ao Seu Amigo, com o qual se encontraria todas as tardes ( Gn 3,8), que lhe levou os animais e as aves para “ver como (Adão/o homem) lhes chamaria” (Gn 2,19).
Com efeito, Adão era -como sabemos pelas Escrituras Sagradas- o primeiro Homem da raça humana. Adão era um indivíduo concreto. A sua relação com toda a Criação era essencial, advinha da sua essência de homem criado à imagem de Deus, a sua existência não era simbólica. Essa existência de harmoniosa relação com o Criador foi destruída, Adão passou a viver entregue a si próprio, agora sabia o Bem e o Mal. A sua liberdade estruturar-se-ia a partir daí entre estas duas categorias.
Na sua busca incessante de um existencialismo cristão, Kierkegaard definiu a universalidade da Queda, agora com absoluta razão ao escrever: “a queda de Adão desenha a queda de todo o homem”
Queda social
Com a Queda, a realidade social de Adão alterou-se radicalmente. Usando linguagem contemporânea, diríamos que a função social de Adão foi guardar e cultivar o Éden. Função adequada à coroa da Criação divina, trabalho dignificador, promoção social que Deus conferiu para o homem participar na manutenção da criação. O que se poderia chamar teologia do trabalho, a partir do livro do Génesis, radica nessa acção primordial de que Adão foi incumbido.
A instituição do trabalho, não como contribuição redentora, nem como castigo, mas como facto participativo da Criação, não deixou de sofrer o estigma do Pecado, da desarmonia que este introduziu na humanidade. Uma teologia do trabalho não parte de outro ponto. Deste ponto de vista, apreciando na narrativa genesíaca a voz divina, entendemos que da alegria, do gozo do trabalho, Adão caiu para a obrigatoriedade do mesmo. Foi o que Deus lhe quis dizer, nestas palavras divinas: “ maldita é a terra por tua casa: em fadiga obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos (…) No suor do rosto comerás o tu pão” (Gn3, 17-19).
Foi uma queda social que acompanhou toda a desarmonia da própria natureza. A acompanhar esta queda, esta nova situação do primeiro homem, esteve outra que lhe marcou doravante o seu novo lugar: fora do Jardim. A expulsão do Edén foi, indubitavelmente, uma tremenda queda social; Adão do Paraíso foi relegado para o Mundo.
“E expulso o homem colocou querubins ao oriente do jardim do Éden”.(Gn. 3, 24)
Ainda assim, a misericórdia divina colocou Adão no caminho de viver, se bem com a morte dentro de si. A vida e
a morte, o bem e o mal, o espírito e a carne, como estruturantes da nossa humanidade.

João Tomaz Parreira

8 de julho de 2011

Eles odeiam missões!


Cristo me Salvou em em 10 de agosto1986. Lembro que no mesmo instante em que sua graça me envolveu libertando-me das garras do diabo, senti-me chamado para o ministério pastoral. Juntamente comigo dezenas de pessoas em minha cidade foram também desafiadas pelo Senhor para servi-lo como líderes, pastores ou missionários. Naqueles dias era comum observar nos cultos, jovens e adolescentes chorando diante de Cristo derramando suaalma consagrando ao Autor e Consumador da fé suas vidas, sonhos e projetos.

Hoje,  25 anos depois, a realidade é bem diferente. Isto porque, boa parte do povo de Deus quer viver a vida desfrutando das alegrias deste tempo deixando para segundo plano o serviço cristão.

Ultimamente tenho visto inúmeros pessoas dizendo:

- Tenho que curtir a vida! Trabalho muito, jamais poderei ser pastor. Eu também sou filho de Deus, preciso descansar um pouco mais, mesmo porque a vida é dura, árdua e difícil. Missões? Não é meu chamado, nem tampouco minha vocação! Meu tempo é curto, infelizmente não vou poder ajudá-lo!

Para piorar a situação boa parte destes irmãos fazem vista grossa ao desafio missionário. Lamentavente esse povo não está preocupado com o Burundi, nem tampouco com o fato de que 20% da população daquele país está fadada a morrer de AIDS. Muito menos com o Peru onde somente 2% da população ouviu falar de Cristo. O que dizer então do Haiti, do Sudão, e de tantos outros países mulçumanos que desconhecem o amor do nosso Deus?

Há!!! Isso não interessa não é verdade?  Até porque, o que interessa mesmo é desfrutar das bençãos de GEZUIS. Nesta perspectiva, o povo busca a Deus no intuito de ser abençoado para experimentar da prosperidade do Reino e nada mais!

Caro leitor, sabe o que me choca? É a indiferença dos cristãos. Infelizmente, o povo não tá nem aí para aqueles que se perdem. Basta olharmos para as ofertas levantadas em nossas igrejas que chegaremos a esta triste conclusão. Enquanto gastamos fortunas investindo na construção de templos nababescos, negligenciamos descaradamente o trabalho missionário. 

Pois é, confesso também que fico impressionado com aqueles que só pensam em si mesmos, isto porque, são incapazes de se envolver diretamente com a causa missionária preocupando-se somente com o lugar que passarão as férias de janeiro.

Isto posto, pergunto:

De que maneira você tem encarado o trabalho de missionário? Qual foi a última vez (isto é, se você um dia o fez) dedicou suas orações intercedendo por missões? E o seu envolvimento financeiro com esta sublime causa?  Quando foi a última vez que você enviou uma oferta para uma família de missionários que por amor a Cristo abandonou o conforto, a segurança e a liberdade do Brasil? Diante do desafio missionário o que você tem feito?  Será que tem fugido ou simplesmente dependurou-se na janela da vida olhando a banda passar?

Pois é cara pálida, lamentavelmente o descaso da igreja brasileira pelo trabalho missonário me dá a impressão de que alguns dos nossos irmão em Cristo odeiam missões.

Está dito!


4 de julho de 2011

A Epopéia da Bíblia Digital - No princípio, eram três CDs...

Engenheiro e cristão, Nelson Saba trocou o emprego por uma missão: converter o mercado a adotar o que considera a Bíblia digital definitiva

Fotos: divulgação
UMA MISSÃO
Nelson Saba em seu escritório em Orlando, Flórida, e sua Bíblia digital. Ele pretende conquistar novos leitores – e compradores – do texto sagrado


Leo Caldas/ÉPOCA
NOVA GERAÇÃOO estudante Eliel David da Silva e sua Bíblia digital instalada. Ele diz que assiste aos vídeos, vê fotos e lê os textos
O brasileiro Nelson Saba trabalhava em Nova York com amplas perspectivas de carreira no setor de tecnologia da informação, quando vislumbrou o que realmente queria fazer de sua vida. A inspiração se transformou num plano bem claro ao longo dos nove anos seguintes. Seu novo propósito exigiria que ele deixasse o emprego seguro e bem remunerado. Saba fez a transição de forma lenta, o que não significa que sua inspiração fosse menos poderosa ou ambiciosa. Ele tentaria fazer a melhorBíblia digital do mundo. “Era o meu destino. Era o que eu estava aqui para fazer. Quando você tem uma visão assim, isso te consome”, diz o engenheiro, hoje com 52 anos, sócio e executivo-chefe da Immersion Digital, responsável pela Bíblia digital Glow.
Saba, um evangélico, manifesta sua religiosidade com a discrição e a abordagem metódica que convém a um engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que forma profissionais disputadíssimos pelas grandes empresas. Assim que pegou o diploma, começou a trabalhar no banco americano Citibank. Em 1985, foi transferido para Orlando, e de lá para Nova York. Começou a escalar os cargos a sua frente – ao mesmo tempo que pensava nos detalhes do futuro empreendimento. Em 1994, percebeu que chegara o momento de escolher um dos caminhos possíveis. Pelo mais seguro, abraçaria as responsabilidades de vice-presidente de tecnologia do banco. Pelo mais árduo, tentaria converter as massas à leitura da Bíbliadigital.
Nos dois anos seguintes, trabalhou como consultor financeiro autônomo, enquanto organizava sua primeira empresa. Investiu US$ 48 mil na compra de equipamento e software e reuniu amigos programadores em torno da missão de desenvolver uma Bíblia multimídia. Naquela ocasião, não havia produto parecido no mercado, o que atrapalhava o relacionamento com potenciais parceiros e investidores. “Ninguém confiava num produto que não conhecia. No começo, era muito mais provável dar errado do que dar certo”, diz. O resultado foi a iLumina, uma Bíblia digital que vendeu 600 mil exemplares.
O bom resultado empolgou Saba. Enquanto estudava como melhorar a iLumina, ganhou uma espécie de curso doméstico sobre o comportamento das novas gerações: observava a evolução dos hábitos de leitura das filhas mais velhas, hoje com 25 e 17 anos (ele teria mais duas, hoje com 6 e 4). Em 2006, teve o impulso definitivo para tentar um novo lançamento. Numa reunião na casa de um amigo na Califórnia, conheceu um taiwanês chamado Tim Chen, a quem explicou seu projeto. Por e-mail, Tim trouxe para a conversa seu irmão, Phil Chen – também evangélico, formado em física, matemática pura e teologia e sobrinho do fundador do gigante de eletrônicos HTC, que faturou US$ 9,6 bilhões no ano passado (desde 2009, Phil é também diretor da companhia). Saba e Phil se conheceram na Califórnia e criaram uma nova empresa, a Immersion Digital, sem nenhuma conexão com a HTC. Phil liderou o levantamento de US$ 8 milhões com a família e outros investidores para a criação da Glow, ou Glo, como é chamada nos Estados Unidos.
O resultado foi uma Bíblia digital e interativa elogiada até por concorrentes, com jeito de enciclopédia, milhares de verbetes, mais de três horas de vídeos de alta definição, 500 imagens em 360 graus de locais sagrados e cerca de 2.400 fotos (incluindo obras de arte com temas religiosos e imagens de satélite dos locais mencionados), compactada em três CDs. O usuário pode fazer marcações e comentários e pedir ao software planos de leitura de partes específicas da Bíblia ao longo de períodos determinados. Apesar de pesada (18 Gb) e cara (US$ 90), foi aprovada pelo público americano. Desde o lançamento nos Estados Unidos, em setembro de 2009, houve 65 mil instalações do software e há uma média diária de 1.000 downloads (formato ainda não disponível no Brasil). O lançamento no Brasil, em agosto de 2010, teve resultado mais modesto, mas significativo – 8 mil unidades vendidas até o momento. Apenas para comparação, cerca de 35 mil exemplares da enciclopédia digital Barsa são vendidos em média no mesmo período. Mesmo assim, Saba mantém sob controle as expectativas com relação ao Brasil.
Por meio de um amigo, o brasileiro conheceu seu 
sócio – um taiwanês cristão de uma família bilionária
Ainda é cedo para afirmar o que ele e Chen conseguirão no mercado brasileiro, embora haja alguns sinais promissores. Segundo a empresa de pesquisas Ipsos, os evangélicos, um grupo assíduo na compra de Bíblias, mostram vontade de consumir tecnologia e informação. Entre eles, a intenção de compra de eletroeletrônicos e de acesso à TV por assinatura é superior à média dos brasileiros. Também é perceptível uma tendência de crescimento da fatia mais jovem, de pessoas entre 13 e 29 anos, nos grupos que se definem como evangélicos ou católicos.
É o caso do estudante Eliel David da Silva, de 16 anos, que vive no Recife. Toda tarde, depois da escola, ele pega o notebook, deita-se na cama e começa a clicar. Entre trocas de mensagens com amigos e espiadelas na rede social Orkut, o garoto faz passeios virtuais pela Glow e diz ler os textos. “Assim eu vou vendo mapas e fotos e escolho fácil que passagem eu quero ler.” Eliel instalou o software na metade de março. Talvez enjoe logo da novidade. Mas há uma chance de que ele se torne um leitor regular e mostre aos amigos evangélicos da mesma idade aquela Bíbliamovimentada. Saba e Chen não rezam por isso. Só torcem e trabalham muito para que aconteça.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com
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