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29 de abril de 2008

Mensagens bíblicas pelo telefone


A UMBET, que já realizava um trabalho com mensagens por e-mail, agora também tem mensagens por telefone. Ambas são gratuitas e estão disponíveis para você.

Apesar da UMBET não cobrar pelas mensagens, há o custo com a ligação telefônica, o qual ainda não conseguimos contornar inteiramente. Mas aprimoramos nossos equipamentos e agora é possível ouvir as mensagens pela TARIFA LOCAL em 162 cidades do Brasil.

Segue a lista das cidades que possuem a facilidade e o número para ligação.

Ligue, certamente há uma palavra especial para você.


CIDADES COM TARIFA LOCAL
ESTADO
DISCAGEM
DDD

Discagem direta, sem DDD




ABADIA DE GOIAS
GO
4052 6550
62
ALMIRANTE TAMANDARE
PR
4062 6550
41
ALVORADA
RS
4062 6550
51
ANAPOLIS
GO
4051 6550
62
APARECIDA DE GOIANIA
GO
4052 6550
62
APUCARANA
PR
4063 6550
43
ARAGOIANIA
GO
4052 6550
62
ARAPONGAS
PR
3055 6550
43
ARAQUARI
SC
4062 6550
47
.ARAUCARIA
PR
4062 6550
41
.ARUJÁ
SP
4062 6550
11
BALNEARIO DE CAMBORIU
SC
4054 6550
47
BARRA DO RIBEIRO
RS
4062 6550
51
BARUERI
SP
4062 6550
11
BELFORD ROXO
RJ
4062 6550
21
BELO HORIZONTE
MG
4062 6550
31
BENTO GONCALVES
RS
4062 6550
54
BETIM
MG
4062 6550
31
BIGUACU
SC
4062 6550
48
BIRITIBA MIRIM
SP
4062 6550
11
BLUMENAU
SC
4052 6550
47
BRASILIA
DF
4062 6550
61
BRUSQUE
SC
4053 6550
47
CACHOEIRINHA - P.A.
RS
4062 6550
51
CAIEIRAS
SP
4062 6550
11
CAJAMAR
SP
4062 6550
11
CAMBE LONDRINA
PR
4062 6550
43
CAMBORIU
SC
4054 6550
47
CAMPINAS
SP
4062 6550
19
CAMPO BOM
RS
4062 6550
51
CAMPO GRANDE
MS
4062 6550
67
CAMPO LARGO CURITIBA
PR
4062 6550
41
CAMPO MAGRO CURITIBA
PR
4062 6550
41
CANOAS
RS
4062 6550
51
CAPAO DO LEAO - PELOTAS
RS
4062 6550
53
CARAPICUIBA
SP
4062 6550
11
CASCAVEL
PR
4062 6550
45
CAXIAS DO SUL
RS
4062 6550
54
CIDADE OCIDENTAL
GO
4062 6550
61
COCAL DO SUL
SC
4053 6550
48
COLOMBO CURITIBA
PR
4062 6550
41
CONTAGEM
MG
4062 6550
31
COTIA
SP
4062 6550
11
CRICIUMA
SC
4053 6550
48
CUBATAO
SP
4062 6550
13
CUIABA
MT
4062 6550
65
CURITIBA
PR
4062 6550
41
DIADEMA
SP
4062 6550
11
DOIS IRMAOS
RS
4062 6550
51
DUQUE DE CAXIAS
RJ
4062 6550
21
ELDORADO DO SUL
RS
4062 6550
51
EMBU
SP
4062 6550
11
EMBU GUACU
SP
4062 6550
11
ESTANCIA VELHA
RS
4062 6550
51
ESTEIO
RS
4062 6550
51
FAZENDA RIO GRANDE
PR
4062 6550
41
FERRAZ DE VASCONCELOS
SP
4062 6550
11
FLORIANOPOLIS
SC
4062 6550
48
FORQUILHINHA - CRICIUMA
SC
4053 6550
48
FOZ DO IGUACU
PR
4052 6550
45
FRANCISCO MORATO
SP
4062 6550
11
FRANCO DA ROCHA
SP
4062 6550
11
GARUVA - JOINVILLE
SC
40626550
47
GASPAR BLUMENAU
SC
4052 6550
47
GOIANIA
GO
4052 6550
62
GOIANIRA
GO
4052 6550
62
GRAVATAI
RS
4062 6550
51
GUAIBA
RS
4062 6550
51
GUARAMIRIM - J.DO SUL
SC
3055 6550
47
GUARAPUAVA
PR
4052 6550
42
GUARAREMA
SP
4062 6550
11
GUARUJA
SP
4062 6550
13
GUARULHOS
SP
4062 6550
11
IBIRITE
MG
4062 6550
31
ICARA - CRICIUMA
SC
4053 6550
48
ITAJAI
SC
4054 6550
47
ITAPECERICA DA SERRA
SP
4062 6550
11
ITAPEVI
SP
4062 6550
11
ITAQUAQUECETUBA
SP
4062 6550
11
IVOTI
RS
4062 6550
51
JANDIRA
SP
4062 6550
11
JARAGUA DO SUL
SC
3055 6550
47
JOINVILLE
SC
4062 6550
47
.JUQUITIBA
SP
4062 6550
11
LONDRINA
PR
4062 6550
43
LUZIANIA
GO
4062 6550
61
MAGE
RJ
4062 6550
21
MAIRIPORA
SP
4062 6550
11
MARINGA
PR
4062 6550
44
MAUA
SP
4062 6550
11
MOGI DAS CRUZES
SP
4062 6550
11
MONTENEGRO
RS
3057 6550
51
MORRO DA FUMACA
SC
4053 6550
48
MORRO REDONDO
RS
4062 6550
53
NAVEGANTES
SC
4054 6550
47
NILOPOLIS
RJ
4062 6550
21
NITEROI
RJ
4062 6550
21
NOVA IGUACU
RJ
4062 6550
21
NOVA LIMA
MG
4062 6550
31
.NOVO GAMA
GO
4062 6550
61
NOVO HAMBURGO
RS
4062 6550
51
OSASCO
SP
4062 6550
11
PALHOCA
SC
4062 6550
48
PALMAS
TO
4052 6550
63
PARANAGUA
PR
4064 6550
41
PASSO FUNDO
RS
4052 6550
54
PAULINIA
SP
4062 6550
19
PELOTAS
RS
4062 6550
53
PINHAIS
PR
4062 6550
41
PIRAPORA DO BOM JESUS
SP
4062 6550
11
PIRAQUARA
PR
4062 6550
41
POA
SP
4062 6550
11
PONTA GROSSA
PR
4062 6550
42
PORTAO
RS
4062 6550
51
PORTO ALEGRE
RS
4062 6550
51
PORTO VELHO
RO
4062 6550
69
PRAIA GRANDE
SP
4062 6550
13
QUEIMADOS
RJ
4062 6550
21
RIBEIRAO DAS NEVES
MG
4062 6550
31
RIBEIRAO PIRES
SP
4062 6550
11
RIO BRANCO
AC
4062 6550
68
RIO DE JANEIRO
RJ
4062 6550
21
RIO GRANDE
RS
4052 6550
53
RIO GRANDE DA SERRA
SP
4062 6550
11
SABARA
MG
4062 6550
31
SALESOPOLIS
SP
4062 6550
11
SANTA CRUZ DO SUL
RS
3056 6550
51
SANTA ISABEL
SP
4062 6550
11
SANTA LUZIA
MG
4062 6550
31
SANTA MARIA
RS
4062 6550
55
SANTANA DE PARNAIBA
SP
4062 6550
11
SANTO ANDRE
SP
4062 6550
11
SANTOS
SP
4062 6550
13
SAO BERNARDO DO CAMPO
SP
4062 6550
11
SAO CAETANO DO SUL
SP
4062 6550
11
SAO GONCALO
RJ
4062 6550
21
SAO JOAO DE MERITI
RJ
4062 6550
21
SAO JOSE - FLORIANOPOLIS
SC
4062 6550
48
SAO JOSE DOS PINHAIS
PR
4062 6550
41
SAO LEOPOLDO
RS
4062 6550
51
SAO LOURENCO DA SERRA
SP
4062 6550
11
.SAO PAULO CAPITAL
SP
4062 6550
11
SAO VICENTE
SP
4062 6550
13
SAPIRANGA
RS
4062 6550
51
SAPUCAIA DO SUL
RS
4062 6550
51
SARANDI
PR
4062 6550
44
SCHROEDER - J.DO SUL
SC
3055 6550
47
SENADOR CANEDO
GO
4052 6550
62
SIDEROPOLIS
SC
4053 6550
48
SUMARE
SP
4062 6550
19
SUZANO
SP
4062 6550
11
TABOAO DA SERRA
SP
4062 6550
11
TOLEDO
PR
3055 6550
45
TRINDADE
GO
4052 6550
62
TURUCU - PELOTAS
RS
4062 6550
53
VALINHOS
SP
4062 6550
19
VALPARAISO DE GOIAS
GO
4062 6550
61
.VARGEM GRANDE PAULISTA
SP
4062 6550
11
VARZEA GRANDE
MT
4062 6550
65
VESPASIANO
MG
4062 6550
31
VIAMAO
RS
4062 6550
51
VINHEDO
SP
4062 6550
19


www.umbet.org.br

25 de abril de 2008

É O FIM!





É galera, assim caminha a humanidade.


O FIM DO CD

Com o advento da internet e consequentemente da troca de música digital pela rede, quem hoje em dia está disposto a pagar R$ 20, R$ 30 ou mais por um CD ? As gravadoras estão quebrando a medida que aumenta a velocidade das conexões, da banda larga e da facilidade de se achar músicas ou álbuns completos para download (em minutos) na rede. Lojas que vendiam música estão fechando suas portas, e os artistas estão seriamente pensando em mudar de profissão.

O FIM DAS LOCADORAS

Com a pirataria a todo vapor, vendendo lançamentos, ainda que sendo exibidos no cinema, a R$5 ou menos, quem está disposto a pagar R$30, R$40 ou mais por um DVD original? Ou mesmo esperar pelo seu lançamento na locadora?

E o que dizer dos downloads de filmes pela web, cada vez mais comuns, para se ver no PC mesmo..?
Pois é, é o fim das locadoras, cinemas e lojas que vendiam filmes, desenhos, séries e shows.

O FIM DO LIVRO

Parece até ecologicamente correto! Deixamos de derrubar árvores, para resolver tudo através da tecnologia digital. Hoje um livro que custa R$ 30, R$40 ou mais, sai de graça através de um download pela web em sites de compartilhamento. Podemos em seguida colocá-los em nossos aparelhos eletrônicos para lê-los, aliás, podemos colocar mais de 1.000 títulos em nossos pen-drives, palm tops, notebooks, etc.. assim como já fazemos com nossas coleções de músicas digitais. É o fim das livrarias. E as editoras e escritores estão pensando em arrumar alguma outra forma de ganhar dinheiro.

O FIM DAS BRINCADEIRAS DE RUA

Nossos filhos (e isto é ótimo em termos de segurança, não é mesmo?) não estão mais vulneráveis ao que pode lhes acontecer na rua, no bairro, pois não saem mais de casa! Brincam sentados, de frente para o computador, horas a fio, disputando partidas em games, interligados com qualquer outra criança no mundo.

O FIM DOS RELACIONAMENTOS

Com a Web 2.0, Second Life e outras bobagens virtuais, esquecemo-nos de quem realmente somos, e de propósito assumimos identidades diferentes, projetamo-nos para aquilo que gostaríamos de ser na vida real e não conseguimos, e assim, partimos com uma nova identidade para o mundo ilusório e virtual da internet, mundo sem fronteiras, terra sem lei, onde tudo é permitido. E então através de chats, web-cams, messengers, orkuts, e sites indecentes, namoramos, estabelecemos relações adúlteras, perniciosas e imorais com outros 'seres virtuais' sedentos pelo mesmo pecado.

Deixamos de nos encontrar pessoalmente, para conversarmos pela rede. Namoramos pela rede, e há quem diga ser até mesmo possível 'fazer amor' pela rede (?!).

Era o tempo em que frequentávamos praças, bares, baladas, eventos...
Só temos amigos virtuais e não mais atendemos pelo nosso nome, mas pelo nosso "alias", pelo nosso endereço de e-mail ou endereço de I.P.

O FIM DAS LOJAS

Para que sair do conforto do lar para ir ao mercado, shopping center ou para fazer qualquer outro tipo de compra, se podemos depois de alguns cliques, comprar tudo pela internet??? De uma caixa de palitos a automóveis, passando por roupa íntima, flores, frutas, animais de estimação, equipamentos, tudo o que imaginar, e que comprávamos antes em lojas reais, agora de uma forma totalmente prática, fazemos tudo pela incrível rede mundial de computadores!

O FIM DOS CORREIOS

Quem hoje manda alguma carta ou produto pelo correio??? Com o advento do e-mail, a correspondência eletrônica, escrever uma carta e postar virou coisa do passado, de gente ignorante, ou de saudosistas. E para que o produto? Seja qual for, basta procurá-lo no Google e fazer o download, oras...

O FIM DA TV

Ninguém mais vai querer assistir o que as emissoras querem transmitir, mas cada um assistirá o que bem entender, a hora que quiser, pela internet, bastando fazer uma 'busca por palavra'. E o acervo contará com tudo o que já foi produzido no mundo até hoje. Poderemos inclusive salvar qualquer programa em nossos HDs de trocentos terabytes de memória.


EM UM FUTURO PRÓXIMO...

As pessoas não mais terão filhos em maternidades, farão download dos mesmos na web.
Qualquer namorado, marido, ou amante poderá igualmente ser configurado e 'baixado" na rede.
Atendimentos médicos e até mesmo cirurgias serão feitas pelos novos softwares de comunicação.
As pessoas não irão mais até as igrejas, assistirão cultos on-line, realizados por programas feitos em cumputação gráfica. Pedidos de oração serão postados em softwares que se encarregarão do resto.

Campeonatos e torneios esportivos serão feitos por robôs inteligentes, não mais por pessoas. E nossa vida sedentária nos levará a um nível jamais registrado, de obesos e pessoas que morrem cada vez mais jovens..

E com recursos cada vez mais modernos, o fim do emprego é inevitável.
Uma nova revolução industrial se aproxima! Depois não digam que eu não avisei!

Mas.. ainda bem que continuaremos existindo, pelo menos na net, com nossos avatares, perfis, e nossa personalidade virtual intacta, salva em algum servidor.

Viva a tecnologia!



Ricardo

24 de abril de 2008

O que é a Bíblia?

As respostas para essa questão tem sido ao longo dos séculos, dependendo do paradigma teológico, as mais diversas. Três, contudo, se destacam:

a) A visão Modernista ou Liberal. A Bíblia contém a Palavra de Deus. Paralela ao surgimento do movimento da crítica da Bíblia (1648), esta visão afirma que algumas partes da Bíblia são divinas, enquanto outras são humanas. Dessa forma, encontramos na Bíblia verdades eternas e equívocos humanos. Segundo Geisler e Nix (1997, p. 17) dois conceitos foram elaborados nesta concepção;

- O conceito de iluminação. Alguns estudiosos defendem que as “partes inspiradas” da Bíblia resultam de um tipo de iluminação divina, através do qual Deus teria concedido uma profunda percepção religiosa a alguns homens piedosos.

- O conceito de intuição. Aqui, os estudiosos chegam ao extremo de negar totalmente a presença de algum elemento divino da composição da Bíblia.

b) A visão Neo-Ortodoxa. O início do século XX foi marcado por uma nova reforma no na teologia européia. Alguns teólogos começam a valorizar a Bíblia, sem, contudo, abrir mão de suas visões críticas. Um novo tipo de ortodoxia é criado. A Bíblia torna-se a Palavra de Deus num encontro pessoal entre Deus e o homem. Duas correntes surgem:

- Visão demitizante. Tendo como defensores Rudolf Bultman e Shubert, afirma que a Bíblia foi escrita em linguagem mitológica, a da época de seus atores, tempo já passado e obsoleto. O amor sacrificial de Cristo, só pode ser realmente encontrado a medida que o crente despe a Bíblia de seus eventos e narrativas mitológicos.

- Encontro pessoal. Representada por Karl Barth e Emil Brunner, reconhece que apesar de algumas imperfeições no registro escrito, a Bíblia é a fonte de revelação de Deus para a humanidade. Deus nos fala mediante a Bíblia, que é um registro da revelação pessoal de Deus e não uma revelação em si mesma. Dessa maneira, ela torna-se a Palavra de Deus a medida que o homem se encontra com o criador lendo-a ou ouvindo-a.

c) A visão ortodoxa. A Bíblia é a Palavra de Deus. Esta é a opinião que prevaleceu por cerca de 18 séculos, e que, mesmo diante do surgimento da visão liberal e neo-ortodoxa, permanece viva em pleno século XXI. Na tentativa de conciliar a inspiração divina e o elemento humano presente através da escrita, duas teorias se destacam:

- Ditado Verbal. Defendida por John R. Rice, sustenta que Deus ditou sua Palavra respeitando a personalidade do autor humano. Para Rice, o ditado verbal não se trata de um ato meramente mecanicista.

- Conceitos inspirados. A. H. Strong apresenta uma idéia de que Deus teria inspirado os conceitos, não os termos literários utilizados por cada autor humano na escrita da Bíblia. O estilo particular de cada escritor é assim respeitado.

2. A Leitura Devocional da Bíblia

A leitura devocional da Bíblia precisa ser compreendida no contexto das várias leituras da Palavra de Deus:

a) A leitura litúrgica. É aquela realizada nos cultos e cerimônias religiosas, com o propósito de pregação, ensino ou reflexão.

b) A leitura formadora. Trata-se da leitura onde se busca aumentar o conhecimento pessoal dos princípios espirituais e morais, necessários para o crescimento e amadurecimento do cristão.

c) A leitura teológica. Este nível de leitura nos remete para uma reflexão mais sistemática das grandes doutrinas bíblicas, associada também aos textos filosóficos, históricos etc.

d) A leitura exegética. É a forma mais aprofundada de leitura. A compreensão do texto bíblico em si mesmo, juntamente com suas idéias, autoria, destinatários, forma literária, os termos originais, o contexto cultural, social, político, econômico, espiritual etc., estão presentes neste nível.

e) A leitura devocional. Através da leitura devocional, busca-se de forma espontânea alimento diário para a vida espiritual, respostas para nossos anseios, conforto e lenitivo para a nossa alma. Um diálogo com Deus é aqui, profundamente evidenciado.


A leitura devocional da Bíblia exige disciplina na vida cristã. Vivenciamos um momento histórico onde a inversão das prioridades pessoais, associada ao ativismo e a má administração do tempo, tem nos afastado cada vez mais, deste exercício tão essencial e salutar.
3. Curiosidades
- A Bíblia toda pode ser lida em 72 h de forma ininterrupta.
- Reservando 1/2 h por dia, a Bíblia será lida em 144 dias.
- Reservando 15 minutos por dia, a Bíblia será lida em 288 dias, ou seja, menos de um ano.
- A SBB disponibiliza gratuitamente planos de leitura anual da Bíblia, e confere certificados àqueles que completarem a leitura da Palavra de Deus.
Leia ainda o artigo A Leitura Devocional


Referências

GEISLER, Norman; NIX, William. Introdução Bíblica: como a Bíblia chegou até nós. São Paulo: Vida, 1997.

SILVA, Cássio Murilo Dias da. Metodologia de exegese bíblica. São Paulo: Paulinas, 2000.

Lições Bíblicas: 2. trimestre de 2008. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.


FONTE: www.altairgermano.blogspot.com/

19 de abril de 2008

O Primeiro culto realizado no Brasil, e os primeiros mártires


No dia 10 de março de 2007, completaram-se 450 anos que, na ilha de Villegaignon, então Forte de Coligny, se celebrou o primeiro culto evangélico, segundo o rito calvinista, em terras do Brasil e, aliás, da América do Sul.
A instâncias de Villegaignon, o grande reformador Calvino e a Igreja de Genebra prepararam uma leva de huguenotes para virem se estabelecer na, então, França Antarctica, afim de solidificar e desenvolver a colonização desta parte da América que deveria ser, também, um lugar de refugio para os protestantes perseguidos na França e demais paises da Europa.
À frente desse bando de heróis da fé, a constituírem OS PIONEIROS DAS MISSÕES, entre os silvícolas americanos, fora posto o venerando Felippe de Corguilleray, senhor du Pont, amigo e visinho do grande almirante Gaspar de Coligny, quando estivera em Chastillon sur Loing. Acompanhavam-no dois ministros evangélicos: o ancião Pierre Richier, de cinqüenta anos de idade, e Guillaume Chartier, mais moço, de trinta anos de idade.
Além desses dois pastores, formados em teologia, profundamente conhecedores das Sagradas Escrituras, participaram da viagem os seguintes aspirantes ao ministério e profissionais em varias artes: Pierre Bourdon (excelente torneiro), Matthieu Verneuil, Jean du Bourdel, André la Fon (alfaiate), Nicolas Dénis, Jean Gardien (perito retratista), Martin David, Nicolas Raviquet, Nicolas Carmeau, Jacques Rousseau e Jean de Lery, o clássico historiador desta viagem e da estadia desses destemidos missionários evangélicos no Brasil.
Tendo essa comitiva partido de Genebra a 16 de setembro de 1556, demandou, primeiramente, a Chastillon sur Loing, onde os huguenotes tiveram a oportunidade de encontrar-se com o grande almirante Coligny. Daí seguiram para Paris, onde se demoraram um mês, e onde outras pessoas se agregaram à expedição.
De Paris passaram a Rouen e desta a Honfleur, porto de mar, na Normandia, de onde, depois de quase um mês, a 19 de novembro de 1556, embarcaram, em demanda do Brasil. Cumpre, porém, notar que esta expedição não se compunha somente de protestantes, como tantas vezes se tem feito crer. Na sua maioria absoluta era composta de católicos romanos.
Foi Bois le Conte, sobrinho de Nicolas Villegaignon, quem à custa do rei, organizara a frota que trouxe os huguenotes ao Brasil. Esta frota se compunha de três navios: o Petite Roberge comandado por Bois le Conte, então aclamado vice-almirante, e que trazia cerca de 80 pessoas, inclusive soldados e marujos; o Grand Roberge, que trazia 120 pessoas e por capitão o sr. de Sainte Marie, apelidado Espine, e o Rosee, assim chamado em razão do que o comandava, e que trazia a bordo 90 pessoas, inclusive 6 rapazes, que vinham para aprender a língua brasileira, e cinco donzelas, dirigidas por uma matrona, que foram as primeiras mulheres francesas que arribaram a estas plagas sul-americanas. Eram, portanto, ao todo, 290 pessoas, das quais somente 16 eram protestantes calvinistas!
Entretanto, os atos de pirataria realizados por le Conte, muito bom católico romano, e de seus marinheiros, também católicos, como expressamente declara Lery, têm sido atribuídos aos calvinistas! Na ocasião, entretanto, é certo que Lery, e com ele os protestantes, francamente os condenaram!

«E cumpre (pois vem de propósito), diz Lery, que diga aqui de passagem, que, neste primeiro encontro de navio, vi praticar no mar o que mais freqüentemente também se pratica em terra, a saber: que aquele que tem armas em punho e é mais forte supera e dá leis ao companheiro. Verdade é que os srs. marinheiros, fazendo arriar velas e se aproximar dos míseros navios mercantes, alegam ordinariamente que andam por muito tempo, forçados pelas tempestades e calmarias, sem poder tomar terras nem porto, e estão no mar necessitados de viveres, de que pedem para ser supridos, mediante pagamento,
Se, porém, sem este pretexto podem por pé a bordo do vizinho, não pergunteis se vão impedir o navio de afundar-se; ali o descarregam de tudo quanto lhes parece bom e proveitoso. E, se porventura alguém adverte, (como de fato sempre o fazíamos) que nenhuma ordem existe para assim saquearem indiferentemente amigos e inimigos, respondem com o estribilho comum dos nossos soldados de terra em caso semelhante, dizendo ser de guerra e de costume, e que, portanto, desempenha o seu ofício quem segue os estilos» (Lery, Historia de uma viagem á terra do Brasil, cap. II, §§ 5.o e 6.o)
Só a 7 de março de 1557, demandara a frota de Bois le Conte à barra do Rio de Janeiro, e somente a 10 do mesmo mês, conseguiu definitivamente desembarcar esta celebre expedição, no Forte Coligny.
Imediatamente, du Pont, acompanhado dos ministros Pierre Richier e Guillaume Chartier, se apresentou diante de Villegaignon, declarando-lhe a causa principal que trouxera os cristãos evangélicos às terras brasileiras, que outra não fora senão atender às solicitações do sr. almirante em fundar, neste país, não só a Igreja Reformada mas um refúgio aos que fossem, na Europa, perseguidos pela intolerância inquisidora do Papado.
Ao que respondeu o sr. Villegaignon: «Quanto a mim, tenho na verdade desde muito tempo, e de todo o meu coração, desejado tal coisa e os recebo de mui boa vontade em tais condições; até porque desejo que a nossa igreja tenha fama de ser a mais bem reformada de todas. Desde já quero que os vícios sejam reprimidos, que o luxo do vestuário seja reformado e, em suma, que do meio de nós se remova tudo quanto nos possa impedir de servir a Deus.»
«Depois», acrescenta Lery, «levantando os olhos ao céu e juntando as mãos, disse:
— Senhor, rendo-Te graças de me haveres enviado o que desde tanto tempo tenho ardentemente pedido.
«E de novo aos nossos companheiros disse: — «Meus filhos (pois quero ser vosso pai) assim como Jesus Cristo neste mundo nada fez para Si, e tudo fez por nós, assim também eu (esperando que Deus me conserve a vida até que nos fortifiquemos neste país e possais dispensar-me) tudo quanto pretendo fazer, aqui, é para todos aqueles que vêm ao mesmo fim que vós viestes. Delibero constituir aqui um refugio para os pobres fieis, que forem perseguidos em França, na Espanha, e em outra qualquer parte de além-mar, afim de que, sem temor do rei, nem do imperador, ou de outras potestades, possam servir a Deus com pureza, conforme a Sua vontade.» (Opus cit. cap. Vl, §§ 1 e 3)
Proferidas estas palavras, reunindo-se todos numa sala que havia no meio da ilha, e depois que Pierre Richier invocou a presença do Divino Espírito Santo, cantou-se o SALMO QUINTO do qual reproduzimos a tradução, em poesia portuguesa, feita pelo muito ilustre poeta Padre Caldas, e que se acha em nosso hinário – CâNTICOS SAGRADOS – sob o número 2.
Minhas palavras atende,
O’ Senhor, e a meus gemidos
Inclina os Teus ouvidos ;
O’ meu Deus, meu Soberano,
A minha oração Te rende :
Tu m’escutas, mal o humano
Vê luzir, no etéreo posto,
D’aurora o mimoso rosto.
Na grandeza confiado
De Teu terno coração,
Minha humilde adoração
Eu irei no templo Teu
Ofertar-Te, penetrado
De respeito e de temor.
Ah! Deus meu, vem me guiar
Vem meus passos segurar.
No peito que em Ti confia,
Tu, Senhor, habitarás ;
De prazer o embeberás,
Sempiterno e sublimado;
Nadando em gloria á porfia
E por Ti abençoado ;
E, qual escudo, o defende
Teu braço que tudo rende.
Após este cântico, Richier fez um eloqüente sermão, tomando por suas as seguintes palavras do Salmo 27, versículo 4, segundo a excelente tradução do ex-Padre – Santos Saraiva: — Uma coisa tenho pedido a JEHOVAH a qual eu buscarei; que assista eu na casa de JEHOVAH, todos os dias de minha vida, para de JEHOVAH contemplar o esplendor, e recrear-me em Seu templo.
Durante a prédica, Villegaignon não cessava de juntar as mãos, levantar os olhos para o céu, dar altos suspiros e fazer vários gestos que a todos causavam admiração. Para o venerando Richier, Villegaignon era um novo Paulo!
O almirante ordenou que em todas as noites se realizasse o serviço divino. Aos domingos, houvesse culto e pregação do Santo Evangelho duas vezes, e os sacramentos fossem administrados conforme a pura Palavra de Deus.
Quanto à disciplina, exigia que fosse severamente aplicada aos delinqüentes.
De conformidade com estas ordens, desde a memorável QUARTA-FEIRA, DEZ DE MARÇO DE 1557, começaram a ecoar sobre as ondulantes e esmeraldinas águas da formosíssima Baia de Guanabara, que eles então chamavam RIO DE GÈNÉVE, os sagrados cânticos arrancados de fervorosos peitos a cultuarem as esperanças de vida eterna, segundo os sacratíssimos ensinamentos de Jesus Cristo.
Ah! foram, porém, por pouco tempo, porque, desde logo, a hipocrisia, desmascarando-se, a pouco e pouco, veio perturbar, afligir e banhar em sangue este abençoado solo!
A 21 de março deste mesmo ano de 1557, celebrou-se pela primeira vez, segundo o rito evangélico, a Santa Ceia, fazendo Villegaignon, por duas preces ao Deus Altíssimo, a profissão de sua fé, depois do que, de joelhos, recebeu das mãos do venerando Pastor Pierre Richier os sagrados elementos da Comunhão.
«E assim", assevera o historiador Lery, « abjurou o almirante suas crenças no Papismo.» Por esta ocasião, também abjurou o Romanismo um FRADE chamado Jean de Cointac, que fora estudante da Sorbonne, e que se dizia chamar Hector.
Chagara este clérigo em companhia dos huguenotes e, provavelmente, a eles se ajuntara quando, em Paris, permaneceram cerca de um mês.
Foi justamente este Frade Cointac o fomentador de toda a discórdia, como expressamente o declara Villegaignon, pois suscitara questões sobre a consagração de vasos especiais para administração do Sacramento Eucarístico; sobre ser ou não o pão fermentado; sobre o uso de vestes sacerdotais; sobre o uso de sal, azeite e saliva, na administração do Batismo; sobre a significação das palavras sacramentais, si importavam ou não a consubstanciação ou transubstanciação, etc. Nestes debates, Villegaignon acabou por tomar proeminente parte, a ponto de completamente romper com os calvinistas, não convindo mesmo, como combinara, esperar resposta da consulta enviada a Calvino por intermédio do Pastor Guillaume Chartier.
Entretanto, a 17 de maio deste mesmo ano de 1557, o ex-FRADE Jean de Cointac desposou uma das donzelas que vieram de França, parente do negociante La Rouquette, de Rouen. Tendo este negociante falecido, algum tempo depois da chegada dos huguenotes, deixara como sua universal herdeira aquela moça, sua sobrinha. O ex-FRADE, cobiçando a moça e a fortuna, resolveu desposá-la! Celebrou a cerimonia religiosa deste primeiro casamento de um ex-FRADE, no Brasil, o mesmo venerando Pastor Richier.
Apesar das novas relações no lar e no comércio, Cointac persistiu em suas controvérsias, a ponto de romper com o mesmo Villegaignon, que o constrangeu a sair do seu Forte, pouco tempo depois de seu enlace matrimonial «como sendo uma boca inútil "!
Este ex-FRADE Cointac, no dizer de Lery e de Crespin, tornou-se implacável inimigo dos calvinistas e, o que é mais interessante – e descoberta mui recente – tornou-se o traidor não só de Villegaignon, mas também de sua Pátria! Foi provavelmente em agosto, ou setembro de 1557, que o ex-FRADE Jean Cointac, fora expulso do Forte Coligny. Ainda que sofrendo todas as humilhações possíveis, os huguenotes ali permaneceram até o mês de outubro, quando resolveram também romper definitivamente com Villegaignon, que não mais podia igualmente tolerá-los.
Passados para o continente, nas fraldas do morro do Castelo, então chamado morro de Henri, no lugar denominado Olaria – Briqueterie – domiciliaram-se os huguenotes em uns casebres, que os operários franceses haviam construído, quando para ali se dirigiam aos afazeres da pesca. E ali aguardaram a chegada de embarcação que os pudesse transportar para a Europa, o que somente conseguiram a 4 de janeiro de 1558, a bordo de um velho navio chamado Jacques.
Assentira Villegaignon que os huguenotes regressassem à França, porém o fez com o mais perverso intento, porque, enviando por eles um documento devidamente lacrado, para ser entregue às autoridades daquele país, nele denunciava os seus portadores como perigosos hereges que deviam sofrer o ultimo suplício!
Depois de sete ou oito dias de viagem, o Jacques começou a fazer água, e por tal modo ameaçava ir ao fundo, que o seu comandante alvitrou a du Pont e seus companheiros regressarem ao Brasil.
Como du Pont manifestasse estar decidido a seguir viagem, somente cinco desventurados calvinistas se resolveram a voltar para a baia de Guanabara, e foram os seguintes: Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André la Fon e Jacques le Balleur.
Aqueles, depois de penosíssima viagem, chegaram à França, onde foram bem recebidos pelas autoridades que eram simpáticas à Reforma, e, assim, ficaram livres da ultima traição de Villegaignon – desde então chamado o CAIM DA AMÉRICA!
Estes, que retrocederam, depois de vagarem muitos dias à mercê das ondas, sofrendo as torturas da fome, chegaram ao continente, onde foram hospitaleiramente recebidos pelos selvagens. Demandaram, depois, o aldeamento dos franceses, que estavam em terra firme, os quais instaram para que não comparecessem perante Villegaignon. Não obstante estes conselhos, se apresentaram ao almirante. Este os recebeu, aparentando bom grado, e até permitindo-lhes que ficassem no continente.
Doze dias depois, a 8 de fevereiro, suspeitando que fossem traidores e ali representassem o papel de espiões de du Pont e Richier, não tendo, porém, coragem de justiçá-los por tais suspeitas, exigiu Villegaignon que eles fizessem por escrito, dentro de doze horas, uma precisa e clara profissão de fé. Na excelente obra recém publicada pelo sr. Domingos Ribeiro – a Tragédia de Guanabara, os leitores encontrarão a narrativa completa desses tristíssimos acontecimentos.
Os franceses domiciliados em terra ainda insistiram para que eles não dessem por escrito tal confissão, pois seria o móvel para Villegaignon cevar sua sanguisedenta tirania. Não obstante tais conselhos, quatro deles resolveram escrever a confissão, incumbindo do trabalho de responder aos artigos propostos por Villegaignon – o mais velho e instruído dos quatro – Jean du Bourdel, a cuja assinatura acrescentaram os seus nomes: Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon. Deixou de assinar esta confissão o grande heróis da fé – Jacques le Balleur, cujo nome completo supomos ser JEAN JACQUES LE BALLEUR.
Tendo em suas mãos aquela confissão plena de fé evangélica, Villegaignon, a 9 de fevereiro de 1558, mandou prender e martirizar a Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil e Pierre Bourdon, os quais, após o estrangulamento, ainda semi-mortos, tendo as mãos e os pés atados, foram lançados nas águas do mar junto ao recife do Forte de Coligny! E, assim, ficou transformada a mais bela baia do mundo em preciosíssimo relicário dos primeiros mártires da plena liberdade de consciência e do Evangelho, na América do Sul!
André la Fon foi poupado, visto ter prometido não se conservar obstinado em erros doutrinários, uma vez provados como tais, pela Sagrada Escritura. Da expedição chegada a 7 de março de 1557, o ultimo huguenote, que sofreu o martírio, foi JACQUES LE BALLEUR, enforcado no Rio de Janeiro, dez anos depois, em 1567, quando se lançaram os fundamentos desta Capital.
Morreram esses nobres cristãos, mártires da intolerância e do fanatismo, mas o Cristianismo não morreu! E hoje, graças a constância dos pegureiros da cruz de Cristo, nesta cidade, batizada com o sangue dos huguenotes, estão estabelecidas dezenas de Igrejas Reformadas, há milhares de crentes evangélicos e levantam-se inúmeros templos cristãos como vitoriosos marcos do triunfo glorioso da liberdade de consciência e da plena liberdade religiosa!
Graças a Deus! – A Verdade triunfa!

(Extraído do Apêndice do livro "O MARTYR LE BALLEUR" Álvaro Reis, editado em 1917, escrito em português arcaico, e adaptado por Pedro Corrêa Cabral, em abril de 2007)

13 de abril de 2008

BEBÊS PARA SEREM QUEIMADOS

Carlos Heitor Cony (Folha de S. Paulo, de 11.4.2008) resenha o livro "Babies for Burning" (Londres: Serpentine Press), em que Michel Litchfield e Susan Kentish entrevistam um médico de uma clínica de abortos na Inglaterra.
Em um dos trechos, o médico diz:

"Fazemos muitos abortos tardios, somos especialistas nisso. Faço abortos que outros médicos não fazem. Fetos de sete meses. A lei [inglesa] estipula que o aborto pode ser feito quando o feto tem até 28 semanas. É o limite legal. Se a mãe está pronta para correr o risco, eu estou pronto para fazer a curetagem. Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados e vivem um pouco antes de serem mortos.
Houve uma manhã em que havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando como desesperados. Era uma pena jogá-los no incinerador porque tinham muita gordura que poderia ser comercializada. Se tivessem sido colocadas numa incubadeira poderiam sobreviver, mas isso aqui não é berçário.
Não sou uma pessoa cruel, mas realista. Sou pago para livrar uma mulher de um bebê indesejado e não estaria desempenhando meu oficio se deixasse um bebê viver. E eles vivem, apesar disso, meia hora depois da curetagem. Tenho tido problemas com as enfermeiras, algumas desmaiam nos primeiros dias."




www.prazerdapalavra.com.br

8 de abril de 2008

A CRUZ EM NÓS


L.J. Lebret

O tema da cruz já está bastante gasto porque muitos cristãos dele abusaram. Vivem gemendo

sob suas pequenas cruzes, as mil dificuldades comuns da vida, que tantos não-cristãos enfrentam

corajosamente. Tornam-se maçantes de tanto esquadrinhar seus insignificantes aborrecimentos.

De fato, não souberam sair de si mesmos para encontrar verdadeiramente o Cristo e fundir-se

nele. Não compreenderam que a cruz não é um fardo a ser arrastado, mas vida a ser alegremente

aceita, embora nos esmague.

A vida com o Crucificado, no Crucificado, é o dom de si à vontade dele, é o companheirismo

que se torna cada dia mais íntimo no campo do esforço e da dor, a cooperação constante com

quem tudo começou em si mesmo e quer associar-nos plenamente à sua obra.

Enquanto a cruz não tiver penetrado em nós, como arcabouço que tudo sustenta, não teremos

compreendido o Cristo. Daí as impaciências, as cóleras, as queixas e as asperezas. Cristãos

inscritos nos registros da Cristandade, não somos ainda cristãos plenamente inseridos no Cristo,

porque, desejando a sua luz e a sua paz, nos repugna segui-lo no sofrimento que suportou por

nós. Desejaríamos ser configurados em sua glória, sem o ser, entretanto, em sua dor; assemelharnos

a ele, sem que os flagelos sociais nos inquietem, as guerras em que não estamos

empenhados nos emocionem, as torturas e as deportações sofridas pelos outros nos aflijam, o

destino da multidão dos seres humanos desdenhados nos interesse, os erros da direita ou da

esquerda nos perturbem, o egoísmos das classes e dos países privilegiados nos revolte e a

aventura dos povos infantis nos faça sofrer. Fariseus satisfeitos com a própria virtude,

consideramo-nos heróicos, mal suportando os nossos pequenos males sem que o pesado fardo de

todo o sofrimento humano nos atinja sequer.

3 de abril de 2008

A parábola dos pescadores sem peixes

Autor desconhecido

Era uma Associação de Pescadores, que viviam no meio de rios e lagos, cheios de peixes famintos. Eles se reuniam regularmente para discutir sobre o chamado para pescar, a abundância de peixe e a emoção de pegar peixes. Ficavam muito animados com o assunto da pescaria.

Alguém sugeriu que o grupo precisava de uma filosofia de pesca. Assim, cuidadosamente, definiram e redefiniram a pesca e o propósito da pescaria. Desenvolveram estratégias e táticas. De repente perceberam que haviam começado de trás para frente – haviam se interessado pela pescaria do ponto de vista do pescador, e não do ponto de vista do peixe. Como o peixe vê o mundo? Como vê o pescador? O que e quando o peixe come? Era importante entender essas coisas. Por isso, iniciaram estudos e pesquisas. Participaram de conferências sobre a pescaria. Muitos viajaram a lugares longínquos para estudar diferentes tipos de peixes, com diferentes hábitos. Alguns obtiveram Ph.D. em piscicultura.

Contudo, ninguém havia ido pescar. Formou-se, então, um comitê para enviar pescadores. Havia muito mais lugares propícios para pescar do que pescadores. Por isso, o comitê precisava determinar prioridades. A lista de prioridades foi colocada em quadros de avisos em todos os salões da Associação.

Mas, como antes, ninguém estava pescando ainda. Foi feita uma pesquisa para saber por quê. A maioria não respondeu ao questionário, mas, entre os que responderam, descobriu-se que alguns se sentiam chamados para estudar a pesca, outros para fornecer equipamentos de pesca e outros, ainda, para encorajar os pescadores. E, com tantas reuniões, conferências e seminários, simplesmente não tiveram tempo para pescar.

Jacó era novato na Associação de Pescadores. Depois de uma reunião muito animada, ele foi pescar. Fez algumas tentativas, pegou o jeito e conseguiu pegar um lindo peixe! Na reunião seguinte, ele contou sua história e foi elogiado pelo sucesso. Acabou sendo convidado para falar em todos os núcleos da Associação e contar como havia sido a sua pescaria. Assim, com tantos compromissos e por ter sido eleito para a diretoria da Associação, Jacó nunca mais teve tempo para pescar.

No entanto, não demorou muito e ele começou a se sentir intranqüilo e vazio. Teve saudades da pesca propriamente dita, de sentir o puxão no anzol. Assim, decidiu deixar a diretoria da Associação, bem como os demais compromissos com os núcleos, e convidou um amigo para ir pescar com ele. Os dois foram – sozinhos – e pegaram peixes.

Os membros da Associação de Pescadores eram muitos e os peixes eram abundantes. Mas os pescadores continuavam sendo muito poucos.

Fonte: Ultimato
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