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2 de novembro de 2008

Billy Graham completa 90 anos



O evangelista de milhões está próximo de fazer 90 anos no próximo dia 07 de novembro e sua vida continua a ser um exemplo de integridade e serviço cristão.

Portal Cristianismo Hoje - http://www.cristianismohoje.com.br/

Cronologia

1896 Billy Sunday começa a dirigir os avivamentos
1908 É formado o Conselho Federal de Igrejas
1910 Começa a ser publicado Os Fundamentos
1912 É adotado o Credo Social das Igrejas
1918 Billy Graham nasce

O impacto de suas realizações é impressionante. Billy Graham já pregou pessoalmente o evangelho de Cristo para mais de 80 milhões de pessoas e a outros incontáveis milhões através do rádio e de filmes. Quase 3 milhões responderam ao convite que ele sempre faz no final de seus sermões. Quando os Estados Unidos precisam de um capelão ou pastor para ajudar a inaugurar alguma coisa importante, ou para enterrar um presidente ou para trazer conforto em tempos de terríveis tragédias, na maioria das vezes, Billy é o indicado.
Desde 1950, praticamente todo ano ele tem entrado para a lista das 10 pessoas mais admiradas nos Estados Unidos ou no mundo. Portanto, não é surpresa que uma pesquisa feita pelo Ladies Home Journal tenha colocado o famoso evangelista em segundo lugar, perdendo apenas para Deus, na categoria “realizações religiosas”.

Refletores
Nascido perto de Charlotte, Carolina do Norte, em 1918, Billy Graham freqüentou o Bob Jones College, mas achou que tanto o clima quanto as regras severas do Dr. Bob eram intoleráveis. Seguiu, então, um amigo para o Florida Bible Institute, onde começou a pregar e mudou sua filiação denominacional dos Presbiterianos Reformados Associados para Batista do Sul. Para preencher sua educação intensa, mas academicamente estreita, ele foi para o norte, para o Wheaton College, onde conheceu e casou-se com Ruth Bell, filha de um médico missionário, e assumiu sua primeira e única tarefa como pastor local.
Em 1945, Graham tornou-se o representante de campo de um movimento evangelístico dinâmico conhecido como Youth for Christ International (Mocidade para Cristo Internacional). Neste papel, viajou pelos Estados Unidos e por grande parte da Grã-Bretanha e da Europa ensinando líderes na igreja local a organizar eventos para jovens. Também fez amizade com um grande número de líderes cristãos, que mais tarde se uniram à sua organização para dar assistência vital às suas cruzadas quando ele visitava cidades em todo o mundo.
De 1949 a 1952, Graham ganhou mais reconhecimento nacional através das conhecidas cruzadas em Los Angeles, Boston, Washington e em outras grandes cidades, e através do seu programa de rádio Hora da Decisão, que teve início em 1950. Cultos de avivamento tremendamente bem-sucedidos que duraram meses em Londres (1954) e em Nova York (1957), viagens triunfantes pela Europa e pelo Oriente, a fundação da revista Christianity Today (1956), o lançamento de transmissões pelo canal de televisão ABC em rede nacional (1957) e uma amizade pública com o presidente americano Dwight Eisenhower e o vice-presidente Richard Nixon o estabeleceram firmemente como um conhecido condutor do padrão de Cristianismo evangélico.

Fogo amigo
Conforme crescia o prestígio e a influência de Graham, particularmente entre os cristãos não-evangélicos, ele atraiu a crítica dos fundamentalistas que sentiam que sua cooperação com as igrejas associadas ao National and World Council of Churches (Conselho Nacional e Mundial de Igrejas) assinalava um comprometimento com as forças corruptas do modernismo. Bob Jones o acusou de anunciar um “tipo de religião de desconto” e de “sacrificar a causa do evangelismo no interesse da conveniência temporária”. A ruptura com o fundamentalismo linha dura veio em 1957, quando, ao aceitar um convite do Conselho Protestante de Nova York para fazer uma cruzada no Madison Square Garden, Graham disse: “Pretendo ir a qualquer lugar, patrocinado por qualquer um, para pregar o evangelho de Cristo, se não houver nenhum comprometimento à minha mensagem... A identidade do discipulado cristão não é ortodoxia, mas amor. Os cristãos não estão limitados a qualquer igreja. A única pergunta é: você é comprometido com Cristo?”
A Cruzada de Nova York marcou outro desenvolvimento significativo no ministério de Graham. Numa época em que sit-ins* e boicotes estavam mexendo com as tensões raciais no Sul, Graham convidou Martin Luther King Jr. para discutir a situação racial com ele e seus colegas e para levar a congregação de Gardem à oração. A implicação era inconfundível: Graham mostrou tanto a brancos quanto a negros que estava disposto a colaborar com o movimento dos direitos civis e seu mais famoso líder, e King estava dizendo aos negros que Billy Graham era seu aliado. Graham nunca se sentiu confortável com as táticas de confronto de King; ainda assim, sua voz foi importante ao declarar que um cristão racista é uma contradição.
Durante a década que abarcou as presidências de Lyndon Johnson e Richard Nixon, de quem ele tinha proximidade e acesso, Graham muitas vezes atraiu o fogo dos críticos que sentiam que ele devia ser mais ousado ao apoiar o movimento dos direitos civis e, mais tarde, ao se opor à Guerra do Vietnã. O jornal Charlotte Observer, que normalmente o elogiava, notou, em 1971, que até mesmo alguns dos companheiros de Graham entre os batistas do Sul sentiam que ele era “muito próximo dos poderosos e muito apreciador das coisas do mundo, [e] compararam-no a profetas do passado, que diziam aos reis de Israel o que eles queriam ouvir”.
O evangelista aproveitou sua associação com presidentes e o prestígio que isto conferia ao seu ministério. Ao mesmo tempo, os presidentes e outros luminares políticos consideravam a amizade com Graham um valioso bem político. Durante sua campanha de reeleição, por exemplo, Nixon instruiu o chefe de sua equipe, H.R. Haldeman, a ligar para Graham pelo menos duas vezes por mês, “para que ele não sinta que não estamos interessados no apoio de seu grupo naqueles estados-chave onde eles podem ser úteis”. Depois do escândalo de Watergate, Graham se retraiu um pouco e começou a alertar sobre as tentações e ciladas que estão à espera dos líderes religiosos que entram na arena política.
Quando o movimento conhecido como Direitos Religiosos apareceu, no final dos anos 1970, ele deixou de participar, alertando os líderes cristãos a “serem cautelosos no exercício da influência política”, a fim de que não perdessem seu impacto espiritual.

Visão global
Quando Graham percebeu o tamanho de sua influência, ficou mais determinado não apenas a ajudar o evangelismo a se tornar mais dinâmico e autoconfiante, como também a moldar a direção do cristianismo contemporâneo. Esta determinação manifestou-se em várias conferências internacionais, patrocinadas ou largamente subscritas pela Associação Evangelística Billy Graham (BGEA).
Em particular, o Congresso Mundial de Evangelismo em Berlim, em 1966, que teve a presença de 1.200 líderes evangélicos de 104 nações e o Congresso Internacional sobre Evangelização Mundial, em 1974, em Lausanne, na Suíça, com 2.400 delegados de 150 países, ajudou os evangélicos a ver a si mesmos como uma força cristã mundial, junto com o Segundo Conselho Ecumênico do Vaticano (Vaticano II) e o Concílio Mundial das Igrejas, um movimento internacional que superou a expectativa de seus organizadores.
Poucos desdobramentos do ministério de Billy Graham foram tão surpreendentes ou controversos como seu sucesso em penetrar na Cortina de Ferro. Começando em 1978, praticamente todo país sob o controle soviético deu-lhe, progressivamente, privilégios que nenhum homem religioso, incluindo os líderes religiosos locais mais proeminentes e politicamente dóceis, jamais havia recebido. Graham usou estas visitas para pregar, encorajar os crentes cristãos e explicar aos líderes comunistas que sua restrição da liberdade religiosa era contraproducente, emperrando as relações diplomáticas com os Estados Unidos.
Talvez o feito de que Graham mais se orgulhe seja das conferências patrocinadas pela Associação Billy Graham, em Amsterdã, em 1983 e 1986, com uma terceira agendada para o ano 2000. Tais ajuntamentos, com participação de 13 mil evangelistas itinerantes de 174 países, deram instrução básica em assuntos tais como composição de sermão, levantamento de fundos e uso eficaz de filmes e vídeos. Como um sinal do espírito de Graham em abraçar mudanças, aproximadamente 500 participantes eram mulheres no encontro de 1986 e o número de pentecostais maior que o de não-pentecostais. Encontros subseqüentes, menores que estes, por todo o mundo, têm dado treinamento semelhante a milhares de evangelistas.
De fato, é possível que a resposta para a freqüente pergunta “Quem será o próximo Billy Graham?” não seja um único homem ou mulher, mas este exército poderoso de indivíduos anônimos, cujos espíritos têm se alegrado com o exemplo de Billy Graham, suas mãos e mentes preparadas com apoio de sua organização e seus corações acesos pela sua exortação nos encontros de Amsterdã: “Faze a obra de um evangelista!”
A idade e o Mal de Parkinson têm cobrado seus direitos, mas não silenciaram o espírito de Billy Graham. “Minha mente me diz para sair e seguir em frente”, ele disse, quando estava começando a sentir os efeitos da doença, “porém simplesmente não consigo. Mas pregarei até que não haja fôlego em mim. Fui chamado por Deus, e enquanto Deus não mandar eu me aposentar, não posso parar. Qualquer força que eu tiver, qualquer que seja o tempo que Deus me deixar ter, será dedicado a fazer a obra de um evangelista, enquanto eu viver”.

* Protesto em que negros entravam em um estabelecimento que não os atenderia, e lá ficavam por algum tempo, em silêncio, apenas para chamar atenção para sua causa. (N. do T.)
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