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22 de julho de 2008

[Cristãos, cachaça e a tendência para a chatice!]

Cristãos tem uma forte tendência para se tornarem chatos.

Seja no momento da euforia, que algumas pessoas gostam de chamar de “o primeiro amor”, ou no jubileu “sou daqui desde que nasci”.

Sempre há uma tendência para a chatice, que alguns casos chega ao status de esquizofrenia.

E se vocês acham que estou exagerando em definir esse estado pé-no-saquístico gospel como uma doença, observem a definição de Esquizofrenia tirada da Wikipedia:

A esquizofrenia é uma doença mental grave que se carateriza classicamente por uma coleção de sintomas, entre os quais avultam alterações do pensamento, alucinações (sobretudo auditivas), delírios e embotamento emocional com perda de contato com a realidade, podendo causar um disfuncionamento social crónico.

Se isto remete a alguma lembrança, saiba que não é fruto da sua imaginação. Você já viu/sentiu esses sintomas em algum lugar. Posso dizer que fui tratado, e a única sequela que me restou é a memória desses dias.

O tratamento para tal mal está aonde ele foi gerado, mas as doses do medicamento devem ser constantes e homeopáticas. Preciso ser mais explícito nessa parte:

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João 8:32)

Vou usar a metáfora da cachaça para explicar as doses de medicação que trarão resultado no tratamento. A receita, foi copiada da música On The Oder Side , do The Strokes.

I hate them all
I hate them all
I hate myself for hating them
So I’ll drink some more
I love them all
I’ll drink even more
I’ll hate them even more than I did before


Explicação:

1º fase: I hate them all (Odeio todos eles) - Antes do contato com a doença. Sintomas: Ignora qualquer conceito de Deus e espiritualidade, e se tem algum, de certa forma é deturpado.

2º fase: I hate myself for hating them (Me odeio por odiá-los) - Primeiro contato com o cristianismo. Sintomas: crises existenciais e acentuado sentimentalismo. Um período onde se acorda para uma realidade, onde o eu toma o segundo lugar diante da existência de Deus e do próximo.

3º fase: So I’ll drink some more, I love them all (Então bebo mais um pouquinho, E amo a todos eles) -Essa é a fase legal, onde a pessoas tem um contato com o cristianismo, mas ainda não se embriagou de legalismos doutrinários. O foco está no amor ao próximo e o chororô se torna menos constante.

4º fase: I’ll drink even more, I’ll hate them even more than I did before (Beberei ainda mais, e odiarei a todos mais que antes)- Esta é a fase da esquizofrenia crônica. A pessoa já foi além da conta da “birita gospel”. Frequentou escolas dominicais, fez cursinhos teológicos, e já leu todos os livros do Silas Malafaia. Já tem em sua coleção, todos os cds do Diante do Trono. Em casos peculiares encontramos “acervos” com exemplares dos cds da Jamily, Tempo de Vencer. No estágio final a pessoa se tornou um legalista, com parâmetros que definem quem vai ou não para o céu. Culturalmente tem o costume de abandonar tudo que não tenha uma label gospel/evangélico, e a isso soma-se uma lista de modos e dizeres. Na maioria dos casos, indivíduos portadores criam um vocabulário próprio que os aliena das demais rodas de conversa fora da igreja. O amor ao próximo deu lugar ao, “eu provarei que estou certo”.

Existem outras evidências de contaminação, mas me limitarei nessas, porque este post já está muito grande para um calouro.

Esta é a música On the Oder Side, do The Strokes :


http://www.youtube.com/watch?v=DRu-y_yRONo


Fonte: www.dotgospel.com
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