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17 de janeiro de 2012

Canadá inclui defesa de liberdade religiosa em sua política exterior

O assassinato de Shahbaz Bhatti, Ministro de Minorias paquistanês, de fé cristã, motivou aos líderes políticos canadenses.
     Os líderes do Partido Conservador de Canadá afirmam que estão comprometidos a impulsionar a defesa da libertade religiosa como um objetivo importante da política exterior de seu país. Em consequência, o governo está estabelecendo um escritório da libertade religiosa em seu departamento de assuntos exteriores.
    Em parte, a iniciativa se deve ao assassinato de Shahbaz Bhatti em 6 de março de 2011. Bhatti, um cristão que ocupou o cargo de Ministro de Minorías de Paquistão, foi assassinado por islamitas por causa de sua oposição à lei da Blasfemia e sua defesa de Asia Bibi, uma cristã condenada a morte.

O IMPACTO DE UMA ATITUDE
     O primeiro ministro canadense Stephen Harper e outros funcionários do Partido Conservador estiveram reunidos com Bhatti em Islamabad, poucas semanas antes de sua morte, e ficaram impressionados por sua determinação de lutar pela liberdade religiosa apesar das ameaças contra sua vida.
     O assassinato de Bhatti, cometido por militantes de Tehrik-i-Taliban, esteve precedido de cinco insensatos pedindo sua morte e ameaças telefônicas de decapitação . Tais ameaças não lhe persuadiram nem lhe fizeram calar: “A lei da Blasfêmia é uma ferramenta de violência contra as minorías, especialmente contra os cristãos. Me pode custar a vida, mas seguirei trabalhando para modificar uma lei que se usa para saldar assuntos pessoais”, declarou Bhatti diante as amenaças . O cumprimento de seu dever como Ministro de Minorías e seu compromisso pessoal no apoio as vítimas da intolerância dos islamitas radicais terminaram convertendo-o em um mártir.
     "O primeiro ministro (de Canadá) se viu profundamente afetado por isto, igual que todos os que tiveram a oportunidade de reunir-se com ele", disse o ministro de Imigração, Jason Kenney.
     "Sua visita a Canadá pouco antes de ser assassinado ajudou a visão dentro do governo da realidade deste tipo de perseguição", agregou Kenney.

DIREITO PARA TODOS
     O ex líder do Partido Liberal, Michael Ignatieff também apoia a criação do novo escritório da liberdade religiosa. "É uma boa coisa, sempre e quando defende a todos os casos de perseguição religiosa", disse a The Globe and Mail. "Não somente os que estão irritando aos grupos nacionais no país".
     "E isso não passa por cima outras violações dos direitos humanos, que costumam acompanhar a perseguição religiosa", acrescentou Ignatieff, referindo-se a "os limites a liberdade da imprensa, a negação dos direitos democráticos e a perseguição".

10 de janeiro de 2012

O que penso sobre o BBB, poema do Pr. Ciro Zibordi


Ciro Sanches Zibordi - http://cirozibordi.blogspot.com

Vou lhe confessar uma coisa, caro leitor.
E espero que não fique decepcionado.
Mas lhe digo isso diante do Senhor.
Por BBB estou apaixonado.

Durmo pensando em BBB.

Acordo com BBB na mente.
BBB é tudo o que eu quero ver.
Afinal, eu sou crente!

Com BBB, não vejo o tempo passar.

É melhor do que estar com os amigos.
BBB me ensina a amar.
Afasta-me dos perigos.

Penso que BBB também é bom para você.

Sabia que pode mudar a sua história?
Mas cuidado com certo programa de TV.
Não perca a sua vitória!

Aliás, dizem que agora o programa é especial.

E abrirá a cabeça de muita gente.
A maioria da casa é homossexual.
Mas ela também conta com duas crentes!

Nosso Deus, que grande efervescência!

Isso para mim é jugo desigual.
Fujamos dessa tele-excrescência!
Ai dos que ao bem chamam mal.

Dizem que haverá evangelização.

Mas, como se dará isso?
Para mim, evangélicas ali é uma aberração.
Com essa mistura Deus não tem compromisso.

Então, por que disse que gosto de BBB?

Porque o meu programa é para salvo.
É big; e é para brothers de todo o Brasil, inclusive você.
Ele nunca nos faz errar o alvo.

Portanto, amigo leitor, não seja bobo!

Deus quer abençoar a sua vida!
Esqueça essa armadilha da Globo!
E pense em Bíblia, Bíblia, Bíblia!


5 de janeiro de 2012

2012: chegamos mesmo ao fim do mundo?


Pr.Geremias do Couto

Uma rápida olhada na história da Igreja revela que ela tem sido marcada por ênfase doutrinárias distintas ao longo de sua peregrinação. Os cristãos primitivos, por exemplo, tinham em alta conta a esperança do segundo advento de Cristo e muitos nutriam essa expectativa para aqueles dias.

Até mesmo quando Paulo trata das questões do casamento, em sua primeira carta aos coríntios, pressupõe o segundo advento (e fatos conexos) como algo que os interessados em contrair matrimônio não deveriam jamais relegar ao plano secundário, mas tê-lo em devida consideração em suas decisões conjugais, 1 Co 7.29-31.

A tônica das duas cartas de Paulo aos tessalonicenses é justamente sobre o segundo advento. Ao mesmo tempo em que mantém viva a esperança, o apóstolo corrige alguns equívocos em relação a essa doutrina singular do cristianismo, posto que, para muitos, ali, parecia que este evento teria sido já consumado.

Diferente das observações feitas aos coríntios, que pareciam pôr as questões da vida material como prioridade, o propósito paulino aqui era evitar que aqueles crentes, de um lado, se perdessem na vã idéia de que o evento se consumara, e de outro, adotassem postura alienada quanto a outros aspectos importantes da vida cristã, como se nada mais restasse senão aguardar o glorioso momento, 1 Ts 3.13-18; 2 Ts 2.1-3 (ARA). Mesmo assim, na primeira carta aos tessalonicenses, na forma em que escreveu, Paulo admite a possibilidade de estar entre os vivos por ocasião do segundo advento.

O fato é que outras ênfases doutrinárias surgiram nos séculos seguintes. O período posterior à ascensão de Constantino ao trono imperial foi marcado pela discussão trinitariana. Por cerca de 100 anos o tema ocupou as lides teológicas até que ficasse bem estabelecido o dogma da Trindade.

Esses diferentes enfoques, de uma época para outra (e de um lugar para outro, com frequência), podem ser explicados à luz das peculiaridades de cada momento histórico e de outras situações motivadoras que ensejam aos cristãos apegar-se a algum valor doutrinário que interaja com as expectativas próprias de cada período.

Essa é, portanto, a forma pela qual pode ser vista a crença firmemente arraigada entre muitos cristãos primitivos de que Cristo voltaria em sua geração. Era fruto, em primeiro lugar, de estarem próximos da época em que o Mestre viveu entre os homens. Os seus ensinamentos ainda estavam bem vívidos na mente dos fiéis. A promessa de que voltaria outra vez não estava num horizonte distante. Ainda podiam ouvi-la ressoar em seus ouvidos.

Outra razão tinha a ver com as intensas perseguições experimentadas pelos cristãos. Eles alimentavam a esperança de que o aguardado encontro com o Salvador fosse o glorioso desfecho para aquele inimaginável sofrimento. Tinham como certo que o segundo advento os livraria da tormenta. Tal como os heróis do Antigo Testamento, que morreram sem ver consumada a promessa da redenção, mas nem por isso perderam a fé, assim eram os crentes primevos: a esperança da restauração de todas as coisas estava cimentada em seus corações.

Já o enfoque trinitariano, nos idos do terceiro para o quarto século, foi o resultado da progressiva sistematização da ortodoxia teológica com o propósito de conter o avanço dos ventos heréticos. Era preciso dar consistência aos ensinamentos da Igreja, que alcançara as fronteiras do império romano e entrara numa era de ampla liberdade. Em contrapartida, deixara para trás uma fé simples e centrada na esperança do segundo advento.

A questão escatológica entrou outra vez em cena com cores fortes por volta do ano 1000. A expectativa da virada do milênio, aliada a interpretações distorcidas de algumas passagens bíblicas, levou muitos a acreditarem que estava prestes o fim do mundo. A mesma ênfase repetiu-se a partir do século XIX e tornou-se mais frequente à medida que se aproximava o ano 2000. A prova disso é que as três últimas décadas do século XX foram pródigas em literatura escatológica, na legítima tentativa de se interpretarem os sinais do fim dos tempos.

Mas houve muitos equívocos. A vinda de Cristo chegou a ser marcada algumas vezes pelas seitas apocalípticas e até mesmo um pseudo-versículo encontrou eco entre os desavisados: “De mil passarás, mas a dois mil não chegarás”. Houve até quem, baseado numa interpretação esdrúxula da visão que teve Daniel dos quatro animais, construiu um acróstico, com a primeira letra em português do nome de cada um deles, para afirmar que Lula era o anticristo.

A chegada do terceiro milênio trouxe outros enfoques, como fruto do labor teológico, para responder os desafios da pós-modernidade. É necessário, todavia, que uma coisa fique bem clara: nenhuma doutrina pode ser tratada de forma isolada do contexto das demais doutrinas bíblicas sob pena de perder o seu verdadeiro foco e gerar toda sorte de distorções.

Agora mesmo, o ano de 2012 traz uma série de expectativas desse gênero, como resultado da interpretação desastrada da “profecia” dos maia de que neste ano ocorreria o fim do mundo. Há diversos movimentos, ditos cristãos, mas de natureza heterodoxa, com previsões alarmantes para os próximos meses.

O “Creciendo em Gracia”, cujo fundador, José Luís de Jesus Miranda, considera-se a encarnação do Messias e, ao mesmo tempo, o anticristo, afirma que 2012 é o ano da transformação, em que o mundo se tornará “num autêntico paraíso", com data prevista para acontecer: 30 de junho. Já o movimento “Salvai Almas”, que se diz católico, fala de colapsos devastadores, que teriam início a partir de 23 maio, com a morte de mais da metade da população mundial antes do advento de Cristo, enquanto o Lar Lokkon Shôjo anuncia que “um tsunami irá inundar todas as cidades litorâneas do mundo... com dois terços da terra debaixo d’água” (veja aqui).

Como nos portarmos diante de “profecias” tão alarmantes, sem cair no ceticismo em relação à própria revelação bíblica, ou, por outro lado, sem nos tornarmos paranoicos em relação à própria vida?

Cabe ressaltar que o segundo advento continua sendo a maior esperança da Igreja  o ápice de sua peregrinação histórica. É o coroamento de sua marcha desde o Pentecostes como agente do Reino de Deus na Terra. Isto não significa valorizar o segundo advento acima de outras verdades das Escrituras. Quem poderá, por exemplo, ter a garantia do encontro face a face com Cristo sem que primeiro passe pelos rudimentos da doutrina da salvação?

Mas o segundo advento não pode ser tomado como instrumento de pavor e alienação. Não pode ser instrumento de opressão religiosa. Não pode ser tratado com o sensacionalismo com que muitos escatólogos o tratam. Não pode tornar-se meio para servir aos interesses comerciais da hora em que filigranas teológicas são alçadas à condição de verdade absoluta e se perde o cerne da própria mensagem: a promessa de que, com a intervenção de Cristo, a história chegará ao ápice, com a restauração de todas as coisas.

O segundo advento é, portanto, certeza de descanso e segurança, e não instrumento para impor medo e manipular os fiéis. É mensagem positiva, e não negativa. É assegurar-se de que não é necessário entrar em pânico quanto ao amanhã. É ter como certo não precisar sair atrás de sensacionalismo, da especulação escatológica, à procura de “chifre em cabeça de cavalo”, com achados absurdos que não passam de fruto da imaginação criadora das pessoas. É ter a tranquilidade de não se alienar do mundo e viver segundo a mesma perspectiva de Cristo, que disse: “Meu pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando”.

Embora Eliseu ouvisse os filhos dos profetas anunciarem que Elias logo seria arrebatado, ele não se moveu atrás, mas seguiu em sua jornada até o rio Jordão. Ao retornar pelo mesmo caminho, após a singular experiência que presenciou, os mesmos filhos dos profetas lhe disseram que procuraria nas montanhas o "espírito" de Elias. Eliseu outra vez não se moveu. Ele estava seguro em sua fé e tinha a dimensão exata do que acontecera.

Em outras palavras, quem vive sob essa perspectiva, está seguro de sua fé, não se alarma com prognósticos sombrios ou mirabolantes, mas está de “malas prontas” para encontrar-se com Cristo no dia que se chama hoje.

Se esse dia ocorrer em 2012, não terá sido por causa de nenhuma profecia de qualquer um desses aventureiros. Terá sido em cumprimento à Palavra de Deus. Se não, também não perderemos a esperança: o dia chegará, segundo o que o Pai determinou em sua própria agenda.
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